"Male sexuality may seem on the surface like it runs rampant in society - there are strip clubs, porn websites, Maxim-style magazines, and titillating advertisements everywhere. But despite all this, true male desire is often kept repressed.
Men think about sex more than they will ever let women, or even each other, know. Teachers think about fucking their students, fathers think about fucking their daughter's friends, doctors think about fucking their patients. And right now, for every woman with even an iota of sex appeal, there's probably a man somewhere in the world who's touching himself and thinking about what it would be like to fuck her. She may not even know him: He may be that businessman who walked past her in the street or the college student who sat across from her on the subway. And any man who tells a woman otherwise is most likely doing so because he's trying to get in her pants, or the pants of someone else within earshot. The great lie of modern dating is that in order to sleep with a woman, a man must pretend initially as if he doesn't want to.
Most appaling to women is the male obsession with strippers, porn stars, and teenage girls. It is abhorrent because it threatens a woman's reality. If all men really desire a woman like that, then where does that leave her marriage and happily-ever-after fatasies? She's doomed to live them with a man who really wants that Victoria's Secret model or the neighbor's daughter or that dominatrix in the video he hides in his closet. As a woman ages, an eighteen-year-old girl will always be eighteen. Love is dashed on the rocks in the face of the possibility that a man doesn't want a person but a body.
Fortunately, this is not the entire story. Men are visual thinkers; thus we're often deceived by our eyes. But the truth is that the fantasy is often better than the reality. I had just learn that lesson. Most men evenually learn that lesson. (...)
Men are not dog's. We merely think we are and, on occasion, act as if we are. But, by believing in our nobler nature, women have the amazing power to inspire us to live up to it. This is the reason why men tend to fear commitment - (...)."
Nas páginas 408 e 409 do livro "The Game", escrito por Neil Strauss.
Tuesday, December 28, 2010
Monday, December 27, 2010
7 dias #5
Se há algo que sempre me fascinou no futebol, é a linguagem.
Ninguém directamente envolvido no mundo do desporto rei sabe o que diz. Mas dá-se demasiada importância ao que eles dizem. Há um grave problema de "português" na nossa primeira Liga mas as palavras dos respectivos enchem mais páginas de jornais, blogs e conversas de táxi que as regras do FMI. O futebol é um desporto, logo a nossa atenção devia estar no campo e não nas flash interviews. Mas como um condutor abranda para ver um capotado na faixa contrária, nós insistimos em acompanhar entrevistas a jogadores a arfar depois de 90 minutos a correr. Ou a treinadores iletrados que se esforçam por falar como se fossem versados.
Acredito que para os portugueses, o futebol seja um "destressador" como o sexo.
Portanto era óbvio que tínhamos de adorar o "miminho pós-coital".
Olhemos para um treinador de um clube, por exemplo. Fascina-me que durante 90 minutos tenhamos planos apertados, em slow-motion inclusivé, da sua fronha mal disposta a gritar palavrões - sim, porque não é preciso ser surdo para ler aqueles lábios. Mas entretanto o jogo acaba, os jogadores descansam, os pontos são atríbuidos. O treinador vai falar com um jornalista munidos de perguntas insignificantes e é nesse momento que o treinador tem de fazer o maior esforço da sua vida. Para se manter calmo. Para não insultar a mãe de ninguém. E para construir uma frase com pés e cabeça. Sempre, evitando os palavrões.
Eu gosto de palavrões. Gosto de os dizer. De os usar. E de os ouvir.
Sabe tão bem dizê-los na altura certa como ouvi-los da maneira correcta.
Mas como sou, profunda e convictamente, anti-formalidades, faz-me confusão ver alguém evitar dizer um, com tanto esforço. Não era maravilhoso se o Jorge Jesus simplesmente dissesse, no final de um jogo, "não jogámos um c*ralho.", virásse costas e fosse procurar a águia Vitória?
Pelo meu amor aos palavrões, e pelo meu desdém para com a formalidade imposta, falsa e castrativa...
...vou passar os próximos 7 dias sem dizer um único palavrão. Serão aceites interjeições como "porra" ou "caraças", mas os grandes avançados do campeonato da linguística latrineira, não serão utilizados.
Quero ter saudades deles.
Quero saber exactamente o que eles valem.
Ninguém directamente envolvido no mundo do desporto rei sabe o que diz. Mas dá-se demasiada importância ao que eles dizem. Há um grave problema de "português" na nossa primeira Liga mas as palavras dos respectivos enchem mais páginas de jornais, blogs e conversas de táxi que as regras do FMI. O futebol é um desporto, logo a nossa atenção devia estar no campo e não nas flash interviews. Mas como um condutor abranda para ver um capotado na faixa contrária, nós insistimos em acompanhar entrevistas a jogadores a arfar depois de 90 minutos a correr. Ou a treinadores iletrados que se esforçam por falar como se fossem versados.
Acredito que para os portugueses, o futebol seja um "destressador" como o sexo.
Portanto era óbvio que tínhamos de adorar o "miminho pós-coital".
Olhemos para um treinador de um clube, por exemplo. Fascina-me que durante 90 minutos tenhamos planos apertados, em slow-motion inclusivé, da sua fronha mal disposta a gritar palavrões - sim, porque não é preciso ser surdo para ler aqueles lábios. Mas entretanto o jogo acaba, os jogadores descansam, os pontos são atríbuidos. O treinador vai falar com um jornalista munidos de perguntas insignificantes e é nesse momento que o treinador tem de fazer o maior esforço da sua vida. Para se manter calmo. Para não insultar a mãe de ninguém. E para construir uma frase com pés e cabeça. Sempre, evitando os palavrões.
Eu gosto de palavrões. Gosto de os dizer. De os usar. E de os ouvir.
Sabe tão bem dizê-los na altura certa como ouvi-los da maneira correcta.
Mas como sou, profunda e convictamente, anti-formalidades, faz-me confusão ver alguém evitar dizer um, com tanto esforço. Não era maravilhoso se o Jorge Jesus simplesmente dissesse, no final de um jogo, "não jogámos um c*ralho.", virásse costas e fosse procurar a águia Vitória?
Pelo meu amor aos palavrões, e pelo meu desdém para com a formalidade imposta, falsa e castrativa...
...vou passar os próximos 7 dias sem dizer um único palavrão. Serão aceites interjeições como "porra" ou "caraças", mas os grandes avançados do campeonato da linguística latrineira, não serão utilizados.
Quero ter saudades deles.
Quero saber exactamente o que eles valem.
7 dias #4: rescaldo
Este foi o mais complicada até agora.
Estar sem Facebook foi o que custou mais. Mas era fácil.
O que tinha de evitar fazer era simples e directo.
Esta semana, o caso foi mais complicado. Não aceitar nada de ninguém não ocorre apenas quando estamos ao pc. Não é uma página na qual não podemos clickar. É um estado de espírito. Uma definição constante.
Não posso dizer, em plena consciência, que a semana foi um sucesso. Não sei. Fartei-me de negar pequenas oferendas e sugestões, porque a isso era obrigado. Mas não faço ideia de todas as vezes que a resposta foi mecânica. Incontrolável. Inconsciente.
A primeira coisa que procurei negar foram pedidos pela Internet. É mais fácil negar uma coisa quando temos tempo para pensar nela. Um convite de amizade no Facebook é um botão azul num ecrã branco. Não é um par de olhos e uma mão estendida. Amizades no Facebook, eventos no Facebook, contactos pelo Hotmail, sugestões de tudo e mais alguma coisa... foi tudo corrido a "não". A parte cibernética estava safa.
A parte humana era mais complicado. E deu origem a alguns confrontos e "tecnicalities" que foram sendo corrigidas. Sim. Porque tenho uma cambada de amigos a que alguns chamariam de "desafiadores". Eu, chamo-lhes "*a**ões".
- A primeira é a negação da oferta. Foi das primeiras que me tentaram forçar. Se me disserem "queres não levar uma chapada?" eu teria de dizer que não. Errado. Eu não me transformei no Miguel Sousa Tavares, eu não tenho de negar tudo o que me dizem. Eu tenho de rejeitar o que me oferecem. Logo, a resposta a "queres não levar uma chapada?" seria um simples e directo "sim". É a reposta que assegura que continuo na mesma. Sem nada de novo.
- A segunda não era gramatical. Era temporal. Imaginem que eu quero comer uma maça. Levanto-me, dirijo-me ao local onde as maças estão e quando vou a pegar numa, alguém diz "queres essa maça, guilherme?". A pergunta vem com o objectivo de me impedir de a comer. Errado. Ninguém me está a oferecer nada. Estão apenas a confirmar a minha acção. Como não sou de ter dúvidas daquilo que faço depois de tomar uma decisão, comi a porra da maça. E de boca aberta, só para chatear.
Mas a questão pertinente é "se eu não podia receber nada, como é que passei o dia de Natal?". Fácil.
Na minha família, quando eu era pequeno, havia o costume de, à meia noite, a pessoa mais nova se dirigir à árvore de Natal e distribuir os presentes um a um, por toda a gente. Demora mas é carinhoso. Todos vemos os presentes de todos, um a um. Com o mais novo a fazer o papel de dealer.
Com o tempo, a quantidade de prendas foi diminuindo. O número de pessoas na família, movidas a divórcios e mortes, também. E a idade dos intervenientes foi subindo. O Natal começou cada vez mais a tornar-se um "jantar com o triplo das sobremesas" e menos um "dia de crianças". O que eu fiz nesta noite de Natal foi assumir o papel de distribuidor. Reavivar a tradição, o momento do "abrir a prenda". De dar importância ao segundo mais perigoso de todo o Natal: aquele em que descobrimos se vamos receber perfumes ou alguma coisa de jeito.
E assim...
...não me foi dado nada, porque era eu que estava a dar. Bingo.
Porque mais do que de dar, o Natal é uma época de receber.
E eu consegui pegar neste clichê mastigado, e fazer dele brincadeira parva.
Foi um bom Natal.
Estar sem Facebook foi o que custou mais. Mas era fácil.
O que tinha de evitar fazer era simples e directo.
Esta semana, o caso foi mais complicado. Não aceitar nada de ninguém não ocorre apenas quando estamos ao pc. Não é uma página na qual não podemos clickar. É um estado de espírito. Uma definição constante.
