Monday, August 31, 2009

O Rui Unas está de volta ao CC


…por um mês apenas, é verdade, mas mês esse que assinala 10 anos de programa.
10 anos é muita fruta. 10 anos é muito apresentador. 10 anos é muita história.
Por incrível que vos pareça eu acompanho o CC desde o início. Sim, tinha apenas 12 anos, mas acompanhei. Lembro-me do CNL. Lembro-me da Rita Mendes. Da Teresa Tavares. Lembro-me do Pedro Ribeiro. Das piadas ribeirinhas. Lembro-me do Unas e do Alvim a insultarem-se e a descortinarem a homossexualidade um do outro. Lembro-me do Unas a chorar com o Boneco Amarelo. Lembro-me do Bruno Nogueira a mandar a equipa toda para casa, a sentar-se na sala de realização e a atender telefonemas sozinho. Lembro-me porque estava lá…
…em frente à TV, às 5 da tarde, a vê-los conversar, passar vídeos, reportagens, concursos mas principalmente, parvoíce.
Vieram a Rita Mendes e a Solange. Os tempos eram outros, o cenário mais irreconhecível e a conversa já não me cativava como antigamente. Veio o Manzarra. Odiado por muitos, eu gosto dele. Tem à vontade, piada e carisma, uma combinação que me podia chamar ao programa outra vez.
O CC era como um melhor amigo. O melhor amigo com quem estava ao fim da tarde, que me contava novidades e com quem eu me ria. Mas como algumas amizades, as nossas vidas levaram caminhos diferentes. O programa de hoje serviu para pormos a conversa em dia, depois de trocarmos olhares e “Olá’s” frios durante meses.
A verdade é que tenho um enorme carinho pelo CC, sofra ele que alterações sofrer. É como um antigo grande amor. Não é que tenha saudades. Não é que tenha nostalgia. Não é que tenha raiva de já não ser o que era. Tenho tudo isto, que misturado dá carinho.
Tenho pensado nisto, e vou dizê-lo aqui. É um grande amor a quem quero dar uma “segunda oportunidade”.
Sempre quis, e agora cada vez mais, ser apresentador do CC.
Garanto-vos que assim que houver casting para “machos”, lá estarei.
“Assim se vê, a força do CC.”

gui

Verdade absoluta #55

Um episódio de uma série tem de ter 24 minutos e não 30...

...porque 24 páginas dão para agrafar... 30, não.


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gui

Verdade absoluta #54

O meu disco externo é o que separa um vírus informático de um suicídio...

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gui

Próximo CD de Tony Carreira virá com um espirro seu

PIQUENIQUES/GF – Depois de Cristiano Ronaldo, da Manuela Ferreira Leite e da campanha eleitoral do CDS terem apanhado Gripe A é agora a vez de Tony Carreira. A Gripe A, que já era perigosa e contagiosa, é agora também sensual para cabeleireiras.
Tony Carreira, um homem sempre na frente do que é musical (chegava primeiro aos registos com as músicas dos outros), é agora também o mais famoso doente português com Gripe A. “É um orgulho representar os portugueses assim. Não que não goste de estar no Guinness com o maior piquenique e o maior número de vezes que passa um anúncio do Modelo comigo a fazer playback, mas a Gripe A tem um sabor diferente. E uma cor, também” disse Tony depois de espirrar na própria mão. A novidade será assim que o próximo CD de Tony Carreira terá a segunda coisa que os portugueses mais querem dele: um espirro. A primeira, o silêncio, ficará para quando este morrer.

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Sunday, August 30, 2009

Especialistas alertam para perigo de derrocada no programa eleitoral do PSD

PRAIA DA NORMANDIA/GF – Os especialistas que alertaram para os perigos de derrocada nas praias do Algarve, nos resultados do Sporting e nas mamas da Maya, alertam agora os portugueses para um eminente perigo de “derrocada histórica” no programa eleitoral do PSD.Depois de tirarem a areia dos sapatos e de curarem o escaldão que apanharam na Praia Maria Luísa, os especialistas foram chamados, por fonte anónima que estava a preparar um festival na margem sul, a analisarem o programa eleitoral do PSD. Depois de medirem o perigo de derrocada política, a força das ideias alicerçais e a durabilidade das promessas, formularam um relatório alarmante. Os especialistas avisam assim todos os portugueses a afastarem-se do programa do PSD e a irem-se “banhar para outras praias, sejam elas mais a oeste ou a este desta, porque se há uma derrocada, serão milhões que irão ficar soterrados, e não apenas dez”.

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Thursday, August 27, 2009

Se é fã do Tarantino, por favor não se cruze com o Rafael Contra na rua

Rafael Contra, que escreve o Contra Picado n'O Indesmentível, é crítico de cinema.
Alguns odeiam-no. Outro querem matá-lo devagarinho.
A sensação que eu tenho depois de ler as críticas dele é que se há de facto um apocalipse a caminho da terra (seja no ano 2012 pelos Mayas, ou no ano X segundo os católicos), será causado, assistido e encorajado pelas palavras do Rafael.
Insultam-no, demonstram raiva, incompreensão e até confusão perante as suas palavras. Chegam mesmo ao ponto de fazer ao contrário do que ele diz. ("Felizmente não acreditei na tua crítica (honestamente achei estranho o facto de nunca falares bem de um filme… são todos péssimos) e vi o filme").
Hoje disseram-lhe "Desculpa, mas não tens credibilidade como crítico de cinema".
E porquê? Porque ele comentou o novo filme de Tarantino...
Aqui ficam com as palavras do Rafael:

