Acho que esta semana descobrimos um bocadinho do que se passa na vida amorosa do Rafael Contra.
Coitadito.
“O Amor É O Melhor Remédio” – …se a doença tiver Copa D
CONTRA PICADO/GF – Vou-vos ser sincero. A sensação que eu tive ao ver este filme foi a mesma de estar a jogar Mikado com luvas de boxe nas mãos, a meio de uma sessão de acupunctura com agulhas de farturas enquanto um epiléptico alcoolizado me faz uma vasectomia com talheres de plástico e um militante da JSD me recita o discurso de vitória do Cavaco nas eleições Presidenciais. Em forma de haiku. “O Amor É O Melhor Remédio”? Para quê? Para o mau cinema não será com certeza. Isso cura-se com movimento. De dentro da sala, para fora. O Amor não cura depressões, stress ou solidão. O amor apenas cura noites em que era suposto haver episódio novo do Biggest Loser mas a Sic Mulher resolveu pôr mais um programa do “Querido, Mudei a Casa”. E não cura porque o amor não existe. Pelo menos não nesta sociedade actual. Procuramos mamas pelo Facebook mas queremos chorar com novelas da TVI. Encontramos-nos com pessoas no banco de trás dos carros das mamãs mas depois não gostamos de nos sentir como o relvado do Sporting, usados e abusados.
O amor morreu. Já não é um sentimento. É um serviço. Já não é mágico. É pago e recebido a prestações orais. Chamem-me Medina Carreira da Paixão. Ou Pacheco Pereira da Primavera. Eu não me importo. Mas que a narrativa deste filme não faz sentido, não faz. O conceito de “felizes para sempre” morreu com a internet. Já não é “para sempre” é “até ao próximo convite de amizade que eu aceitar de um mulato da Brandoa”. Se um engatatão conhecesse uma mulher frígida não se apaixonava por ela. Fazia o que os portugueses fizeram às eleições presidenciais: ignorava-a. O que começa por ser meramente físico não acaba emotivo. O que começa meramente físico acaba em sms’s ás 4h da manhã em noites de Bairro Alto. O que é meramente físico acaba em visitas ao Centro de Saúde e em pomadas durante os próximos meses. O sexo é tão fácil e acessível hoje em dia. Devíamos ter raparigas em Monsanto, de mini-saia e top justos que por 25 euros à hora nos abraçavam, passavam a mão pelo cabelo e nos diziam que está tudo bem. Que a verdade é que “as pessoas não percebem as tuas críticas cinematográficas. Não és tu que és bruto, Rafael.” Querem ir ver isto? Mais uma história de amor escrita por americanos? Então força. Há quem goste de Ficção Científica, mesmo.
As seen on O Indesmentível.
Thursday, January 27, 2011
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