Não posso dizer, em plena consciência, que a semana foi um sucesso. Não sei. Fartei-me de negar pequenas oferendas e sugestões, porque a isso era obrigado. Mas não faço ideia de todas as vezes que a resposta foi mecânica. Incontrolável. Inconsciente.
A primeira coisa que procurei negar foram pedidos pela Internet. É mais fácil negar uma coisa quando temos tempo para pensar nela. Um convite de amizade no Facebook é um botão azul num ecrã branco. Não é um par de olhos e uma mão estendida. Amizades no Facebook, eventos no Facebook, contactos pelo Hotmail, sugestões de tudo e mais alguma coisa... foi tudo corrido a "não". A parte cibernética estava safa.
A parte humana era mais complicado. E deu origem a alguns confrontos e "tecnicalities" que foram sendo corrigidas. Sim. Porque tenho uma cambada de amigos a que alguns chamariam de "desafiadores". Eu, chamo-lhes "*a**ões".
- A primeira é a negação da oferta. Foi das primeiras que me tentaram forçar. Se me disserem "queres não levar uma chapada?" eu teria de dizer que não. Errado. Eu não me transformei no Miguel Sousa Tavares, eu não tenho de negar tudo o que me dizem. Eu tenho de rejeitar o que me oferecem. Logo, a resposta a "queres não levar uma chapada?" seria um simples e directo "sim". É a reposta que assegura que continuo na mesma. Sem nada de novo.
- A segunda não era gramatical. Era temporal. Imaginem que eu quero comer uma maça. Levanto-me, dirijo-me ao local onde as maças estão e quando vou a pegar numa, alguém diz "queres essa maça, guilherme?". A pergunta vem com o objectivo de me impedir de a comer. Errado. Ninguém me está a oferecer nada. Estão apenas a confirmar a minha acção. Como não sou de ter dúvidas daquilo que faço depois de tomar uma decisão, comi a porra da maça. E de boca aberta, só para chatear.
Mas a questão pertinente é "se eu não podia receber nada, como é que passei o dia de Natal?". Fácil.
Na minha família, quando eu era pequeno, havia o costume de, à meia noite, a pessoa mais nova se dirigir à árvore de Natal e distribuir os presentes um a um, por toda a gente. Demora mas é carinhoso. Todos vemos os presentes de todos, um a um. Com o mais novo a fazer o papel de dealer.
Com o tempo, a quantidade de prendas foi diminuindo. O número de pessoas na família, movidas a divórcios e mortes, também. E a idade dos intervenientes foi subindo. O Natal começou cada vez mais a tornar-se um "jantar com o triplo das sobremesas" e menos um "dia de crianças". O que eu fiz nesta noite de Natal foi assumir o papel de distribuidor. Reavivar a tradição, o momento do "abrir a prenda". De dar importância ao segundo mais perigoso de todo o Natal: aquele em que descobrimos se vamos receber perfumes ou alguma coisa de jeito.
E assim...
...não me foi dado nada, porque era eu que estava a dar. Bingo.
Porque mais do que de dar, o Natal é uma época de receber.
E eu consegui pegar neste clichê mastigado, e fazer dele brincadeira parva.
Foi um bom Natal.
Thursday, December 23, 2010
De Perto Ninguém É Normal #8 (Natal)
Não vos vou taggar numa foto de Facebook.
Não vos vou enviar sms's com piadas mastigadas, como a desejar boas festas. Pelo corpo todo.
Não vos vou telefonar, porque não ganho suficiente para isso. E o que ganho, gasto em coisas ilegais.
Vou-vos desejar um Bom Natal, com algo de que me orgulho muito.
Aqui está o especial de Natal do De Perto Ninguém É Normal.
Apreciem-no.
Já que estar fechado com a família inteira numa casa durante um fim-de-semana, não faz bem a ninguém.
Bom Natal, amigos.
Não vos vou enviar sms's com piadas mastigadas, como a desejar boas festas. Pelo corpo todo.
Não vos vou telefonar, porque não ganho suficiente para isso. E o que ganho, gasto em coisas ilegais.
Vou-vos desejar um Bom Natal, com algo de que me orgulho muito.
Aqui está o especial de Natal do De Perto Ninguém É Normal.
Apreciem-no.
Já que estar fechado com a família inteira numa casa durante um fim-de-semana, não faz bem a ninguém.
Bom Natal, amigos.
Picado vs "Não Há Família Pior!"
“Não Há Família Pior!” – …ou que me faça ainda mais querer ser órfão
CONTRA PICADO/GF – O Tolstoy um dia disse que “não há famílias felizes”. Eu sempre duvidei. Já tinha comido em restaurantes chineses em que o menu me dizia o contrário. Mas depois vi este filme. E afinal não há. E se houverem, estão neste momento a dar cabo da sua felicidade ao irem ver o filme ao cinema juntos. Há várias coisas que destroem uma família: mortes, divórcios e a pior de todas, o Natal. As famílias são as empresas de onde não nos podemos despedir. São os clubes onde temos cartão de sócio vitalício. São doenças para as quais não há cura. Por muito que se procure, em laboratórios ou em programas da Sic Mulher. E o Natal é a pior altura de todas, porque as famílias são como claques de futebol. Os adeptos ferrenhos sozinhos são suportáveis, mas quando se juntam são insuportável.
“Não Há Família Pior” é a pior ideia de todas para um filme de Natal. Se por acaso alguém sair de casa para ir ao cinema nos próximos dias, não é pelo filme. É porque quer fugir de crianças que berram, velhos que se repetem e adultos que se lamentam. Entrar numa sala e ver os meus maiores ódios no ecrã é algo que eu dispenso. Ver este filme agora é como comer frango de caril durante uma paragem de digestão. Ou pôr um doente em coma, a dormir uma sestinha.
Gostam do Natal? Então o meu conselho cinematográfico para esta semana chama-se “Wrap it up!”. Durante 5 meses, John Classor, um tratador do Zoológico de Los Angeles, resolveu gravar vários animais, de várias espécies, a tentarem embrulharem as suas prendas de Natal. Delicie-se com este tratado anti-capitalismo desmedido, enquanto Lobos tentam embrulhar um par de ténis, uma manada de Gnus tentam embrulhar um dvd do “2012” e um Tigre engole um par de brincos caríssimos que John ia dar à sua mulher. (Nota complementar: John está hoje em dia desempregado e divorciado.)
As seen on O Indesmentível.
CONTRA PICADO/GF – O Tolstoy um dia disse que “não há famílias felizes”. Eu sempre duvidei. Já tinha comido em restaurantes chineses em que o menu me dizia o contrário. Mas depois vi este filme. E afinal não há. E se houverem, estão neste momento a dar cabo da sua felicidade ao irem ver o filme ao cinema juntos. Há várias coisas que destroem uma família: mortes, divórcios e a pior de todas, o Natal. As famílias são as empresas de onde não nos podemos despedir. São os clubes onde temos cartão de sócio vitalício. São doenças para as quais não há cura. Por muito que se procure, em laboratórios ou em programas da Sic Mulher. E o Natal é a pior altura de todas, porque as famílias são como claques de futebol. Os adeptos ferrenhos sozinhos são suportáveis, mas quando se juntam são insuportável.
“Não Há Família Pior” é a pior ideia de todas para um filme de Natal. Se por acaso alguém sair de casa para ir ao cinema nos próximos dias, não é pelo filme. É porque quer fugir de crianças que berram, velhos que se repetem e adultos que se lamentam. Entrar numa sala e ver os meus maiores ódios no ecrã é algo que eu dispenso. Ver este filme agora é como comer frango de caril durante uma paragem de digestão. Ou pôr um doente em coma, a dormir uma sestinha.
Gostam do Natal? Então o meu conselho cinematográfico para esta semana chama-se “Wrap it up!”. Durante 5 meses, John Classor, um tratador do Zoológico de Los Angeles, resolveu gravar vários animais, de várias espécies, a tentarem embrulharem as suas prendas de Natal. Delicie-se com este tratado anti-capitalismo desmedido, enquanto Lobos tentam embrulhar um par de ténis, uma manada de Gnus tentam embrulhar um dvd do “2012” e um Tigre engole um par de brincos caríssimos que John ia dar à sua mulher. (Nota complementar: John está hoje em dia desempregado e divorciado.)
As seen on O Indesmentível.
Wednesday, December 22, 2010
The first thing i lost
The first thing I lost, was the notion of time.
When you have your eyes closed, that happens faster. You stop sensing the outside and you start feeling inside. I was going into a dark and warm place were minutes, seconds and hours mean nothing. It was just calm. And it could last a minute or a life time. It didn’t matter. It felt good.
At the start the feeling was like falling backwards. To somewhere you don’t know. That you can’t see. You know that trust game where you fall backwards and the other one is expected to catch you before you fall? Now imagine playing that game without caring if the other person is going to catch you. Because, you trust that there is nothing there for you to hit against…
The second thing I lost, was the notion of space.
I guess that happens, when you lose track of time. When you don’t know how long it has been, it doesn’t mater where it has been. It was dark. Long. Wide. Warm. Cosy. And tight. Close. Small. Good. All at once. I was no longer sitting inside a car. Facing you. Facing me. With our eyes closed. Holding each other in a frozen hug. We were somewhere else.
Somewhere inside us. And I say “us” because I wasn’t alone. I didn’t feel like I was. I was roaming happily and curiously inside my self, but I wasn’t alone. I knew the place but I was seeing it being taken by the hand of someone new. Someone that wanted to show me the same exact depth of me I had known for years but with a new pair of eyes. And hands. And feelings.
Outside I felt you centimetres away from me. I felt your skin. But it didn’t matter. That wasn’t us there. That was them, our “faces” and “body’s” sleeping in a good and strange way. Waiting for “us” to come back.
This all started without me knowing about it. It just happened. And if I was expecting to see images, I was wrong. If was expecting to hear sound, I was stupid. I didn’t. I wasn’t there to do any of that. I was there to know that everything was there. To feel everything in place. Secure. Like I was a big closet of moments, and you just took me there to know that everything was where it should be. That took a load of my shoulder’s. One I didn’t know I had.
