Wednesday, February 23, 2005

Ao leitor

Queridos leitores do meu blog (se é que tenho alguns...):
A gerência (eu portanto...), achou necessário escrever este post directamente para o leitor. Gostaria de tratar de uns assuntos que me estão atravessados... Onde não sei, mas tenho de tirar isto daqui...
Primeiro gostava de justificar os longos períodos de tempo entre novos textos, rábulas, pequenas peças, pensamentos, concluindo: a porcaria que eu ando para aqui a escrever... Como devem compreender como ser vivo de 18 anos (está quase, é em Maio...) e aluno de 12º ano de escolaridade estou numa altura em que me consciencializo (espero que a palavra esteja bem escrita, e gostava de acrescentar que dá imenso gozo escrever...) que posso ir preso, que os políticos não são só os gajos que gostam de discutir mas também gastam balúrdios em penteados, que o Cristiano Ronaldo até nem é assim tão KrIdO e que tenho um futuro pela frente... Estou numa época de decisões, de muito estudo e pornografia... Espero que compreendam, que adoro escrever no meu blog, mas que não está em primeiro plano, e que prometo escrever mais devaneios e com maior frequência, se é que isso vos importa...
O outro assunto que gostaria de desabafar com vocês, leitores do meu blog, é que não sei que vocês existem... É verdade... Além das pessoas que espanco até visitarem o meu blog não tenho mais provas nem manchas de sangue na roupa que me certifiquem que isto não é uma masturbação mental projectada numa página da net... Por favor digam-me que gostaram, que foi tão bom para vocês como para mim, fumem um cigarro, e depois podem ir... Basicamente quero que critiquem, insultem, desprezem, apupem, quero que reajam ao que disponho aqui para vocês... Eu e o Zézé Camarinha somos da opinião que a interacção é muito importante! Deixo aqui o meu mail de trabalho (sim, é de trabalho... gosto de lhe chamar assim...) e aguardo as vossas reacções!
Em jeito de conclução quero acabar dizendo que me dá imenso prazer escrever estas linhas e que espero que a vocês também vos dê tanto gozo a lê-las como a mim a escrever-las... Mas limpem-se depois...
Agora o leitor está a pensar: "Então e o mail, caraças?" e eu respondo "Calma, porquê tanta agressividade? Está aqui..." Guilhermefon@sapo.pt mas podem também comentar os textos directamente anonimamente (outra palavra engraçada de se escrever, e dizer também...)
Um grande abraço para os cavalheiros e um grande beijo para as senhoras, ou como melhor lhes servir...
Do vosso: Guilherme Fonseca

Tuesday, February 22, 2005

História sem História

- Não sei como hei de acabar...
- Então?
- Não sei. Falta um fim...
- É dificil arranjar um bom não é?
- Pois. Quero um fim no culminar de uma acção.
- Certo. Senão fica um sensação de vazio...
- Pois...
- Mas olha, esse fim não tem de ser uma morte ou um casamento, pode simplesmente ser um beijo ou uma palavra.
- Mas tem de terminar uma acção...
- Mas então sobre o que é a tua história?
- É sobre um escritor sem fim para uma história...
- Tá’ engraçado.
- Engraçado e sem fim...
- Mas parece-me que o teu problema é mais grave. Não tens príncipio...
- Poderá isso influênciar o fim?
- Talvez... Mas podes sempre deixar o leitor a pensar, a imaginar o que falta... Não pode é ser nada de fulclar para a história.
- No caso do início, mas acho que não resulta tão bem com o fim...
- Não tornes é a tua história demasiado maçadora, longa, não a deixes ficar enfadonha na tua procura por um fim.
- Pois, não posso andar às voltas à procura de um fim...
- Vais ver que ele acaba por aparecer... Mas porque é que escreves se não tens nem fim, nem princípio? Não estás a transmitir uma ideia, uma mensagem... É simplesmente escrever... Será que alguêm lê? Será que interessa?
- Não sei... Acho que cada um tira a mensagem que entender... que pode ser nenhuma!
- Olha, a mensagem que eu tiro é que o escritor é uma pessoa doentia que gosta de gastar o teclado...
- A minha é que devia usar o meu tempo em algo mais produtivo, em alguma coisa útil... Há tanta coisa que nunca fiz... Olha, por exemplo, uma história com fim...

(Fim)

Wednesday, February 09, 2005

Um caso de maiúsculas

Desculpem mas há algo que me atormenta e eu já fui à casa de banho portanto isso não é! Porque é que Deus tem direito a mais maiúsculas que nós, comuns mortais? Sim, maiúsculas! Eu só tenho direito ao nº de maiúsculas correspondente ao nº de nomes que tenho, e nem sempre sou tratado por todos! Ele não... Sempre que é mencionado é com maiúsculas! (Experimentem dizer 20 vezes seguidas maiúsculas, até é engraçado...) É sempre: "Lá está Ele outravez a fazer milagres...", " Esse jardim foi obra Dele!", "Olha, não foi o Coiso que transformou água em vinho?", "Olha-O acolá" etc... A mim não me escrevem isso! O que é que ele fez de tão especial que seja merecedor de invocação de miúscula? Inventou o mundo? Olha, eu sempre que vou ao MacDonalds como dois hamburguers dos grandes e mais o que a minha irmã deixa... E agora? Já tenho direito a maiúsculas? Nem sabem se ele existe! A mim podem-me beliscar (apesar de eu pedir para não o fazerem que até aleija...), eu sou real! Como se ele tivesse falta de protagonismo... Não tarda nada quer lugar de estacionamento privado à porta dos centros comerciais... Malditas celebridades...
(P.S.- Desculpem se fui demasiado herege, não queria ofender...)