“Inglorious Basterds”: Quando a guerra se transforma num videojogo barato

CONTRA PICADO/GF – A sensação que eu tive ao ver este filme foi a mesma de ter apanhado um escaldão no corpo todo e estar a tomar um duche em água fria, enquanto me fazem a depilação a cera quente, tudo numa banheira de petróleo, dentro da Mansão da Paris Hilton. Há uns meses, numa crítica ao cartaz do festival de Cannes, tive oportunidade de dar a minha opinião sobre Quentin Tarantino. Na altura categorizei-o como: “Um cineasta que têm bases para ser genial mas cinematografia para ser asqueroso com palavrões à mistura. A maior obra deste homem é ‘Pulp Fiction’, um filme medíocre que nunca teria visto a luz do dia se o montador não fosse disléxico e não tivesse trocado as cenas depois de uma ressaca mal curada.” Hoje parece-me óbvio que quando disse isto estava a ser simpático. Uma coisa é não gostar de realizadores menores e repetitivos que fazem cinema pipoca até deixar queimar.
Outra é ver um artista em estado puro, com “pezinhos” para ser o “melhor futebolista do mundo” que insiste em jogar “basquetebol”. É isso que Tarantino é. Um homem que, à semelhança dos grandes deuses do cinema da Nouvelle Vague, passou horas a ver cinema, a crescer e a conhecer, mas que ao invés de produzir arte, produz “videojogos” sem possibilidade de interacção. É isso que “Inglorious Basterds” é. Um jogo de vídeo em que o objectivo é acumular corpos de nazis, risos provocados por humor negro e fascínio por Tarantino. Sim, porque não se enganem. Tarantino sabe vender-se tão bem ao público como uma coelhinha da Playboy com um mamilo “acidentalmente” de fora. Não soubesse, não tinha uma legião de fãs que o persegue com a velocidade e QI de uma manada de zombies. Para se falar sobre a guerra em cinema de uma maneira digna, bela e artística, faz-se como em “Je vous salue, Sarajevo” de Jean-Luc Godard. Um filme belo e comovente que apenas sobre uma fotografia e ao som da narração de um texto edílico, poético e divinal de Godard, relata a dureza, a crueldade e a brutalidade da guerra. Choro sempre que vejo. Mesmo que esteja na presença de outras pessoas. Tarantino é apenas um insulto ao cinema, um poço de cultura andante que goza com quem o vê fazer cinema. É como uma criança que sabe que faz asneira quando esborrata as paredes com terra, mas não se inibe de continuar a sua “jardinagem de interiores”. Tarantino não faz cinema, cria jogos de vídeo e nem comandos distribui pelos espectadores.



Eu não avisei...?

Wednesday, August 26, 2009

Estudo mostra que 29% dos portugueses acha um Rei melhor opção que um Presidente da República

ESTUDO RECENTE/GF – Para além de lançar o caos na blogosfera e obrigar alguém a subir a um escadote em cima de calçada lisboeta, a troca da bandeira dos Paços de Concelho por uma da Monarquia levou também a este estudo. Assim sendo, parece que quase 30 por cento dos portugueses concorda que seria melhor ter um Rei, de coroa e ceptro, que um Presidente da República, com escuta e veto. Quando inquiridos sobre a razão porque preferiam D. Duarte a Aníbal Cavaco Silva explicaram que “o D. Duarte só faz filhos e gasta dinheiro. Nunca chateou ninguém a não ser parteiras. O Cavaco está sempre do contra, já chateia. Se queríamos um Vasco Pulido Valente como Presidente da República víamos o telejornal da TVI todos os dias.” Quando inquiridos sobre quais os defeitos de D. Duarte os inquiridos terão dito “Se ele fizer asneira, basta dizermos que Rei mesmo, é o Eusébio”.

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Tuesday, August 25, 2009

Verdade absoluta #53

Cada vez que passa a notícia do homicídio do Michael Jackson...

...seguem-se sempre 792 tentativas de dizer bem o nome do comprimido.

Sessões fotográficas da Playboy são forma de limpar monumentos culturais portugueses

AGARRADAS A PELOURINHOS/GF – Depois da sessão fotográfica nocturna de Susette Verde no Padrão dos Descobrimentos em Lisboa ter lançado a polémica, outras coelhinhas nacionais já prometeram continuar a moda, num gesto que denominarão de “preservação e limpeza de monumentos através de fricção húmida”.
“As pessoas não percebem, mas um beliscar de mamilos enquanto se abraça o Fernando Pessoa na Brasileira é uma excelente fotografia e uma maneira de se tirar aquela merda toda de pombo dali”, disse um fotógrafo da revista, que vestia absolutamente nada na altura da entrevista. “É bonito. Não só pelo gesto de cuidado pela cidade e sua arte, como pelas gajas, pá…” Além da higiene da cidade, as coelhas portuguesas esperam que este novo método de limpeza por esfreganço sirva também para “fazer crescer mais depressa o espólio cultural português”.