…and after a while of falling backwards, i start enjoying it. It was like a drug, At first you’re self conscience about what it is doing to you, but after a while you just don’t think about it. It feels free. Gravity started as something real. Now it was a memory. I had my arms dangling beside me. I was looking up. But I was just there. Not falling anymore. Floating.
And then…
We slowly opened our eyes. The light hurt. It felt like waking up. We could have been there for what had been hours. We didn’t know. And actually, we didn’t care. When we opened our eyes, something had been born. Something was different. Like I had always seen black and white, and now you were seeing green, and red and blue. Like I had always heard static and now there were waves crushing, and cars starting, and people laughing, and pop corn popping. I had no idea were I had been. What I had visited. I looked at you. And you knew. The tiny ichy little smile on the corner of your mouth told me that you knew. I liked that. I didn’t ask.
I felt good.
Because it was inside that familiar and warm place that i call “me”;
It was during that weird and unknown time that I couldn’t grasp;
It was exactly there and then, that I fell in love with you.
When you have your eyes closed, that happens faster. You stop sensing the outside and you start feeling inside. I was going into a dark and warm place were minutes, seconds and hours mean nothing. It was just calm. And it could last a minute or a life time. It didn’t matter. It felt good.
At the start the feeling was like falling backwards. To somewhere you don’t know. That you can’t see. You know that trust game where you fall backwards and the other one is expected to catch you before you fall? Now imagine playing that game without caring if the other person is going to catch you. Because, you trust that there is nothing there for you to hit against…
The second thing I lost, was the notion of space.
I guess that happens, when you lose track of time. When you don’t know how long it has been, it doesn’t mater where it has been. It was dark. Long. Wide. Warm. Cosy. And tight. Close. Small. Good. All at once. I was no longer sitting inside a car. Facing you. Facing me. With our eyes closed. Holding each other in a frozen hug. We were somewhere else.
Somewhere inside us. And I say “us” because I wasn’t alone. I didn’t feel like I was. I was roaming happily and curiously inside my self, but I wasn’t alone. I knew the place but I was seeing it being taken by the hand of someone new. Someone that wanted to show me the same exact depth of me I had known for years but with a new pair of eyes. And hands. And feelings.
Outside I felt you centimetres away from me. I felt your skin. But it didn’t matter. That wasn’t us there. That was them, our “faces” and “body’s” sleeping in a good and strange way. Waiting for “us” to come back.
This all started without me knowing about it. It just happened. And if I was expecting to see images, I was wrong. If was expecting to hear sound, I was stupid. I didn’t. I wasn’t there to do any of that. I was there to know that everything was there. To feel everything in place. Secure. Like I was a big closet of moments, and you just took me there to know that everything was where it should be. That took a load of my shoulder’s. One I didn’t know I had.
…and after a while of falling backwards, i start enjoying it. It was like a drug, At first you’re self conscience about what it is doing to you, but after a while you just don’t think about it. It feels free. Gravity started as something real. Now it was a memory. I had my arms dangling beside me. I was looking up. But I was just there. Not falling anymore. Floating.
And then…
We slowly opened our eyes. The light hurt. It felt like waking up. We could have been there for what had been hours. We didn’t know. And actually, we didn’t care. When we opened our eyes, something had been born. Something was different. Like I had always seen black and white, and now you were seeing green, and red and blue. Like I had always heard static and now there were waves crushing, and cars starting, and people laughing, and pop corn popping. I had no idea were I had been. What I had visited. I looked at you. And you knew. The tiny ichy little smile on the corner of your mouth told me that you knew. I liked that. I didn’t ask.
I felt good.
Because it was inside that familiar and warm place that i call “me”;
It was during that weird and unknown time that I couldn’t grasp;
It was exactly there and then, that I fell in love with you.
Em 2010 deverá duplicar o número de cartas enviadas ao Pai Natal
ESTUDO RECENTE/GF – Em 2009 foram enviadas pelos CTT 146 mil cartas ao Pai Natal. Para 2010 espera-se que esse número suba aos 300 mil, naquela que a empresa define como “a única correspendência que pode circular sem precisar de selo”. Depois do e-mail, claro.
“Vocês sabiam da existência deste gajo? Eu agora não quero outra coisa. Este Pai Natal é tipo a Amazon.com mas em grátis! O chato é que só entrega numa data…” disse Manuel Costa, um homem que deixou de fazer as compras pelo Pingo Doce para faze-las pela Lapónia. O pedido que está no topo da lista dos Portugueses é “dinheiro”, sendo que começam por pedir ao Pai Natal, e caso o mesmo não traga, pedem aos Chineses. Em seguida na lista dos mais pedidos seguem “Roupa” e “Cosméticos” o que prova que não acreditamos muito que mesmo os Chineses nos dêem dinheiro, e que sabemos como consegui-lo. Apesar do aumento do envio de cartas, há ainda quem prefira outros métodos, mais modernos, de fazer pedidos ao Pai Natal, como e-mails, sms’s ou chantagem com segredos pessoais através do Wikileaks.
“Vocês sabiam da existência deste gajo? Eu agora não quero outra coisa. Este Pai Natal é tipo a Amazon.com mas em grátis! O chato é que só entrega numa data…” disse Manuel Costa, um homem que deixou de fazer as compras pelo Pingo Doce para faze-las pela Lapónia. O pedido que está no topo da lista dos Portugueses é “dinheiro”, sendo que começam por pedir ao Pai Natal, e caso o mesmo não traga, pedem aos Chineses. Em seguida na lista dos mais pedidos seguem “Roupa” e “Cosméticos” o que prova que não acreditamos muito que mesmo os Chineses nos dêem dinheiro, e que sabemos como consegui-lo. Apesar do aumento do envio de cartas, há ainda quem prefira outros métodos, mais modernos, de fazer pedidos ao Pai Natal, como e-mails, sms’s ou chantagem com segredos pessoais através do Wikileaks.
Tuesday, December 21, 2010
Uma mensagem de Natal
Sim, sou Ateu.
E uma pergunta que já tive de ouvir foi "Porque é que não acreditas em Deus?".
O comediante Ricky Gervais, em jeito de mensagem de Natal, resolveu respondê-la.
Brilhante.
"Why don’t you believe in God? I get that question all the time. I always try to give a sensitive, reasoned answer. This is usually awkward, time consuming and pointless. People who believe in God don’t need proof of his existence, and they certainly don’t want evidence to the contrary. They are happy with their belief. They even say things like “it’s true to me” and “it’s faith.” I still give my logical answer because I feel that not being honest would be patronizing and impolite. It is ironic therefore that “I don’t believe in God because there is absolutely no scientific evidence for his existence and from what I’ve heard the very definition is a logical impossibility in this known universe,” comes across as both patronizing and impolite.
Arrogance is another accusation. Which seems particularly unfair. Science seeks the truth. And it does not discriminate. For better or worse it finds things out. Science is humble. It knows what it knows and it knows what it doesn’t know. It bases its conclusions and beliefs on hard evidence - - evidence that is constantly updated and upgraded. It doesn’t get offended when new facts come along. It embraces the body of knowledge. It doesn’t hold on to medieval practices because they are tradition. If it did, you wouldn’t get a shot of penicillin, you’d pop a leach down your trousers and pray. Whatever you “believe,” this is not as effective as medicine. Again you can say, “It works for me,” but so do placebos. My point being, I’m saying God doesn’t exist. I’m not saying faith doesn’t exist. I know faith exists. I see it all the time. But believing in something doesn’t make it true. Hoping that something is true doesn’t make it true. The existence of God is not subjective. He either exists or he doesn’t. It’s not a matter of opinion. You can have your own opinions. But you can’t have your own facts."
Continua aqui. E vale a pena.
E uma pergunta que já tive de ouvir foi "Porque é que não acreditas em Deus?".
O comediante Ricky Gervais, em jeito de mensagem de Natal, resolveu respondê-la.
Brilhante.
"Why don’t you believe in God? I get that question all the time. I always try to give a sensitive, reasoned answer. This is usually awkward, time consuming and pointless. People who believe in God don’t need proof of his existence, and they certainly don’t want evidence to the contrary. They are happy with their belief. They even say things like “it’s true to me” and “it’s faith.” I still give my logical answer because I feel that not being honest would be patronizing and impolite. It is ironic therefore that “I don’t believe in God because there is absolutely no scientific evidence for his existence and from what I’ve heard the very definition is a logical impossibility in this known universe,” comes across as both patronizing and impolite.
Arrogance is another accusation. Which seems particularly unfair. Science seeks the truth. And it does not discriminate. For better or worse it finds things out. Science is humble. It knows what it knows and it knows what it doesn’t know. It bases its conclusions and beliefs on hard evidence - - evidence that is constantly updated and upgraded. It doesn’t get offended when new facts come along. It embraces the body of knowledge. It doesn’t hold on to medieval practices because they are tradition. If it did, you wouldn’t get a shot of penicillin, you’d pop a leach down your trousers and pray. Whatever you “believe,” this is not as effective as medicine. Again you can say, “It works for me,” but so do placebos. My point being, I’m saying God doesn’t exist. I’m not saying faith doesn’t exist. I know faith exists. I see it all the time. But believing in something doesn’t make it true. Hoping that something is true doesn’t make it true. The existence of God is not subjective. He either exists or he doesn’t. It’s not a matter of opinion. You can have your own opinions. But you can’t have your own facts."
Continua aqui. E vale a pena.
"Isto É O Q?" #12
Chegamos assim à altura do ano dos especiais de Natal:
- A SIC tem recriações do nascimento de Jesus.
- A RTP crianças sozinhas em casa.
- A TVI concorrentes de reality shows a serem puxadas pelo cabelo.
No canal Q temos um com o "Isto É o Q?".
Cujo especial terá duas partes. Esta a primeira.
Não percam um sorteio de amigo secreto fraudulento, um anão enraivecido, um apelo contra o pé de atleta e uma pequena aula de russo.
Não sabemos o que isto é, mas está embrulhado só para vocês.
PS- ...este episódio é ainda o último registo de Rui Unas em ficção, com bigode. Pelo menos gosto de acreditar que sim.
- A SIC tem recriações do nascimento de Jesus.
- A RTP crianças sozinhas em casa.
- A TVI concorrentes de reality shows a serem puxadas pelo cabelo.
No canal Q temos um com o "Isto É o Q?".
