Eu perdi a virgindade tarde.
Tinha 19 anos, acabadinhos de fazer.
Não a perdi tarde porque tivesse problemas de sociabilidade. Nunca tive. Mas todos os 3 anos do meu secundário foram passados fora de Lisboa, numa cidade pequena, mesquinha e irritante, que me afastou da rua, para o mundo do cinema, do basket e do humor. Basicamente, esse período da minha vida definiu aquilo que eu queria ser, era e iria ser. Mas não me pôs a foder.
No entanto, desde que voltei para Lisboa e perdi a virgindade, a quantidade de mulheres e de sexo na minha vida tem aumentado. Perdi-a tarde mas acho que, de forma saudável, tenho compensado os 3 anos de atraso – sim, em média perde-se a virgindade aos 15 anos em Portugal. Posso dizer que actualmente, e apesar de não ser um expert, tenho alguns conhecimentos da óptica do utilizador. Sou um aluno garrido que gosta de ter boas notas e que não se importa de partilhar apontamentos. Quero é ir às aulas.
Sim, adoro sexo. Vê-lo, fazê-lo, imaginá-lo. Todos adoramos. É por isso que a publicidade tem mamas, as revistas têm mamas, os filmes têm mamas, a internet tem mamas. Porque nós queremos mamas. Nós homens somos criaturas visuais, que reagem a estímulos visuais e que se excitam sexualmente mesmo que não exista emoção nenhuma por detrás. É por isso que nos conseguimos masturbar com videoclips ou catálogos de lingerie. Somos máquinas de procriação. E as mulheres sabem isso.
Actualmente estou numa relação. E o que sabe bem, é para se fazer. Caguei para aqueles senhores de branco do Vaticano. Não me vou casar para dar prazer e receber prazer de alguém. É mais do que natural eu querer enfiar a minha anatomia na das outras pessoas. É orgânico. É um sinal de que gosto da pessoa. E que lhe quero mostrar que gosto dela. Faço sexo 3 a 4 vezes por semana e é bom, sabe bem e eu quero que continue assim.
Ma também já estive em relações puramente sexuais. Tendeu a ter tanto de divertido como de pouco duradouro. Servia para aliviar a carga energética sexual e nada mais. Era como ir ao ginásio ou passear o cão. Era um exercício quase de necessidade e pragmatismo. Mas repito, era divertido. Numa relação saudável e duradoura - como a que estou actualmente - esse não é o caso. O sexo é querido e praticado mas existem várias camadas de carinho, afectividade e intimidade que vão para além do toque na pele.
E o que será que acontece quando se tira, totalmente, essa camada sexual?
O que se pode fazer com a energia sexual, que não é sexual?
O que acontece a um homem maduro e saudável, numa relação de elevada carga sexual, quando passa 7 dias sem ejacular?
E se nos próximos 7 dias eu não tiver relações sexuais?
Sim, é verdade. Já tive alturas da minha vida em que 7 dias sem fazer sexo não era nada de assinalável. Eram simples dias a acumular a uma maior contabilização. Mas a vontade sexual também funciona por expectativas. Queremos aquilo que não temos muito mais do que aproveitamos aquilo que recebemos. É assim que funcionamos. Um homem masturba-se muito mais quando está solteiro do que as vezes que tem relações sexuais quando está numa relação. Quando temos namorada não temos a ânsia de procurar sexo. Temos e fazemos quando queremos.
Vou descobrir.
Nos próximos 7 dias não toco, não sou tocado, nem me toco.
Serão 7 dias sem atingir qualquer orgasmo.
Terão as respostas no próximo domingo. Se eu não assassinar ninguém entretanto, claro.
Monday, January 17, 2011
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