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Monday, August 24, 2009

All Garve and no Lisbon make Gui a Happy Boy #3

Esta última crónica alusiva ao Algarve é sobre amizade. Ou falta dela.
É como que uma pequena lição de vida mascarada de relato jovial e leviano de uma experiência pueril em terrenos algarvios. Mas é uma pequena lição de vida.
A amizade não é mais que um conceito que vem em pacotes de 70 quilos, chamados amigos. São esses amigos que estão lá para nós, que nos acompanham em momentos bons e maus, que nos dão o que nos falta e que nos tiram aquilo que temos a mais. Isso são amigos. Pessoas com quem temos prazer de partilhar conversas e momentos. Pessoas disponíveis para nos ajudarem e acompanharem na nossa vida.
O problema é quando esses amigos não estão lá para nós.
Era a minha noite de beber. Eu, o condutor e o Vítor – sim, ostento aqui o nome do indivíduo “formely known as” meu amigo para todos se precaverem – fomos todos novamente para o Deck. O leitor mais atento destas pequenas crónicas já deve ter percebido que vamos constantemente para o Deck de Vilamoura. O parágrafo seguinte explica bem porquê.
Todas, mas todas as pessoas que estão naquela área do Algarve vão para o Deck antes de saírem. Se não o fizeram, foi porque não iriam sair. Ou porque ficaram fechados na casa de banho sem conseguirem sair. Ou porque morreram. Todos os jovens sedentos de corpos suados a dançarem ao som de músicas repetitivas em discotecas algarvias, começam a sua noite no Deck. Homens e mulheres.
E como faltava nestes pequenos relatos, é de mulheres que esta história versa.
Fui buscar uma cerveja para mim, deixando o Vítor e o Condutor a conversar uns metros atrás de mim. Quando cheguei ao bar, pedi uma cerveja de 75cl. O leitor mais fiel a estes pedaços de histórias estará lembrado do meu desafio com S. e uma desta cervejas, mas esse dia foi depois deste. Eu tomei conhecimento desta tamanha cerveja nesta mesma noite.
Pedi a cerveja, e quando o fiz, uma rapariga baixa, bem arranjada e bastante agradável ao olhar parou ao meu lado. Enquanto o rapaz do bar me tirava 75cl de cerveja de dentro de um barril para dentro de um copo, ela fez o seu pedido. A mesma coisa que eu. Eu olhei para ela, reconhecendo a ligação, e ela sorriu. Quando o rapaz do bar pousou o meu recente adquirido copo, eu simplesmente o movi até ela. Sim, foi respeitoso. Sim, foi cordial. Sim, foi uma forma de meter conversa com ela. Ela pediu a mesma coisa que eu. Eu fui cavalheiro e dei-lhe o copo que seria para mim. Esperar mais uns minutos, que ele tirasse outro copo, não me iria matar. Ela gostou do gesto.
“Isto custa quanto?” perguntou. Eu respondi pelo rapaz do bar. Ela contra atacou, “E uma das de 33cl?”. Eu voltei a bater o rapaz do bar na velocidade de resposta. “Então, estou a ganhar dinheiro se pedir uma destas e não três das outras, certo?” O rapaz do bar nem tentou responder. Eu disse-lhe que “sim, mas que também um copo desse tamanho dá para a noite toda”. Estas minhas palavras despoletaram o que poderia ser o início de uma grande amizade. “Achas? Eu bebo isto em minutos…” e sorriu, completando: “Eu sou do porto”. Eu já tinha percebido pelo sotaque, mas como a minha destreza pela localização de sotaques me podia levar até Braga ou Tui, foi o facto de ela dizer que bebe muito, que me fez confirmar que era do Porto.
A conversa evoluiu para a minha total aceitação que sim, no porto se bebe mais que em Lisboa. No meio da troca alegre de palavras, lembrei-me de que os portistas são conhecidos por outra característica… “Como é que te chamas?”. São desbocados e directos. “Guilherme, e tu?”, “Joana”. Enquanto sorri pela virilidade da pergunta, ela melhorou o ambiente. “Vais sair para onde, Guilherme?”. Não sei se era do ar, se passava alguma brisa, mas a noite estava a ficar bastante agradável.
“Então, a ver se nos vemos por lá. Até já, Guilherme” e piscou-me o olho, indo embora. Eu fiquei parado, a analisar os minutos anteriores em câmara lenta, não fosse haver um penalti mal marcado, e peguei na minha cerveja. Quando levantei os olhos, o rapaz do bar sorriu-me. Era um sorriso de companheirismo. De reconhecimento. De respeito.

Quando voltei para junto dos meus amigos, ou como eu lhes gostava de chamar na altura, contei-lhes o que se tinha passado. A primeira pergunta deles foi esperada: “Era gira?”. Respondi afirmativamente. A segunda também: “Houve flirt?” Respondi afirmativamente. A terceira lançou o triste desfecho que esta história tem. “Ficaste com o número dela?”. Não respondi.
Eu não tinha ficado com o número dela. Erro? Não me parece. Tinha tudo corrido bem como tinha corrido. Mais, teria sido demais. Menos, teria sido triste. A única coisa que eu tinha dela era a sua localização nas próximas horas, onde estaria a dançar com as amigas. E com 75cl de cerveja no estômago. Disse-lhes isso.”Ela vai sair e perguntou-me se eu ia… Pessoal. Temos de ir sair hoje!”. A amizade, despedaçada e humilhada, morreu nessa altura.
“Heya, sair? Pá, bora deitar cedo hoje. Amanhã fazemos um bom dia de praia e saímos à noite. Vais ver que ela está lá à mesma…”. Cada palavra desta frase, juntamente com a concordância nojenta que ambos os meus “amigos” tinham no seu sentido, fizeram-me ter pequenos vómitos na boca, tristeza e um pouco de raiva pela total falta de… eu explico.
É que nem é só falta de amizade, chega mesmo a falta de… humanidade. Que ser humano vê outro perto da felicidade e lhe retira isso? Não é isso maldade? Ter prazer no sofrimento dos outros? Ou simples indiferença na existência e alegria do outro?
Para eles foi apenas uma noite, e um cansaço. Para mim foi um pequeno harakiri na amizade que existia até então.
Não fomos sair. Eu não tinha carro, boleia ou maneira de me mover. Eles tinham o carro, os horários e basicamente, os meus testículos saltitantes na mão. Não fui sair.

ADENDA NECESSÁRIA: Não voltei a ver a Joana até alguns dias depois. Adivinhem. Estava no Deck, sim… a conversar com outros rapazes. Não lhe falei mais. Não que exista aqui ciúme ou raiva, há apenas reconhecimento de como o mundo gira. Sobre si próprio. Tinha passado a minha janela, a minha oportunidade, a minha cerveja de 75cl. Quando precisei de amigos, não os encontrei. Estava sozinho, alcoolizado o suficiente para não puder conduzir, e com a certeza que naqueles dois, não tinha “companheiros”. Porque, leitores, o que quero que tirem deste relato é isto. Os “amigos”, só são verdadeiros “amigos”, quando são “companheiros”.

ADENDA DESNECESSÁRIA MAS ÚTIL: Nos dias seguintes, aqueles que usei para gozar com aqueles dois otários como se não houvesse amanhã, apercebi-me de uma coisa. Joana’s haveriam várias no Deck. Na vida. Dois otários que me dessem razão de gozo eterno… poucos. O meu copo tinha de ficar meio cheio, ok?

Sunday, August 23, 2009

Presos sírios de Guantanamo já chegaram a Portugal e já são sócios do Benfica

CELA/GF – Os dois presos sírios vindos de Guatanamo para Portugal, cujos nomes são mais impronunciáveis que os dos atletas dos mundiais de atletismo de quem não se sabe o sexo, já chegaram e já começaram o processo de habituação ao nosso país com um escaldão e dezassete horas de espera numa loja do cidadão.
Depois de chegarem os dois presos comeram ainda um bacalhau à Zé do pipo, leram a TV Guia para porem as novelas da TVI em dia e disseram mal de Carlos Queiroz como seleccionador português. “Se já não acreditam que Portugal vai ao Mundial, é porque já estão ambientados. E mais vos digo, só ainda não conduziram em excesso de velocidade porque estão presos!” disse o Ministro José Amado. José Sócrates também já demonstrou agrado com esta chegada dizendo: “Boa! Dois que ainda não têm um Magalhães…”.

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The Good, The Bad and the Weird

Não restam dúvidas. O meu cinema favorito tem olhos em bico e vem da Coreia do Sul...