Cujo especial terá duas partes. Esta a primeira.
Não percam um sorteio de amigo secreto fraudulento, um anão enraivecido, um apelo contra o pé de atleta e uma pequena aula de russo.
Não sabemos o que isto é, mas está embrulhado só para vocês.
PS- ...este episódio é ainda o último registo de Rui Unas em ficção, com bigode. Pelo menos gosto de acreditar que sim.
Monday, December 20, 2010
7 dias #4
Nova semana, novo desafio.
Aceitei sugestões, e depois de vários bitaites - alguns mais maquiavélicos que outros, sendo que houve quem me sugerisse passar 7 dias sem defecar - finalmente me decidi.
Que semana é esta?
Que evento social e mundial ocorre este mês, esta semana, na próxima sexta-feira?
O Natal. Época de família, de amigos, de solidariedade, de enfardar doces...
... e de dar e receber.
Fazia sentido, já que me ando a martirizar há três semanas sem aparente razão, continuar essa demanda de auto-flagelação infundada por puro gozo. E neste binómio - dar/receber - o que custa mais evitar na altura do natal?
Não. Deixar de Dar não custa nada.
Evitar "Dar" é fácil demais. Há demasiadas pessoas que não dão.
Vemo-las na televisão, na rua, em nossa casa, em comícios políticos e, às vezes, à nossa frente dentro bares, negando-nos uma aproximação. Dar é um gesto que é socialmente aceite quando acontece mas que é ignorado quando não aparece. Dar é apelidado como um gesto bondoso mas ignorado como a prova de inércia que pode ser quando não existe. Dar não tem lado lunar.
Receber, por sua vez, é muito mais fácil. É bom.
Não obriga a qualquer acção portanto é muito mais fácil de praticar. Receber, por si, já admite inércia e pasmaceira. Falta de movimento. "Receber" podemos fazê-lo a qualquer altura, em qualquer lugar, sem o merecermos ou nos mexermos. Por isso, é muito mais difícil de se negar.
Assim sendo, decidi que nesta semana de Natal, não posso aceitar nada.
Eu explico.
Qualquer frase dirigida a mim que comece com os verbos "queres?", "desejas?", "almejas?" ou "gostavas de...?" ou "toma!" serão recebidas com um não. Não me pode ser oferecido nada. Tenho de negar toda e qualquer oferenda.
Os mais lerdos deveram estar a pensar: pronto, este otário não vai receber prendas de Natal.
Os mais astutos deveram estar a pensar: sacana, mas há maneiras de dar a volta a isso.
Há pois.
Mas a verdade é que durante os próximos 7 dias não posso aceitar nada que me seja dado, sugerido ou oferecido.
Vai dar trabalho.
Mas vou ter prendas este Natal.
Aceitei sugestões, e depois de vários bitaites - alguns mais maquiavélicos que outros, sendo que houve quem me sugerisse passar 7 dias sem defecar - finalmente me decidi.
Que semana é esta?
Que evento social e mundial ocorre este mês, esta semana, na próxima sexta-feira?
O Natal. Época de família, de amigos, de solidariedade, de enfardar doces...
... e de dar e receber.
Fazia sentido, já que me ando a martirizar há três semanas sem aparente razão, continuar essa demanda de auto-flagelação infundada por puro gozo. E neste binómio - dar/receber - o que custa mais evitar na altura do natal?
Não. Deixar de Dar não custa nada.
Evitar "Dar" é fácil demais. Há demasiadas pessoas que não dão.
Vemo-las na televisão, na rua, em nossa casa, em comícios políticos e, às vezes, à nossa frente dentro bares, negando-nos uma aproximação. Dar é um gesto que é socialmente aceite quando acontece mas que é ignorado quando não aparece. Dar é apelidado como um gesto bondoso mas ignorado como a prova de inércia que pode ser quando não existe. Dar não tem lado lunar.
Receber, por sua vez, é muito mais fácil. É bom.
Não obriga a qualquer acção portanto é muito mais fácil de praticar. Receber, por si, já admite inércia e pasmaceira. Falta de movimento. "Receber" podemos fazê-lo a qualquer altura, em qualquer lugar, sem o merecermos ou nos mexermos. Por isso, é muito mais difícil de se negar.
Assim sendo, decidi que nesta semana de Natal, não posso aceitar nada.
Eu explico.
Qualquer frase dirigida a mim que comece com os verbos "queres?", "desejas?", "almejas?" ou "gostavas de...?" ou "toma!" serão recebidas com um não. Não me pode ser oferecido nada. Tenho de negar toda e qualquer oferenda.
Os mais lerdos deveram estar a pensar: pronto, este otário não vai receber prendas de Natal.
Os mais astutos deveram estar a pensar: sacana, mas há maneiras de dar a volta a isso.
Há pois.
Mas a verdade é que durante os próximos 7 dias não posso aceitar nada que me seja dado, sugerido ou oferecido.
Vai dar trabalho.
Mas vou ter prendas este Natal.
Sunday, December 19, 2010
7 dias #3: rescaldo
Se alguma vez tiverem curiosidade de saber o que é ter 85 anos...
... viciem-se em café e depois evitem bebê-lo durante 7 dias.
Nos últimos 7 dias andei:
- mal humorado;
- a acreditar que já tinha vivido melhores dias;
- com dores de cabeça;
- sem energia;
- e a adormecer assim que me sentava mais de 10 minutos seguidos;
Eu já tinha olheiras, gentilmente cedidas pelos genes que herdei do meu avô, mas o início desta semana não foi fácil. O meu corpo sentia a falta da cafeína. Adormecia-me. Doía-me. Falhava-me. Passei de me sentir um MacBook Pro para um mero Toshida, que demora 18 minutos só para abrir uma porra de uma janela.
A verdade é que esta semana não teve 7 dias, teve 17. Ficou tudo lento e pausado. Eu sentia-me o Cardozo, parado no centro da área, a ver os outros jogadores a mexerem-se à velocidade normal dos seres humanos. Se eu tivesse parado com esta brincadeira na quarta-feira, teria sido justo em termos do calendário. Eu não estive na redacção do Canal Q. Estive num sonho do Inception, onde o tempo passa mais depressa do que na realidade.
Mais para o fim da semana, as manhãs foram ficando mais... normais. Não me doía a cabeça. Não tinha uma expressão facial a imitar a Diana depois do acidente. E não implorava por café. O problema eram as noites. Sextas e Sábados, onde costumava sentir as 3 da manhã como se fossem um mero meio-dia, sentia-as agora como se fossem umas 6 da manhã, depois de uma madrugada inteira a fazer flexões em areia seca.
A falta de café a curto prazo: acrescentou-me anos ao BI. Tirou-me o gasóleo e pôs-me a andar em ponto morto para não ir a baixo.
A média prazo: fez-me sentir uma lareira na noite de natal. Estava quentinho. Só precisava de lenha de vez em quando.
A longo prazo: não me vai fazer falta nenhuma...
Por isso, decidi deixar de beber café todas as manhãs. Gosto do sabor mas não gosto de sentir que preciso dele para me mexer de manhã. Para saber que consigo abrir os dois olhos ao mesmo tempo. Vou continuar a bebê-lo mas apenas no sentido epicurista do sorver, nunca no sentido viciado do beber.
Não é um adeus, cafeína.
Não estou a acabar contigo.
Passámos simplesmente de namorados... a amigos coloridos.
... viciem-se em café e depois evitem bebê-lo durante 7 dias.
Nos últimos 7 dias andei:
- mal humorado;
- a acreditar que já tinha vivido melhores dias;
- com dores de cabeça;
- sem energia;
- e a adormecer assim que me sentava mais de 10 minutos seguidos;
Eu já tinha olheiras, gentilmente cedidas pelos genes que herdei do meu avô, mas o início desta semana não foi fácil. O meu corpo sentia a falta da cafeína. Adormecia-me. Doía-me. Falhava-me. Passei de me sentir um MacBook Pro para um mero Toshida, que demora 18 minutos só para abrir uma porra de uma janela.
A verdade é que esta semana não teve 7 dias, teve 17. Ficou tudo lento e pausado. Eu sentia-me o Cardozo, parado no centro da área, a ver os outros jogadores a mexerem-se à velocidade normal dos seres humanos. Se eu tivesse parado com esta brincadeira na quarta-feira, teria sido justo em termos do calendário. Eu não estive na redacção do Canal Q. Estive num sonho do Inception, onde o tempo passa mais depressa do que na realidade.
Mais para o fim da semana, as manhãs foram ficando mais... normais. Não me doía a cabeça. Não tinha uma expressão facial a imitar a Diana depois do acidente. E não implorava por café. O problema eram as noites. Sextas e Sábados, onde costumava sentir as 3 da manhã como se fossem um mero meio-dia, sentia-as agora como se fossem umas 6 da manhã, depois de uma madrugada inteira a fazer flexões em areia seca.
A falta de café a curto prazo: acrescentou-me anos ao BI. Tirou-me o gasóleo e pôs-me a andar em ponto morto para não ir a baixo.
A média prazo: fez-me sentir uma lareira na noite de natal. Estava quentinho. Só precisava de lenha de vez em quando.
A longo prazo: não me vai fazer falta nenhuma...
Por isso, decidi deixar de beber café todas as manhãs. Gosto do sabor mas não gosto de sentir que preciso dele para me mexer de manhã. Para saber que consigo abrir os dois olhos ao mesmo tempo. Vou continuar a bebê-lo mas apenas no sentido epicurista do sorver, nunca no sentido viciado do beber.
Não é um adeus, cafeína.
Não estou a acabar contigo.
Passámos simplesmente de namorados... a amigos coloridos.
Friday, December 17, 2010
De Perto Ninguém É Normal #7
Esta semana fomos ao supermercado.
Entre carrinhos mal conduzidos e pessoas que passam à frente na fila...
... temos a simpática participação do Salvador Martinha.
E que fique aqui assente:
Quem fizer o mesmo que o Pedro para poupar em guardanapos, passa a lavar as mãozinhas com sonasol antes de entrar neste blog.
Aqui têm o episódio 7 do De Perto Ninguém É Normal.
Entre carrinhos mal conduzidos e pessoas que passam à frente na fila...
... temos a simpática participação do Salvador Martinha.
