“O Discurso Do Rei” – …que quando fala, faz beatbox involuntário
CONTRA PICADO/GF – A sensação que eu tive ao ver este filme foi a mesma de estar refém de dois anões bipolares nacionalistas que me fazem marcas no corpo com ferros de marcar gado, isto enquanto danço tectonic ao som da rádio Orbital e – não tendo língua – tenho de recitar as contra-indicações do comprimido Oscillococcinum. Só há duas coisas mais inúteis que um Rei. A Liga Portuguesa de Futebol e o nosso Presidente da República. Este segundo não fala, não se mexe, não aparece e quando o faz, é para dizer que as mulheres estão bem é a fazer o jantar. É que um Rei ao menos usa o seu castelo. O nosso Presidente da República só vai ao Palácio de Belém em dias de contagem da EPAL. Um Rei, por definição, é um politico mimado e sem oposição. É um governante sem eleitores. É o Alberto João Jardim de calças vestidas.
E sendo que o único requisito necessário para se ser Rei é ser-se filho do antecessor, em famílias onde todos fazem filhos uns aos outros, é normal que os genes troquem mimos daqueles que os egípcios andam a trocar com o seu Governo. E mais inútil que um Rei é um Rei gago, porque pior do que uma coisa é sempre uma coisa repetitiva. Para quem se interroga, não, os gagos não são pessoas normais com problemas em apanhar rede. São simplesmente pessoas a quem nós temos uma vontade enorme de acabar as frases. Para ouvir pessoas com defeitos na fala basta-me metade do painel do “Governo Sombra” da TSF. Ainda por cima, não era preciso um tratamento intensivo para se curar a gaguez do Rei. Para curar aquilo bastava fazer o que nós fazíamos quando os nossos reis portugueses tinham problemas: dar-lhes um balázio na testa. Nós não gostamos de ouvir pessoas que mandam a discursar. Sempre que o fazem é para nos tirar dinheiro, tempo ou férias. Mas se querem mesmo ver este filme, força. Relembro apenas que isto é baseado numa história verídica. Bastava pegarem num livro de história e saber que nem a Inglaterra perde guerra nenhuma, nem o vosso dinheiro devia estar a ser gasto em inutilidades em tempo de crise.
As seen on O Indesmentível.
Thursday, February 10, 2011
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