O último que vi, um remake do "The good, the bad and the Ugly":
"Joheunnom nabbeunnom isanghannom" (The Good, The Bad and the Weird)


Saturday, August 22, 2009

All garve and no lisbon make Gui a happy boy #2.5

Embora pareça mas não ameace, a noite dos “100 metros” de 75cl de cerveja não acabou por ali.
Horas depois do desafio com o meu amigo S., já eu estava bastante para lá de “Bagdad”. Digamos que eu já era nessa altura uma central de cervejas móvel, em busca de toda e qualquer casa de banho que encontrasse… quando me cruzo com uma rapariga no meio da rua.
Não sei porquê, juro que não sei, disse-lhe “boa noite”. Sim, é bem-educado cumprimentar as pessoas com quem nos cruzamos, mas uma estranha que se cruze com um rapaz semi-alcoolizado que lhe diz boa noite não vê “educação”, vê “engate rasca”. E vê bem. A verdade é que eu não a estava a engatar, nem nada do género (desculpa, Zézé), estava apenas a ser engraçadote e cordial.
Enquanto esperei apenas uma reacção fria e distante, ou mesmo nenhuma recção – o esperado na situação que descrevi – ela respondeu. E foi aí que entre na “twilight zone”.
Disse boa noite e ouvi as últimas palavras que esperei na altura. “Não é nada uma boa noite! A Maria arranja-se toda porque faz anos, sai à noite toda bem disposta e as amigas dela de repente desaparecem… Não sei delas…”. Primeiro pensamento que tive na altura: é bom não ser o único alcoolizado no Algarve. Segundo pensamento que tive na altura: isto vai dar “molho”.
Resolvi entrar na toca do coelho, caindo até um mundo onde encontrasse a Alice e a sua mesa longa de chá, repleta de chapeleiros loucos.
“Primeiro que tudo, parabéns, Maria. Que contes muitos e bons. Agora vamos lá procurar as tuas amigas… viste de que lado?”. Com estas palavras entrei numa situação de semi-flirt/desenrascanço de uma donzela embriagada/parvoeira de verão. Ela agradeceu os parabéns – nunca olhando para mim como um violador, o que foi agradável - pediu mais uma vez para eu olhar para o vestido que alegremente tinha vestido para a ocasião e explicou de que lado é que vinha. Eu alistei-me nessa altura para procurar as amigas dela.
Nos dez metros que percorremos para encontrarmos as amigas dela percebi duas coisas. Primeiro, que ela era um “peixe de aquário”. Não há outra explicação para se ter perdido das amigas ali tão perto que não fosse ter uma memória de apenas 3 segundos. Segundo, que se chamava Maria Bettencourt, que era divertida e que podíamos ser amigos. Porquê? Ela em 30 segundos que esteve comigo disse que eu tinha piada. Sim, estava bêbada. Sim, a cabeça dela obviamente não estava a funcionar na total das suas capacidades. Mas disse.
Quando avistamos as amigas, a loucura cresceu de tamanho. “Olha, vou dizer-lhes que és amigo da minha irmã. Chama-se X, não te enganes.” Eu nem tive tempo de responder ou sequer criar um raciocínio lógico que fundamentasse uma necessidade para tal afiliação. A Maria já estava com as amigas. “Então, onde é que vocês andavam?! Deixaram-me ali… Este é o Guilherme. É amigo da minha irmã.”
Eu já disse piadas, em espectáculos, que não resultaram minimamente. O silêncio e a animosidade que presenciei nesses momentos não foi nada em comparação com o que as amigas da Maria me mostraram naquela altura. Tornei-me invisível. Fui ignorado e olhado de lado como se tivesse Gripe A, malária, herpes genital e cartão de sócio do FCP, e tudo publicitado na t-shirt. Foi então que percebi. Estas “amigas” da Maria tinham-na perdido de propósito. Eu fui o c*br*o que a trouxe de volta. Em poucos segundos despedi-me da Maria Bettencourt e pirei-me dali. Precisava da realidade de volta. Nunca tinha precisado tanto dela. A Maria era gira de corpo, feia de cara e louca de universo.

Epílogo: Três dias depois vim-me embora do Algarve. Parei numa bomba de gasolina e olhei para a capa da Bola. É costume. Sou português e tenho pénis. Mesmo que não queira, a minha biologia obriga-me a relançar pelas capas desportivas. Na capa da Bola estava uma notícia que figurava o Presidente do Sporting a dizer bem das contracções do Benfica. Enquanto me ria e imaginava o como os Sportinguistas iam gostar daquilo… lembrei-me do apelido da Maria “não sei das minhas amigas, faço anos e estou de vestidinho especial para passar a meia noite”. Bettencourt. A Maria era feia de cara porque era igual, prensada a quente em máquina industrial, do presidente do Sporting. Naquela altura estava capaz de apostar um testículo, com opção de lateralidade, que ela era a herdeira do actual presidente do Sporting. Mas…

ADENDA NECESSÁRIA: …convém dizer, para o bem da verdade “desportiva” (várias camadas existem nesta escolha de termo) que ela não era filha dele. Era só mais uma Betencourt dos muitos que devem existir em Lapas e Quintas do Lago desse país fora. Mas se quiserem, e eu dou-vos total permissão para isso, podem contar esta história como se fosse. A história merece. Nem que seja, em honra da total insanidade que foi o meu encontro imediato de grau 1.5 de alcoolémia.

Friday, August 21, 2009

Depois da gripe A, a pandemia agora é de bandeiras monárquicas

ESTANDARTES/GF – Quando os portugueses já se estavam a habituar e preparar à Gripe A eis que aparece agora uma nova pandemia em solo português, mas ao invés de se tossir e cuspir, os sintomas desta são uma bandeira monárquica e um blog reivindicativo a acompanhar. O centro de Cascais acordou ontem para mais um cenário de “bandeirificação” por parte de mais um blog com bandeiras monárquicas a mais na mala do seu carro. O Ministério da Saúde já advertiu a população para esta nova pandemia deixando os seguintes conselhos de precaução: não passar pelos paços do concelho ou o centro de cascais sem lavar as mãos 3 a 4 vezes; deixar todos os estandartes e/ou mastros em casa, guardados e desinfectados; e queimar todo e qualquer livro de José Hermano Saraiva em lume brando. Para a ministra Ana Jorge, o cenário mais catastrófico será “ao estilo do Euro 2004, mas desta feita, uma bandeira monárquica por janela portuguesa”.