E que fique aqui assente:
Quem fizer o mesmo que o Pedro para poupar em guardanapos, passa a lavar as mãozinhas com sonasol antes de entrar neste blog.
Aqui têm o episódio 7 do De Perto Ninguém É Normal.
Thursday, December 16, 2010
Picado vs "Stone: Ninguém É Inocente"
“Stone: Ninguém É Inocente” – … principalmente se comprar bilhete para isto
CONTRA PICADO/GF – Costuma dizer-se que a prisão foi feita para tirar as duas coisas que mais importam a um homem: a sua liberdade e mulheres. Depois desta estreia, podem juntar o “gosto pelo cinema” a esta lista. Eu nunca estive preso. Gosto de acreditar que quem lá está, é porque merece estar. Ou porque trabalha lá. Ou então porque entrou por engano no edifício porque julgou que era uma escola secundária da margem sul. Por isso tenho de confessar que não me identifico muito com o tema do filme. A única vez que saí de uma prisão, tinha um pedaço de papel na mão que dizia “get out of jail free card” e um tabuleiro do Monopólio à frente. E curiosamente, um jogo de Monopólio na minha família acabava sempre como uma sessão deste filme: comigo aos berros, a insultar quem inventou aquilo.
“Stone: Ninguém É Inocente” é sobre um incendiário que usa a sua própria mulher para seduzir um chefão, de modo a sair da prisão. Faz sentido que este homem use a sua mulher porque os prisioneiros depois de cumprirem pena querem é chuveiros, sabonetes e matulões com diversas tatuagens. E as mulheres usam sexo para não pagar multas de trânsito, para conseguirem bebidas grátis em discotecas e para se aquecerem no Inverno. Os homens usam o sexo para terem tema de conversa com os amigos. Não o fazem para sair de espaços apertados. O que a personagem principal devia fazer para sair da prisão era o que eu tentei fazer durante as duas horas de filme: um buraco pelo chão, com uma colher de sobremesa.
O meu conselho cinematográfico desta semana incide sobre um mágico escapista chamado Serguei Espapakov, um lituano de 57 anos que é intolerante à lactose. Num documentário chamado “Puff!” de 8 horas e 15 minutos, Serguei usa os seus poderes para se evadir telepaticamente dos locais mais remotos e estranhos do planeta. Acompanhe Serguei enquanto este escapa de uma máquina de lavar em queda livre pelo Grand Canyon, um frigorífico no fundo do Mar Negro ou de forno a gás de 5 bicos que é arrastado por 87 cavalos de corrida pela A1, sentido Lisboa-Porto.
As seen on O Indesmentível.
CONTRA PICADO/GF – Costuma dizer-se que a prisão foi feita para tirar as duas coisas que mais importam a um homem: a sua liberdade e mulheres. Depois desta estreia, podem juntar o “gosto pelo cinema” a esta lista. Eu nunca estive preso. Gosto de acreditar que quem lá está, é porque merece estar. Ou porque trabalha lá. Ou então porque entrou por engano no edifício porque julgou que era uma escola secundária da margem sul. Por isso tenho de confessar que não me identifico muito com o tema do filme. A única vez que saí de uma prisão, tinha um pedaço de papel na mão que dizia “get out of jail free card” e um tabuleiro do Monopólio à frente. E curiosamente, um jogo de Monopólio na minha família acabava sempre como uma sessão deste filme: comigo aos berros, a insultar quem inventou aquilo.
“Stone: Ninguém É Inocente” é sobre um incendiário que usa a sua própria mulher para seduzir um chefão, de modo a sair da prisão. Faz sentido que este homem use a sua mulher porque os prisioneiros depois de cumprirem pena querem é chuveiros, sabonetes e matulões com diversas tatuagens. E as mulheres usam sexo para não pagar multas de trânsito, para conseguirem bebidas grátis em discotecas e para se aquecerem no Inverno. Os homens usam o sexo para terem tema de conversa com os amigos. Não o fazem para sair de espaços apertados. O que a personagem principal devia fazer para sair da prisão era o que eu tentei fazer durante as duas horas de filme: um buraco pelo chão, com uma colher de sobremesa.
O meu conselho cinematográfico desta semana incide sobre um mágico escapista chamado Serguei Espapakov, um lituano de 57 anos que é intolerante à lactose. Num documentário chamado “Puff!” de 8 horas e 15 minutos, Serguei usa os seus poderes para se evadir telepaticamente dos locais mais remotos e estranhos do planeta. Acompanhe Serguei enquanto este escapa de uma máquina de lavar em queda livre pelo Grand Canyon, um frigorífico no fundo do Mar Negro ou de forno a gás de 5 bicos que é arrastado por 87 cavalos de corrida pela A1, sentido Lisboa-Porto.
As seen on O Indesmentível.
Wednesday, December 15, 2010
10% dos adultos não tiveram relações sexuais no último ano
RECENTE ESTUDO/GF – Há quem não pague os impostos, quem não coma peixe e até quem não lave os dentes todos os dias, mas haver 10% de adultos em Portugal que passaram o último ano sem relações sexuais é absolutamente inadmissível.
Segundo um estudo divulgado esta semana, 1 em cada 10 adultos em Portugal não teve qualquer contacto sexual nos últimos 365 dias, nem sequer pondo na SIC e vendo o Fama Show sem querer. O mesmo estudo diz ainda que 30% das mulheres não se masturbam, mesmo que algumas demorem muito tempo no chuveiro. No caso dos homens são apenas 4,8% aqueles que nunca se masturba, e acreditamos que seja porque são manetas, estão em coma ou morreram e ainda não se descobriram os cadáveres. 47% dos Portugueses diz ainda fazer sexo “algumas vezes por semana”, sendo que essas “algumas vezes” convém não calharem ao mesmo tempo que futebol, telejornais e compras de natal para não atrapalharem. Já 7,4% alegam faze-lo todos os dias, nem que para isso tenham de quebrar relacionamentos, fronteiras ou leis. Para os restantes 45,6% dos inquiridos o sexo é como o Benfica na Liga dos Campeões: não é quando se quer, é quando se pode.
As seen on O Indesmentivel.
Segundo um estudo divulgado esta semana, 1 em cada 10 adultos em Portugal não teve qualquer contacto sexual nos últimos 365 dias, nem sequer pondo na SIC e vendo o Fama Show sem querer. O mesmo estudo diz ainda que 30% das mulheres não se masturbam, mesmo que algumas demorem muito tempo no chuveiro. No caso dos homens são apenas 4,8% aqueles que nunca se masturba, e acreditamos que seja porque são manetas, estão em coma ou morreram e ainda não se descobriram os cadáveres. 47% dos Portugueses diz ainda fazer sexo “algumas vezes por semana”, sendo que essas “algumas vezes” convém não calharem ao mesmo tempo que futebol, telejornais e compras de natal para não atrapalharem. Já 7,4% alegam faze-lo todos os dias, nem que para isso tenham de quebrar relacionamentos, fronteiras ou leis. Para os restantes 45,6% dos inquiridos o sexo é como o Benfica na Liga dos Campeões: não é quando se quer, é quando se pode.
As seen on O Indesmentivel.
Monday, December 13, 2010
7 dias #3
Há cerca de cinco anos atrás mudei de casa.
E naquele que é um processo chato e lento, não tinha qualquer aparelho que me permitisse cozinhar.
Muito ao estilo de um concorrente do "The Biggest Loser", andei semanas sem fogão, micro-ondas ou sequer uma torradeira.
Do outro lado da rua havia um café, onde, por necessidade e proximidade, começámos a ir comer diariamente. E quem nos servia todos os dias? Uma rapariga simpática, tímida e que insistia, com alguma veemência, em ser atraente. Quando nos brindava com o seu profissionalismo na área da restauração, era sempre a mim que dava o primeiro menu, que perguntava se estava tudo bem ou a quem dava a conta no final da refeição. Um pedaço de reactor de um avião da TAAG caído na margem sul pode ser, mas um gajo não é de ferro.
Entretanto, e num cockblocking que ainda hoje não lhes perdoo, o fogão, o micro-ondas e a torradeira chegaram finalmente. Vilipendiando aquilo que podia vir a ser uma bela história de amor, deixei de ter razão para lá ir e passar horas a trocar olhares pueris com a dita da empregada.
Como estava acabado de entrar na faculdade, tinha de acordar cedo. Como tinha de acordar cedo, tinha cara de cu e bastante sono. Como tinha bastante sono e cara de cu, achei que precisava de café. Nunca tinha bebido mas parecia ser o remédio mais popular entre as pessoas com o mesmo sono, e a mesma cara de cu que eu tinha na altura. Agora, onde se bebe café? Exactamente. Do outro lado da rua. Naquele café. Esse mesmo. Parecia-me uma desculpa mais do que razoável. Não?
Comecei a sair de casa 5 minutos antes. A levar a cara de cu. A atravessar a rua. E a beber um café tirado pela minha amiga. Hoje em dia posso dizer, com um misto de vergonha e orgulho, que sou viciado em café por causa de uma mulher.
Posso não tomar banho todos os 365 dias do ano.
Posso não lavar os dentes todos os 365 dias do ano.
Mas garanto que bebo um café em todos eles, sem falta.
E depois de uma semana a combater um vício, não há nada como combater outro.
Depois do Facebook, será a cafeína. Ou melhor, 7 dias sem ela.
Há quem diga que vou ter muita dor de cabeça, falta de energia e "carrancudismo" mas também não estou com paciência para vos aturar. E escrever está-me a cansar...
Aos interessados: Em relação à rapariga, a sacana desapareceu daquele café semanas depois.
É triste, mas dela nunca consegui mais do que largas e variadas doses de cafeína.
E naquele que é um processo chato e lento, não tinha qualquer aparelho que me permitisse cozinhar.
Muito ao estilo de um concorrente do "The Biggest Loser", andei semanas sem fogão, micro-ondas ou sequer uma torradeira.
Do outro lado da rua havia um café, onde, por necessidade e proximidade, começámos a ir comer diariamente. E quem nos servia todos os dias? Uma rapariga simpática, tímida e que insistia, com alguma veemência, em ser atraente. Quando nos brindava com o seu profissionalismo na área da restauração, era sempre a mim que dava o primeiro menu, que perguntava se estava tudo bem ou a quem dava a conta no final da refeição. Um pedaço de reactor de um avião da TAAG caído na margem sul pode ser, mas um gajo não é de ferro.