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Thursday, August 20, 2009

Contra Picado na estreia da semana

Rafael Contra pegou na estreia desta semana e fez das suas...

Não me responsabilizo.

“A B C da Sedução” – Um filme que apenas é original na forma como seduz, corteja e engravida do “machismo”

CONTRA PICADO/GF – A sensação que eu tive ao ver este filme foi a mesma de estar a arrumar carros na João XXI, drunfado em ácidos potentes da Eslovénia, enquanto ouvia a Carolina Patrocínio no vídeo do PS a falar de uvas e alucinava com personagens da Anatomia de Grey a dançarem Tony Carreira. Quero começar por mandar embora desta crítica metade dos leitores. Aqueles que, primeiro, sabem ler e chegaram até aqui, segundo, gostam verdadeiramente de cinema e tem boa memória. Amigos, o realizador deste filme é, nem mais nem menos, Robert Luketic. Robert Luketic é o desumano, satânico e desavergonhado homem que colocou na terra o filme “Legally Blonde – Legalmente Loira”, sem ter sido preso e/ou torturado em Guantanamo. Não vos chega? Ainda não pararam de ler? Uma saltitante, irritante e ofuscante Reese Witherspoon que se torna advogada sem nunca deixar o seu cãozinho longe do seu colo ou da sua vida sexual, não vos chega? Então olhem para os actores deste mesmo filme. No papel de macho dominante, que irá conseguir fazer do “sexismo” tão popular como “porrada em deficientes com capas vermelhas e escudos grandes demais”, está o “espartano a roçar a homossexualidade” Gerard Butler do 300.
No papel feminino está a sedutora fêmea principal que fará do termo “feminista sem pêlos debaixo dos braços” tão popular como “séries fracas e repetitivas passadas em Hospitais e arraçadas de telenovelas mexicanas ”, Katherine Heigl (ou “Izzy”, como o seu agente lhe chama) da Anatomia de Grey. Tudo aqui transpira a “contracto para filme que me vai fazer ganhar dinheiro para gastar em Ibiza durante o verão”. A história é desnecessária e, surpreendam-se, mais uma subversão de toda e qualquer comédia romântica americana. Vejam a história do filme: Katherine Heigl, uma produtora de televisão, é obrigada pelos seus superiores a suportar e a manter no canal um apresentador sexista, machista e bruto que a irá ajudar na sua vida amorosa. Portanto, mulheres deste país que estão a pensar ir ao cinema, vão ver um “porco” a ser “porco” durante um filme inteiro em que quer ter orgasmos tão longos como o de um “porco”. No final, se o vosso namorado estiver a cuspir tabasco, de palito no canto da boca, enquanto se coça e vos grita que quer “daquilo, e rápido”, não digam que não leram isto. Para os homens, saiam mais de casa e não deixem que sejam as comédias parvas americanas a ditar como se vão comportar diante das mulheres com quem querem ter orgasmos tão curtos como o tempo em que estive acordado durante este filme.

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Wednesday, August 19, 2009

All garve and no lisbon make Gui a Happy Boy #2

Todos os jogos de beber são parvos.
Todos.
A “mão direita ser penalti”.
O X querer ou não “ser cá da malta”.
Todos os jogos de beber são parvos e são evoluções naturais do brinde. O brinde não é mais que um reconhecimento da amizade e carinho que se tem pelas pessoas com quem se choca o copo e pelo tema pelo qual se choca o copo. As variações vieram em anos posteriores. As ressacas vieram em manhãs posteriores.
No entanto, há uns jogos mais primitivos e primários que outros. Há jogos elaborados, como a Árvore das Patacas, o Anel de Fogo ou o Ping. E há jogos estúpidos e medievais. Como o… “vamos ver quem bebe primeiro este copo todo”.
Quero dizer, em jeito de lançamento dos parágrafos seguintes, que não bebo para ficar bêbado. Acho uma noção parva, deprimente e totalmente desprovida de bom senso. É assim que as pessoas acabam alcoólicas ou presas quando só começaram parvas ou com sede.
Nessa noite eu já estava tocado, verdade. Não nego. Tenho um esquema com um amigo que é simples e saudável. Da frequência normal daquele carro só nós os dois temos carta, portanto se ele bebe, eu não. Se eu bebo, ele não. E vamos alternando. Para sorte dos conduzidos e azar do me fígado, era a vez dele de conduzir. E apenas tocado tinha aceite um desafio daqueles. Espero eu.
No meio do “Deck”, ao lado da Marina, estavam com um indivíduo que a partir desta linha se chamará S. S é dos maiores bebedores que já vi na minha vida. E não esconde. Aliás, mesmo que quisesse, as histórias, os números e as estatísticas hão de o perseguir enquanto ele conseguir pegar num copo. E surrupir o que lá dentro estiver.
Nos bares do “Deck”, e não me perguntem porquê, há duas variantes de copos de cerveja. Um copo de 33cl e um copo de 75cl. S iluminou-se como o estádio do Benfica em dia de derby quando ouviu falar da segunda variante. “Desafio-te…” foi a palavra que mudou a minha noite.
Basicamente, e para saltar um pouco de suspense directamente para a acção, ambos acabámos com um copo de 75cl na mão, a olhar olhos nos olhos o nosso oponente. Só para terem uma noção ao ler isto da quantidade de cerveja, o copo pesa. Nunca tinha bebido de um copo que pesasse. Quando uma pessoa nota o peso do copo pelo qual está a beber, sabe que algo já está errado.
Em “3, 2, 1…” eu e S começámos a fazer desaparecer a cevada fermentada. Não tenho noção de quanto tempo demorou a “batalha”, nem de quantos golos tive de dar, nem da minha figura para quem passava ao nosso lado. Sei que ganhei. E sei que “arroto” ganhou uma nova conotação na minha vida.
Quem bebe cerveja, para além de ter barriga, sabe que quando se subtrai a sua essência depressa demais, ar condensado sobe até à nossa garganta. Mas quem bebe cerveja não tem noção do que é um arroto provocado por 75cl de cerveja bebida quase de penalti. Não foi, porque não queria que na minha lápide dissesse: “Aqui jaz Guilherme, que morreu afogado com cerveja enquanto tentava ganhar apenas honra, sim não havia dinheiro envolvido na aposta, era apenas honra.”
Os arrotos pareciam soluços. Vinham entre golos, depois de golos e antes de golos de cerveja. Para bem da minha vitória e resultado, nunca vieram durante golos de cerveja. Que fique registado que eu, Guilherme Fonseca, ganhei a S a ver quem bebia 75cl de cerveja mais depressa. Que fique registado que o meu orgulho está envergonhado e que vai voltar para dentro. Obrigado.
(ADENDA: No final, como bons otários e bebedores que somos, fizemos um “double or nothing” de desforra - o S merecia, tinha uma imagem a limpar – com um copo de 33cl. Esse resultado pouco importa, como o leitor mais competitivo sabiamente saberá mas aqui fica registado, para o caso do Guiness aqui passar, que S ganhou. Ele é campeão dos “copos leves”, eu dos “copos pesados”.)
Apenas uma dúvida me permanece daquela noite. Não é se a diversão do momento se sobrepôs à estupidez e infantilidade do acto, não. Não é se o gesto fez de mim o macho alfa do meu grupo de amigos, não. Nem é se aos 40 anos vou lamentar aquela noite quando estiver no ginásio a chorar por dentro por causa da minha barriga protuberante, não. É apenas e só se hei de pôr este resultado no meu Currículo Vitae.