Entretanto, e num cockblocking que ainda hoje não lhes perdoo, o fogão, o micro-ondas e a torradeira chegaram finalmente. Vilipendiando aquilo que podia vir a ser uma bela história de amor, deixei de ter razão para lá ir e passar horas a trocar olhares pueris com a dita da empregada.
Como estava acabado de entrar na faculdade, tinha de acordar cedo. Como tinha de acordar cedo, tinha cara de cu e bastante sono. Como tinha bastante sono e cara de cu, achei que precisava de café. Nunca tinha bebido mas parecia ser o remédio mais popular entre as pessoas com o mesmo sono, e a mesma cara de cu que eu tinha na altura. Agora, onde se bebe café? Exactamente. Do outro lado da rua. Naquele café. Esse mesmo. Parecia-me uma desculpa mais do que razoável. Não?
Comecei a sair de casa 5 minutos antes. A levar a cara de cu. A atravessar a rua. E a beber um café tirado pela minha amiga. Hoje em dia posso dizer, com um misto de vergonha e orgulho, que sou viciado em café por causa de uma mulher.
Posso não tomar banho todos os 365 dias do ano.
Posso não lavar os dentes todos os 365 dias do ano.
Mas garanto que bebo um café em todos eles, sem falta.
E depois de uma semana a combater um vício, não há nada como combater outro.
Depois do Facebook, será a cafeína. Ou melhor, 7 dias sem ela.
Há quem diga que vou ter muita dor de cabeça, falta de energia e "carrancudismo" mas também não estou com paciência para vos aturar. E escrever está-me a cansar...
Aos interessados: Em relação à rapariga, a sacana desapareceu daquele café semanas depois.
É triste, mas dela nunca consegui mais do que largas e variadas doses de cafeína.
"Isto É O Q?" #11
Desisto.
Não quero saber o que isto é.
No entanto é preciso mostrar as formas profissionais, correctas e deliberadas como as pessoas que trabalham neste canal foram contratadas.
Tudo isto num mundo precário.
E muito parecido com a série "The Wire", claro.
Não quero saber o que isto é.
No entanto é preciso mostrar as formas profissionais, correctas e deliberadas como as pessoas que trabalham neste canal foram contratadas.
Tudo isto num mundo precário.
E muito parecido com a série "The Wire", claro.
7 dias #2: rescaldo
60 notificações.
6 mensagens.
4 pedidos de amizade.
...é isto que se acumula em 7 dias sem Facebook.
Se custou a passar esta semana sem Facebook?
Eu respondo-vos utilizando um pequeno diário representativo:
1º dia sem Facebook: foooooooooooooooda-se.
2º dia sem Facebook: Porquê? Porquê? Porquê?
3º dia sem Facebook: Será que me apagam aquela porcaria se eu não for lá...?
4º dia sem Facebook: Deixa-me só ir partilhar ali uma fot... merda.
5º dia sem Facebook: ......................
6º dia sem Facebook: Foi sábado. Fiquei bêbado.
7º dia sem Facebook: Ah, olha... daqui a duas horas já posso voltar àquilo.
A primeira coisa que quero que fique em acta é: eu estava viciado em Facebook. Mesmo.
E apercebi-me de que toda a gente à minha volta também está. E sabe que está. Mas não quer saber.
Custou-me tanto o início da semana, que estava literalmente a passar por uma “privação”. Felizmente não me deu para arrumar carros. Quando desliguei o Facebook no domingo à noite, fi-lo como fazemos quando fechamos a nossa casa para ir de férias. Verifiquei se estava tudo bem, fechei a porta à chave com duas voltas e deixei uma luz acesa para não ser assaltados. Ia ser divertido, mas ia ter saudades do meu espaço.
Mas aguentei. E o que um drogado faz quando está a ressacar é desesperar. Passei os dias todos com a sensação de que me faltava fazer qualquer coisa. Que algo estava incompleto. Por mais páginas que estivessem abertas no meu computador, não conseguia afastar a sensação de que me estava a esquecer de qualquer coisa. E depois do "desespero" veio a fase da "transferência". Inconscientemente procurei "arranjar substitutos". Passava o dia todo a olhar para as pessoas que estavam online no gmail. A fazer refresh ao Google. Ao google! A abrir e a fechar os mails. De dois em dois minutos. Como se o spam estivesse a entrar sorrateiramente pelas traseiras e eu o quisesse apanhar em flagrante.
Só 4 ou 5 dias depois é o sacana do Facebook se eclipsou. Saiu-me do sistema. Do inconsciente. Mas a verdade é que o principal embate da falta de Facebook foi social. Senti-me totalmente "fora da conversa". Mais do que nunca percebi que as pessoas já não falam umas com as outras apenas numa frequência. Usam o FM mas também abusam do AM.
Durante dias senti-me como se estivesse surdo. Toda a gente à minha volta estava a conversar e eu não os ouvia. Mas via-os. Sentia-os. Senti-me isolado. Como se a festa estivesse a acontecer num sítio onde eu não chegava.
Percebi que já não dizemos as coisas que pensamos uns aos outros. Escrevemos em Word, carregamos “send” e depois evitamos conflitos na vida real à base de silêncios desconfortáveis e piadas pré-programadas. Preferimos mandar um e-mail com uma versão directa e sarcástica do que pensamos a gritar olhos nos olhos. Já ninguém fala a sério ao vivo. Apenas coloca um ponto final naquilo que já disse pela internet.
E como se não bastasse a privação que estava sofrer fora do Facebook, lá dentro tinha colegas, amigos e família que resolveram usar o meu mural como se fosse uma porta de uma casa de banho pública. Sacaram de uma caneta e foram cuspindo tudo o que lhes veio à cabeça, no meu mural…
Um irónico e sublime “lá fora és um herói mas aqui dentro cagaste todo”.
Felizmente evitaram os números de telefone e os "broches a camionistas" da praxe e tiveram piada. Muita. Posso dizer-lhes que apreciei a homenagem a pequenas prestações de "gozo".
O que tiro desta experiência violenta e viciosa é que o Facebook já não é apenas uma página de internet. Um interface social. Ou um perfil pessoal cibernético. É um limbo, um purgatório de relações humanas, onde se convive com as pessoas de quem se gosta e se evita quem se despreza.
A lição que tiro do Facebook, é que não faz mal não ter.
E que não faz mal lá estar.
Porque não interessa o sítio. Interessa a companhia.
6 mensagens.
4 pedidos de amizade.
...é isto que se acumula em 7 dias sem Facebook.
Se custou a passar esta semana sem Facebook?
Eu respondo-vos utilizando um pequeno diário representativo:
1º dia sem Facebook: foooooooooooooooda-se.
2º dia sem Facebook: Porquê? Porquê? Porquê?
3º dia sem Facebook: Será que me apagam aquela porcaria se eu não for lá...?
4º dia sem Facebook: Deixa-me só ir partilhar ali uma fot... merda.
5º dia sem Facebook: ......................
6º dia sem Facebook: Foi sábado. Fiquei bêbado.
7º dia sem Facebook: Ah, olha... daqui a duas horas já posso voltar àquilo.
A primeira coisa que quero que fique em acta é: eu estava viciado em Facebook. Mesmo.
E apercebi-me de que toda a gente à minha volta também está. E sabe que está. Mas não quer saber.
Custou-me tanto o início da semana, que estava literalmente a passar por uma “privação”. Felizmente não me deu para arrumar carros. Quando desliguei o Facebook no domingo à noite, fi-lo como fazemos quando fechamos a nossa casa para ir de férias. Verifiquei se estava tudo bem, fechei a porta à chave com duas voltas e deixei uma luz acesa para não ser assaltados. Ia ser divertido, mas ia ter saudades do meu espaço.
Mas aguentei. E o que um drogado faz quando está a ressacar é desesperar. Passei os dias todos com a sensação de que me faltava fazer qualquer coisa. Que algo estava incompleto. Por mais páginas que estivessem abertas no meu computador, não conseguia afastar a sensação de que me estava a esquecer de qualquer coisa. E depois do "desespero" veio a fase da "transferência". Inconscientemente procurei "arranjar substitutos". Passava o dia todo a olhar para as pessoas que estavam online no gmail. A fazer refresh ao Google. Ao google! A abrir e a fechar os mails. De dois em dois minutos. Como se o spam estivesse a entrar sorrateiramente pelas traseiras e eu o quisesse apanhar em flagrante.
Só 4 ou 5 dias depois é o sacana do Facebook se eclipsou. Saiu-me do sistema. Do inconsciente. Mas a verdade é que o principal embate da falta de Facebook foi social. Senti-me totalmente "fora da conversa". Mais do que nunca percebi que as pessoas já não falam umas com as outras apenas numa frequência. Usam o FM mas também abusam do AM.
Durante dias senti-me como se estivesse surdo. Toda a gente à minha volta estava a conversar e eu não os ouvia. Mas via-os. Sentia-os. Senti-me isolado. Como se a festa estivesse a acontecer num sítio onde eu não chegava.
Percebi que já não dizemos as coisas que pensamos uns aos outros. Escrevemos em Word, carregamos “send” e depois evitamos conflitos na vida real à base de silêncios desconfortáveis e piadas pré-programadas. Preferimos mandar um e-mail com uma versão directa e sarcástica do que pensamos a gritar olhos nos olhos. Já ninguém fala a sério ao vivo. Apenas coloca um ponto final naquilo que já disse pela internet.
E como se não bastasse a privação que estava sofrer fora do Facebook, lá dentro tinha colegas, amigos e família que resolveram usar o meu mural como se fosse uma porta de uma casa de banho pública. Sacaram de uma caneta e foram cuspindo tudo o que lhes veio à cabeça, no meu mural…
Um irónico e sublime “lá fora és um herói mas aqui dentro cagaste todo”.
Felizmente evitaram os números de telefone e os "broches a camionistas" da praxe e tiveram piada. Muita. Posso dizer-lhes que apreciei a homenagem a pequenas prestações de "gozo".
O que tiro desta experiência violenta e viciosa é que o Facebook já não é apenas uma página de internet. Um interface social. Ou um perfil pessoal cibernético. É um limbo, um purgatório de relações humanas, onde se convive com as pessoas de quem se gosta e se evita quem se despreza.
A lição que tiro do Facebook, é que não faz mal não ter.
E que não faz mal lá estar.
Porque não interessa o sítio. Interessa a companhia.
Etiquetas:
7 dias,
desafio,
devaneios,
pensamento,
sinceridades
Friday, December 10, 2010
Tornado atinge centenas de perfis de Facebook
FACELIFT/GF – Na passada terça-feira um tornado de grandes proporções – provocado pelo choque entre os murais de duas pessoas com mais de 4000 amigos – atingiu centenas de perfis de Facebook em Portugal, causando estragos na ordem das dezenas de milhões de “likes”.
“Aconteceu tudo de repente. Num minuto estou a postar um vídeo da Lady Gaga no meu mural, no minuto seguinte tenho as fotos das minhas festas todas baralhadas, as minhas quotes favoritas do Glee por todo o lado… Até apareceu que a minha relação é complicada… não é!” disse Carina Vieira, uma adolescente do Cartaxo que gosta de taggar amigos em frases da Nicola. A protecção civil já alertou para o caos na zona. Relatos do local descrevem centenas de fotografias espalhadas por murais de forma aleatória e centenas de feridos, que foram atingidos inesperadamente por comentários ao Biggest Loser. No entanto, e apesar da violência e da surpresa do tornado, este não é o primeiro desastre natural a atingir perfis de Facebook. Em 2009 deu-se a já famosa e violenta “derrocada de pedidos de Farmville” e ainda o mês passado sofremos com a enorme “enchente de desenhos animados” em fotografias de perfil.
As seen on O Indesmentível.
“Aconteceu tudo de repente. Num minuto estou a postar um vídeo da Lady Gaga no meu mural, no minuto seguinte tenho as fotos das minhas festas todas baralhadas, as minhas quotes favoritas do Glee por todo o lado… Até apareceu que a minha relação é complicada… não é!” disse Carina Vieira, uma adolescente do Cartaxo que gosta de taggar amigos em frases da Nicola. A protecção civil já alertou para o caos na zona. Relatos do local descrevem centenas de fotografias espalhadas por murais de forma aleatória e centenas de feridos, que foram atingidos inesperadamente por comentários ao Biggest Loser. No entanto, e apesar da violência e da surpresa do tornado, este não é o primeiro desastre natural a atingir perfis de Facebook. Em 2009 deu-se a já famosa e violenta “derrocada de pedidos de Farmville” e ainda o mês passado sofremos com a enorme “enchente de desenhos animados” em fotografias de perfil.
As seen on O Indesmentível.
Thursday, December 09, 2010
De Perto Ninguém É Normal #6
Eu não vou ao Facebook até segunda... mas vocês vão.
Por isso, podem fazer-se fãs do programa, aqui - "De Perto Ninguém É Normal".
Aqui em baixo têm o mais recente episódio, nº6.
Para comemorar tenho um mini-concurso de lançamento de episódio.
Atenção, um deste 3 temas não é referido:
- o jersey shore
- o braço da cadeira de cinema
- os blindados da NATO
Faça a sua aposta.
Por isso, podem fazer-se fãs do programa, aqui - "De Perto Ninguém É Normal".
Aqui em baixo têm o mais recente episódio, nº6.
Para comemorar tenho um mini-concurso de lançamento de episódio.
Atenção, um deste 3 temas não é referido:
- o jersey shore
- o braço da cadeira de cinema
- os blindados da NATO
Faça a sua aposta.
Picado vs "As Crónicas de Narnia: A Viagem Do Caminhante da Alvorada""
“As Crónicas De Narnia: A Viagem Do Caminhante Da Alvorada” – …*pausa aqui para respirar*
CONTRA PICADO/GF – O que é que se pode encontrar dentro de um armário? Roupa velha. Daquele que só treinadores de futebol da segunda liga têm coragem de usar em flash interviews. Ou pode-se encontrar também tralha antiga, daquela que se vende na feira da ladra. Ou que a Joana Vasconselos gosta de colar com UHU e dizer que é “arte”. Às vezes, e pelo menos em alguns filmes pornográficos já vi acontecer, até se encontram homens semi-despidos a esconderem-se de maridos violentos. Algo que eu não sabia que se podia encontrar dentro de um armário era droga – pelo menos fora do armário do José Carlos Pereira.
Claramente foi o que esta gente encontrou, snifou e curtiu, porque um mundo mítico onde leões falam e se entra pela porta de um armário é algo que eu não espero ver em mobiliário do IKEA, mas sim no Bairro Alto depois de algumas horas de drogas leves, duras ou legais. “As Crónicas De Narnia” não são histórias para crianças, são trips de heroína. E sendo que este é o terceiro filme a sair para o cinema, já se pode dizer que os criadores não estão a “experimentar”, já estão mesmo “agarrados”. Não se entrava e saia tanto de um armário desde que o Manuel Luis Goucha apareceu na televisão portuguesa. Mas pronto, se gostam mesmo de visitar sítos estranhos, frequentados por pessoas esquisitas e que sejam de díficil acesso, experimentem a Brandoa. Depois sim, ponham-se a brincar com armários.
Esta semana, como conselho cinematográfico, aconselho algo inédito: um anúncio. Em 2002, uma marca de mobiliário sediada na Guiné Conakry quis provar a todos os seus clientes que os seus movies eram fáceis de montar, e que as acusações de “morte por acidente” com produtos seus eram totalmente errónias. Assim sendo, produziram um anúncio de 4 minutos e meio em que 4 bonobos tentam montar uma escrivaninha, isto quando não estão a fornicar-se uns aos outros.
As seen on O Indesmentível.
CONTRA PICADO/GF – O que é que se pode encontrar dentro de um armário? Roupa velha. Daquele que só treinadores de futebol da segunda liga têm coragem de usar em flash interviews. Ou pode-se encontrar também tralha antiga, daquela que se vende na feira da ladra. Ou que a Joana Vasconselos gosta de colar com UHU e dizer que é “arte”. Às vezes, e pelo menos em alguns filmes pornográficos já vi acontecer, até se encontram homens semi-despidos a esconderem-se de maridos violentos. Algo que eu não sabia que se podia encontrar dentro de um armário era droga – pelo menos fora do armário do José Carlos Pereira.
Claramente foi o que esta gente encontrou, snifou e curtiu, porque um mundo mítico onde leões falam e se entra pela porta de um armário é algo que eu não espero ver em mobiliário do IKEA, mas sim no Bairro Alto depois de algumas horas de drogas leves, duras ou legais. “As Crónicas De Narnia” não são histórias para crianças, são trips de heroína. E sendo que este é o terceiro filme a sair para o cinema, já se pode dizer que os criadores não estão a “experimentar”, já estão mesmo “agarrados”. Não se entrava e saia tanto de um armário desde que o Manuel Luis Goucha apareceu na televisão portuguesa. Mas pronto, se gostam mesmo de visitar sítos estranhos, frequentados por pessoas esquisitas e que sejam de díficil acesso, experimentem a Brandoa. Depois sim, ponham-se a brincar com armários.
Esta semana, como conselho cinematográfico, aconselho algo inédito: um anúncio. Em 2002, uma marca de mobiliário sediada na Guiné Conakry quis provar a todos os seus clientes que os seus movies eram fáceis de montar, e que as acusações de “morte por acidente” com produtos seus eram totalmente errónias. Assim sendo, produziram um anúncio de 4 minutos e meio em que 4 bonobos tentam montar uma escrivaninha, isto quando não estão a fornicar-se uns aos outros.
As seen on O Indesmentível.
Wednesday, December 08, 2010
A Barbie e o Ken comemoram hoje as “bodas de ouro”
ESTUDO RECENTE/GF – Quando há 50 anos, Barbara “Barbie” Roberts, uma rapariga americana dada a gostos fútil e reprováveis conheceu “Ken” Sean Carson e iniciou uma relação amorosa, estava longe de imaginar que 50 anos depois o seu casamento tivesse passado por tantos momentos difíceis.
Durante os primeiros anos Ken e Barbie nunca assumiram a sua relação, dizendo que eram apenas “amigos chegados” apesar de serem constantemente apanhados aos beijos em casas de banho de discotecas, ou às compras de natal com a mãozinha no bolso de trás das calças um do outro. Mas embora esta aparentasse ser uma normal relação entre celebridades, há que ter atenção às idades. Sendo que a Barbie nasceu em 1959, teria apenas 2 anos e Ken um mero ano de idade quando se juntaram, tornando este casório não só um gritante caso de pedófilia como um exemplo clássico de “casamento arranjado”. No entanto, e apesar dos problemas judiciais latentes neste caso amoroso, o casal viveu feliz. Foi com o nascimento do primeiro filho do casal, que se iniciou o desmoronamento do casamento. A criança, hoje conhecida como “Ruca”, nasceu doente de Leucemia e o casal não aguentou o peso da doença, acabando por discutir com frequência. Há uns anos foi mesmo publicitado um divórcio mas que nunca terá sido levado até ao fim porque Ken não terá assinado os papéis. Numa carreira atribulada, Barbie chegou mesmo a ser dada como paciente numa clínica de reabilitação para curar uma dependência em álcool, drogas e acessórios “fashion”. Hoje em dia, mais velhos mas com uma aparência igualmente nova devido a diversas e sucessivas operações plásticas, Barbie e Ken vivem num lar na Califórnia, onde convivem com outras celebridades do seu tempo como o Action Man, a Nancy e a Sindy.
As seen on O Indesmentível.