O "Rei"

Se virem na praia de Tróia um gajo com isto na mão...







... sou eu.

Estudo recente

Estudo prova que as mulheres portuguesas sorriem mais que os homens

ESTUDO RECENTE/GF – Depois de mais horas à frente da televisão a ver novelas, maiores gastos nos saldos e mais horas de psiquiatra devido a stress com o excesso de peso, parece que as mulheres portuguesas também sorriem mais que os homens. Num relato honesto, choroso e barrigudo de um homem que apanhámos numa praia da Quarteira com a mulher, filhos, cão, sogra e vendedor de bolas de Berlim, percebemos o porquê do resultado. “É normal. Não é fácil ser-se homem em Portugal actualmente. Veja só, já nenhum dos nossos clubes de futebol ganha, empatam todos. As revistas de mulheres nuas que nos deviam alegrar, têm astrólogas tão decrépitas e artificiais que parecem instalações contemporâneas da Joana Vasconcelos. E já nem nos conseguimos rir com aquele programa de televisão, o Tempo de Antena.” Quando pedimos um comentário à respectiva mulher, ela apenas sorriu e continuou a ouvir o seu cd do Tony Carreira.

As seen on o Indesmentível.

Monday, August 17, 2009

Impossible quotes #1 - Edição Taxistas

Há uns dias um taxista disse-me algo que nunca esperei ouvir de um amigo condutor de carros bejes...

"Desculpe, amigo, mas de bola não percebo nada..."

Resolvi então fazer aqui uma lista de tudo aquilo que eu taxista nunca dirá.

- "É claro que sei onde isso fica..."
- "Palavrões no meu carro? Amigo, tenha lá tento na língua."
- "Desculpe se está com pressa mas o vermelho é para parar."
- "Em vinte anos de serviço nunca, mas nunca bati em nada..."
- "Álcool? Isso é para os miúdos se divertirem. Eu só bebo água, que faz bem..."

Ed Byrne

Descobri este senhor num canal Americano que em portugal ainda não há.

Há um canal só de poker... mas Comedy Central, nada.
Há um canal... zen. E um canal zen com música. E ainda outro canal zen com música e exercícios de relaxamento... mas Comedy Central, nada.
Há um canal arabe. Sem legendas... mas Comedy Central, nada.
Há um canal em que pessoas têm de atravessar paredes de esferovite para não cairem numa piscina, enquanto vestem o fato mais rídiculo e constrangedor da história da alta costura... mas Comedy Central, nada.

Para os amantes de stand up comedy (que não o conheçam já, obviamente) aqui fica a minha descoberta. Ed Byrne, um irlandês que prova que o humor do país não foi todo para Billy Connolly.

Ed Byrne fala de fumadores



Ed Byrne fala de beber

Sunday, August 16, 2009

Improvável

Chama-se Improvável.

É uma série de acção/suspense com pitadas de humor negro, que vai directamente para a net.

E à equipa que promete, junta "muita" bom aspecto.

Carlos Moura encabeça um projecto com diário digital aqui.

A acompanhar.

gui

All Garve and no Lisbon make Gui a Happy Boy #1

T Clube. Algarve.
Para quem não conhece é uma discoteca que fica entre a Quinta do Lago e Vale do Lobo.
Para quem não conhece, são os dois sítios onde a nata da sociedade portuguesa passa férias.
Os parques de estacionamento das respectivas praias são mais caros que qualquer stand em Portugal.
As praias são as únicas do país em que as mães são tão boas como as filhas.
No centro, e frequentados durante a noite, o T Clube e a Trigonometria estão lado a lado. A Trigonometria é a discoteca dos filhos, o T Clube a discoteca dos pais. A Trigonometria tem centenas de crianças bêbadas com dinheiro a mais, o T Clube tem centenas de pais dessas mesmas crianças, a quem dão dinheiro a mais.
Na minha primeira noite de Algarve, uma amiga disse conhecer o RP do T Clube e sugeriu irmos lá beber um copo, entrando sem consumo mínimo. Não me pareceu mal. Nessas condições até no Inferno beberia um copo. (Sítio onde maior parte da frequência do T Clube vai acabar invariavelmente a eternidade a sair à noite.) Quem quer pagar consumo mínimo para ver donos de iates e de acções de multinacionais a dançar, abraçados a mulheres 30 anos mais novas que eles? Not my kind of fun.
Com saudades do já extinto Klube, que muitas noites me alegrou em temporadas de Algarve, lá me aventurei para o T Clube.
À entrada a referida amiga cumprimenta o RP do espaço e aponta para o grupo atrás de si. O rapaz dá uma vista de olhos a todos e pára em mim e noutro amigo meu.
(Adenda necessária: Eu estava de t-shirt preta, do Hardrock, com uma guitarra, calças de ganga e sapatos bejes. Normal. O meu amigo – vítor - tinha a barba por fazer, piercing no lábio, t-shirt branca, tatuagens no braço esquerdo e umas calças de ganga acabadas com All-Stars. Eu estava normal. Ele estava “rocker”. Como na verdade… é.)
O RP olhou para nós e disse à amiga: “X, o pessoal hoje está um bocado… alternativo.”
O vítor riu-se, eu fiquei estupefacto. Nunca tinha sido rotulado de “alternativo” por associação. Estar ao lado de um amigo com tatuagens, vestindo a minha t-shirt com uma guitarra, fez de mim… alternativo. Resultado entraram todos com cartões sem consumo menos nós. Mas o T Clube tinha um negócio para nos oferecer. Ou uma alma para nos comprar.
Era noite de uma acção de beneficiência encabeçada pelo espaço. T-shirts estavam a ser vendidas e as receitas iriam ser revertidas a favor de alguém que, honestamente, não faço a mínima ideia que era. Não me explicaram isso. Só que para passar aquela porta, tinha de vestir aquilo. Eu e o Vítor vestimos aquelas t-shirts, o vítor tirou o piercing e tapou as tatuagens com um casaco e lá entramos, com um cartão sem consumo e 15 euros de tshirt por pagar. Um negócio rasca mas que me tornava muito menos “alternativo” para o espaço.
Estivemos lá dentro uma hora. Estava vazio. Vi ingleses agarrados a inglesas e a garrafas de champagne, ouvi música dos anos 80 que só ouço no Platou e fiquei com ainda menos vontade de lá voltar. Uma imperial… 7 euros. Uma caipirinha… 14.
Aquilo não é o meu espaço. E não por uma questão de não ter um centésimo do dinheiro na conta que aquelas pessoas têm. Simplesmente porque não é. Não quero estar na capa de revistas, não quero convidar outros cirurgiões e empresários para o meu barco e muito menos quero conhecer a fantástica e plástica filha do tio do primo do médico do senhor engenheiro que vai casar em Setembro com o forcado filho do dono da empresa que gere as toneladas vindas da argentina todas as quintas em petroleiros.
Á saída fui buscar a minha t-shirt alternativa, mostrei o meu cartão que sem consumo, me custava 0 e sai. Só cá fora é que me apercebi. Não paguei a t-shirt.
Estive no T Club, sem pagar, sem consumir e sai de lá com uma t-shirt grátis, que me levou de “alternativo” a “caridoso e atento a causas sociais graves”. Causas essas que não me lembro porque não me explicaram quais eram. Nem estão descritas na própria t-shirt.
Querem ouvir a piéce-de-resistênce? Não vi nem uma pessoa com uma t-shirt daquelas lá dentro. Nem uma. Eu e o Vítor, os alternativos, fomos os únicos que abrimos um pacote com uma t-shirt daquelas. Os “alternativos” eram de tal forma “alternativos” que foram os únicos que apoiaram causas sociais por definir. Os “alternativos” usam as únicas t-shirts de beneficência, que custam 15 euros. Os “normais” bebem caipirinhas que custam 14.

- Conto só mais uma história dessa noite. A amiga que nos meteu lá dentro, que ficou honestamente desconfortável com a ocorrência da “alternatividade”, já estava bastante tocada. É das poucas pessoas “loucas” que conheço que o são de uma forma saudável, alegre e bem disposta. Onde quer que esteja é a “pulsação” de uma festa, e sempre será. A tal X dentro da discoteca, viu uma rapariga que conhecia. Aproximou-se dela e fez-lhe uma pergunta. Enquanto esperava pela resposta olhou para ver com quem a sua amiga conversava. Era o Sá Pinto. Ela olha para o Sá Pinto e simplesmente diz: “Desculpa, mas sou do Benfica.” E vira-lhe a cara. O Sá Pinto riu-se e acabou a pagar-lhe uma bebida. Enquanto conversavam, ela conseguiu “melhorar” a situação. Virou-se para o Sá Pinto e disse “És um porreiro… mas não jogas um cu”. Quem fala assim não é gago. E normalmente já está alcoolizado.

Gripe A de Cristiano Ronaldo já é a mais cara do mundo

MADRID/GF – Já denominada de H1CR9N1, a gripe A apanhada, germinada e incubada por Cristiano Ronaldo já tem os maiores centros de investigação da Europa na luta pela sua contratação.“Se trabalhares, se suares, se tossires, sabes que a tua gripe será a melhor do mundo. É preciso é dar-lhe amor e Tamiflu todos os dias, com humildade e respeito, para que tenha condições de ser sempre a melhor”, disse Cristiano Ronaldo enquanto se assoava a uma lençol de linho persa. Cristiano Ronaldo já se encontra bom de saúde mas só se livrou da gripe quando soube que esta tinha uma proposta de topo. “Nunca a deixaria sair de mim sem que fosse para uma clínica de investigação de topo na Europa. Depois de algumas negociações, a minha já é a melhor gripe A do Mundo”. Quem comentou também a gripe A de Ronaldo foi Nereida que terá dito “depois do herpes genital que lhe passei o mínimo que ele podia fazer por mim, era tossir-me na boca.”

As seen on o Indesmentivel.

Baixa de número de oficiais leva PSP a recrutar strippers masculinos

ESQUADRAS/GF – Depois de greves, suicídios e jogos de futebol entre equipas juniores em alcochete, a força policial portuguesa está com cada vez menos oficiais listados. Com uma média de 34 anos, os agentes necessitavam de um novo folgo, que vem assim oleado e vestido de fio dental leopardo.“A ligação entre Polícias e Strippers já existe há vários anos. Se revirem as greves da PSP, repararão que os polícias já andam há anos a atirar chapéus. Da cabeça até à roupa interior, é um saltinho”, disse o Comandante da Esquadra da PSP do Rato. “Com esta baixa de oficiais começámos então a recrutar novos reforços e os Strippers foram a primeira leva, apenas e só porque assim se poupa dinheiro nas fardas, visto que eles já trazem as deles. O passo seguinte será esperar pelo Carnaval e agarrar todo e qualquer garoto que esteja mascarado de Polícia ou Moita Flores.” Espera-se assim já para Setembro deste ano uma onda de assaltos a lojas como Berska ou Mango e uma crescente falta de jeito nas mulheres para conduzirem.

As seen on o Indesmentível.

Friday, August 14, 2009

De volta, ainda a meio gás...

Voltei. A meio gás até dia 17, mas aqui estou eu.

E digo a meio gás porque estou em Valença, no minho. Uma terra linda que vê a espanhola Tui do outro lado do rio. Mas o que a vista tem de bom, a internet tem de mau. Apanho aqui com roaming na rede, o que multiplica por alguns milhares os "a pagares" da minha internet. Sim, venho aqui matar saudades, mas em versão "rapidinha". Só até dia 17, que há história do Algarve para serem contadas...

Até lá, tomem produção Indesmentível fresquinha.

"Estudo revela que por cada beijo dado se ganha um minuto de vida

ESTUDO RECENTE/GF – Os mais cépticos poderão duvidar, os mais católicos poderão odiar e os mais badalhocos poderão durar, mas este é o resultado de um estudo recente que prova que um beijo dado resulta num novo minuto de vida.
Se esse mesmo minuto de vida é passado com nova companhia amorosa ou com herpes, o estudo não discrimina, a verdade é que um “ósculo” dado e/ou recebido aumenta a nossa vida em 60 segundos quando dado num ser humano, e em apenas 53 segundos quando dado em equídeos, pelo que Ciccolina já estará a financiar do seu bolso uma confirmação destes estudo. Outra celebridade que gostou deste resultado foi Paris Hilton, vista há dias atrás numa discoteca de Los Angeles, osculando efusivamente quatro homens e dois poodles. A famosa herdeira do espólio Hilton e incubadora de 78% das doenças venéreas conhecidas à humanidade terá dito: “Um beijo dá um minuto de vida? Então aqueles que me chamaram de porca que me chamem santa, porque no fundo o que eu faço por milhares de homens é serviço cívico…”."

As seen on o Indesmentível.


O Rafael também voltou de férias. Com a sua boa disposição latente a cada palavra, falou da estreia desta semana, o "G.I Joe":

“G.I. JOE: The Rise Of Cobra ” – Quando bonecos ganham vida, perdem neurónios e mantêm a plasticidade

CONTRA PICADO/GF – A sensação que eu tive ao ver este filme foi a mesma de estar em alto mar, sufocado, totalmente enrolado em papel de cozinha transparente enquanto afundo atado a um frigorífico da Singer, tudo dentro de um derrame de óleo provocado pelo naufrágio de um petroleiro. Parece que estão finalmente a faltar as desculpas aos americanos para explodir coisas. Que fique registado que em Agosto de 2009, depois dos Power Rangers, dos Transformers e das Tartarugas Ninja, é a vez de G.I Joe (vulgo “Action Man” na Europa. Sim, porque nós compramos os bonecos americanos mas temos de lhes mudar o nome para serem ainda mais básicos…), ficando apenas a faltar o Noddy nos bonecos que ainda não foram figuras principais em filmes de acção Hollywodescos. E devo dizer que espero entusiasmadamente esse filme de acção que será “Noddy: Rise of the Mailman”, em que o carteiro alegre de guizo no chapéu tem de explodir um pequeno país do médio oriente para conseguir ir entregar o correio no Japão. Sim, porque este filme virá, não se enganem. Se eles conseguem pegar num boneco vendido durante a minha infância e fazer um filme sem qualquer propósito, razão ou pingo de talento, o Noddy bem que pode ir começando a ir ao ginásio.
Criados em 1964, os G.I. Joe são bonecos articulados que constituem uma unidade militar americana. Já são mais de 40 anos de infâncias estragadas com pequenas pistolas de plástico e se nos E.U.A. há psicopatas a entrarem em escolas armados e a fuzilarem alunos e professores a torto e a direito, não é por causa do cubo de Rubik de certeza. Olhem para o realizador e digam-me não seria de esperar: Stephen Sommers. O que fez este frenético americano com amor por gastar dinheiro dos outros? Todo e qualquer filme da Múmia e seus associados. “The Mummy”, “The Mummy Returns”, “The Scorpion King”, “Revenge of the Mummy: The Ride” e “The Mummy: Tomb of the Emperor Dragon”. E quando julgávamos que os filmes da múmia iriam ficar por aqui, Hollywood dá-nos a volta e em Outubro estreará “This Is It”, um documentário sobre os últimos dias de Michael Jackson. Fico honestamente feliz de ver que Hollywood está a ficar sem razão para fazer filmes. Espero ansioso pelo dia em que dirão… “acabou. Não temos mais razões para sugar dinheiro a esta gente e a Coca-Cola que andamos a beber já não nos ajuda a escrever coisas novas…”. Nesse dia o cinema comercial morrerá por falta de combustível. A não ser que morra outra celebridade que precise de ser beatificada depois de ameaçar atirar crianças pela janela.

As seen on o Indesmentível.

Sunday, August 02, 2009

O voo do guilherme

Se perguntarem a qualquer especialista de qualquer área esta pergunta, a resposta será sempre a mesma...

Que som faz um guilherme a caminho do Algarve?

Este:


O som de regresso, 10 dias depois, é que ainda não foi decifrado.

Até daqui a 10 dias, amigos leitores.
Na minha ausência façam aquilo que eu faria... mas mais bem feito.

gui

No jogo da “apanhada” que é a política, o Tribunal Constitucional é o “coito”

RECREIO/GF – A política portuguesa começou por ser um aquário com “chernes” e afins, depois passou pelo mundo da tauromaquia e chega agora ao estatuto de “jogo da apanhada”. Enquanto políticos portugueses se tentam “apanhar” antes dos votos em Outubro, vão usando o Tribunal Constitucional como local de segurança, vulgo “o coito”.Ao ouvirmos atentamente os políticos portugueses, as queixinhas não demoram a aparecer: “Assim não dá para brincar. Quando estou quase a apanhar alguém, agarram-se logo ao Tribunal Constitucional e fico de mãos a abanar. Olhem por exemplo o Cavaco Silva. Sempre que alguém se estica para o agarrar, como foi com o Estatuto dos Açores, lá está ele a desculpar-se com a Constituição. Parece o Jardel encostado à baliza, o batoteiro”, disse Paulo Portas a O Indesmentível. No entanto há personalidades vibrantes da nossa política que querem abolir, no seu mais fechado e vibrante sotaque madeirense, o “coito” do jogo da apanhada. “Não faz sentido haver um Tribunal Constitucional! Estraga a brincadeira toda. Ao haver “coito” esses bastardos do continente vão-se salvando quando eu os tento apanhar… Acabe-se com isso já!”. Más línguas dizem ainda que é por causa do “coito” estar “desprotegido” na política e na vida em geral, que o Instituto Nacional do Sangue não quer o sangue dos homossexuais portugueses.