Durante os primeiros anos Ken e Barbie nunca assumiram a sua relação, dizendo que eram apenas “amigos chegados” apesar de serem constantemente apanhados aos beijos em casas de banho de discotecas, ou às compras de natal com a mãozinha no bolso de trás das calças um do outro. Mas embora esta aparentasse ser uma normal relação entre celebridades, há que ter atenção às idades. Sendo que a Barbie nasceu em 1959, teria apenas 2 anos e Ken um mero ano de idade quando se juntaram, tornando este casório não só um gritante caso de pedófilia como um exemplo clássico de “casamento arranjado”. No entanto, e apesar dos problemas judiciais latentes neste caso amoroso, o casal viveu feliz. Foi com o nascimento do primeiro filho do casal, que se iniciou o desmoronamento do casamento. A criança, hoje conhecida como “Ruca”, nasceu doente de Leucemia e o casal não aguentou o peso da doença, acabando por discutir com frequência. Há uns anos foi mesmo publicitado um divórcio mas que nunca terá sido levado até ao fim porque Ken não terá assinado os papéis. Numa carreira atribulada, Barbie chegou mesmo a ser dada como paciente numa clínica de reabilitação para curar uma dependência em álcool, drogas e acessórios “fashion”. Hoje em dia, mais velhos mas com uma aparência igualmente nova devido a diversas e sucessivas operações plásticas, Barbie e Ken vivem num lar na Califórnia, onde convivem com outras celebridades do seu tempo como o Action Man, a Nancy e a Sindy.
As seen on O Indesmentível.
"De Perto Ninguém É Normal" teaser
Hoje.
Pelas 21.45h.
No canal Q, da MEO.
Mais um "De Perto Ninguém É Normal".
Depois fica on demand, e pode ser visto a qualquer hora.
Desta vez, com a problemática do braço da cadeira no cinema.
Pelas 21.45h.
No canal Q, da MEO.
Mais um "De Perto Ninguém É Normal".
Depois fica on demand, e pode ser visto a qualquer hora.
Desta vez, com a problemática do braço da cadeira no cinema.
Tuesday, December 07, 2010
* pratos *
Segundo um estudo, os telemóveis podem causar problemas comportamentais nas crianças.
Por isso já sabe, evite acertar-lhes com o seu na cabeça.
Por isso já sabe, evite acertar-lhes com o seu na cabeça.
* pratos *
Em Portugal os cegos esperam uma média de 4 anos por um cão-guia.
Segundo os dados, são dois anos para o cão lhes ser entregue e mais dois anos para o cego conseguir colocar a trela.
Segundo os dados, são dois anos para o cão lhes ser entregue e mais dois anos para o cego conseguir colocar a trela.
Monday, December 06, 2010
"Isto É o Q?" #10
Não queremos saber o que isto é.
Fizemos greve.
Num episódio em que não se trabalha, só se grita e se pede melhores condições...
... Unas e um estagiário tentam fabricar um piloto épico.
Um episódio com gritos de revolta, chocolate e pontapés no escroto.
Mais um dia de trabalho, no fundo.
Fizemos greve.
Num episódio em que não se trabalha, só se grita e se pede melhores condições...
... Unas e um estagiário tentam fabricar um piloto épico.
Um episódio com gritos de revolta, chocolate e pontapés no escroto.
Mais um dia de trabalho, no fundo.
Sunday, December 05, 2010
7 dias #2
Vocês sabiam que há clínicas de desintoxicação de Facebook?
Que há pessoas que se ficarem sem acesso ao Facebook, têm ataque de pânico, ficam depressivas, algumas violentas e, ainda mais grave... não podem partilhar com o mundo aquelas fotos "bué de fixes" do aniversário da Vanessa no Las Brasitas?
Eu não sabia.
Eu tenho uma relação saudável com o Facebook.
Sim, é verdade que vou lá todos os dias.
Sim, é a primeira coisa que vejo no meu i-phone quando acordo.
Sim, é verdade que é a primeira página que abro quando ligo o computador.
Sim, é verdade que quando encravo ao escrever um texto, vou imediatamente fazer refresh ao meu mural.
Sim, é verdade que quando tenho tempos mortos no meu dia, vou fazer refresh ao meu mural.
Sim, é verdade que quando fico sem net, a falta de Facebook me faz mais comichão que a falta de material de trabalho.
Sim, é verdade que não telefono aos meus amigos. Que espero por apanhá-los no chat do Facebook.
Sim, é verdade que uso o Facebook tanto para divulgar o meu trabalho, como para cuscar o dos outros.
... mas isso não é uma relação saudável com o Facebook?
Ou será uma relação saudável com o Facebook, uma coisa pouco saudável?
Para saber até que ponto somos viciados numa coisa, temos de nos privar dela.
E se eu passasse 7 dias sem ir ao Facebook?
Eram capazes de não tocar no vosso? Ou a ideia faz arrepiar os pêlos da vossa foto de perfil?
Será que fico assim tão mal? Será que já sou dependente? Será que me sinto sozinho?
Será que a atenção que nos dão é gerida pela quantidade de vídeos engraçados que partilhamos?
Será que é difícil sentirmo-nos aceites, acompanhados, se não "gostarmos" da observação mundana daquela rapariga com quem estivemos uma vez numa festa?
Ou será o Facebook tão simplesmente o "ir ao café ter com os amigos" dos tempos modernos?
Como dirá a Erica Fontes depois de ser convidada para uma orgia tresloucada com toda a secção de congelados do Pingo Doce...
..."não há nada como experimentar."
Dou assim o mote para a segunda edição de "7 dias".
Durante a próxima semana não irei abrir, visitar ou frequentar o Facebook e o Twitter.
Para saberem novidades minhas, estarei por aqui. E com os meus telefones no bolso.
Pronto... agora é ver se daqui a uma semana os meus amigos ainda sabem quem é que eu sou.
Que há pessoas que se ficarem sem acesso ao Facebook, têm ataque de pânico, ficam depressivas, algumas violentas e, ainda mais grave... não podem partilhar com o mundo aquelas fotos "bué de fixes" do aniversário da Vanessa no Las Brasitas?
Eu não sabia.
Eu tenho uma relação saudável com o Facebook.
Sim, é verdade que vou lá todos os dias.
Sim, é a primeira coisa que vejo no meu i-phone quando acordo.
Sim, é verdade que é a primeira página que abro quando ligo o computador.
Sim, é verdade que quando encravo ao escrever um texto, vou imediatamente fazer refresh ao meu mural.
Sim, é verdade que quando tenho tempos mortos no meu dia, vou fazer refresh ao meu mural.
Sim, é verdade que quando fico sem net, a falta de Facebook me faz mais comichão que a falta de material de trabalho.
Sim, é verdade que não telefono aos meus amigos. Que espero por apanhá-los no chat do Facebook.
Sim, é verdade que uso o Facebook tanto para divulgar o meu trabalho, como para cuscar o dos outros.
... mas isso não é uma relação saudável com o Facebook?
Ou será uma relação saudável com o Facebook, uma coisa pouco saudável?
Para saber até que ponto somos viciados numa coisa, temos de nos privar dela.
E se eu passasse 7 dias sem ir ao Facebook?
Eram capazes de não tocar no vosso? Ou a ideia faz arrepiar os pêlos da vossa foto de perfil?
Será que fico assim tão mal? Será que já sou dependente? Será que me sinto sozinho?
Será que a atenção que nos dão é gerida pela quantidade de vídeos engraçados que partilhamos?
Será que é difícil sentirmo-nos aceites, acompanhados, se não "gostarmos" da observação mundana daquela rapariga com quem estivemos uma vez numa festa?
Ou será o Facebook tão simplesmente o "ir ao café ter com os amigos" dos tempos modernos?
Como dirá a Erica Fontes depois de ser convidada para uma orgia tresloucada com toda a secção de congelados do Pingo Doce...
..."não há nada como experimentar."
Dou assim o mote para a segunda edição de "7 dias".
Durante a próxima semana não irei abrir, visitar ou frequentar o Facebook e o Twitter.
Para saberem novidades minhas, estarei por aqui. E com os meus telefones no bolso.
Pronto... agora é ver se daqui a uma semana os meus amigos ainda sabem quem é que eu sou.
Sete dias: rescaldo
Se eu tenho muita vontade de comer carne porque estou há 7 dias sem lhe tocar?
Não. Não especialmente.
E quando me desafiei a passar esta semana sem comer carne pensei que iria ser mais complicado.
Que seria difícil estar ao lado de pessoas que comiam um bitoque sem lhes atacar o prato.
Que iria começar a ressacar. Coçar-me pelo corpo todo e implorar por uma garfada de bife, em becos escuros e duvidosos.
Não aconteceu.
O meu objectivo ao não comer carne durante 7 dias era fazer-me pensar mais naquilo que como.
Mas não da forma moderna e paranóica que nos faz apenas contar calorias.
Isto não era uma reavaliação pela "forma". Era pelo "funcionamento".
Isto não era uma homenagem ao "Biggest Loser". Era um piscar de olho a um qualquer "Dr.Oz".
A verdade é que para alguém que não esteja numa dieta rigorosa ou seja vegetariano, a carne é sempre a primeira opção, quando nos sentamos à mesa para almoçar. É inconsciente. É mecânico.
Era isso que eu queria combater...
...e consegui.
Primeiro, porque este devaneio me forçou a comer pratos que não comia há imenso tempo.
Tostas de queijo e atum - que só costumo comer em esplanadas da Costa da Caparica no Verão.
Douradinhos - que me fizeram sentir com 5 anos outra vez.
Feijoada de chocos - que não me lembro sequer de alguma vez ter comido de livre e espontânea vontade.
Mc Fish - que pelos vistos sempre esteve lá, e eu nunca tinha dado por ele.
Bifes de atum - vocês sabiam sequer que o atum podia assumir esta forma?
E bacalhau - que é sem dúvida a melhor coisa que me podem pôr na boca.
Segundo, porque me fez sentir diferente.
Ao comer apenas peixe sentia-me menos... cheio. Menos pesado. Menos enfartado.
A carne faz-me sentir muito mais empanturrado. Quando acabamos uma refeição de carne, ficamos "cansados", "pesados". Com o peixe isso não acontece. Não foram precisas pastilhas Renie ou sestas para recuperar da hora de almoço. Comer um bruto almoço não me deixava no mesmo estado que 2 horas de RPM ao som de Eurodance. Era só um almoço.
Se esta semana serviu para alguma coisa?
Eu, o meu nível de omega 3 e uma catrafezada de hindus, pensamos que sim.
Não. Não especialmente.
E quando me desafiei a passar esta semana sem comer carne pensei que iria ser mais complicado.
Que seria difícil estar ao lado de pessoas que comiam um bitoque sem lhes atacar o prato.
Que iria começar a ressacar. Coçar-me pelo corpo todo e implorar por uma garfada de bife, em becos escuros e duvidosos.
Não aconteceu.
O meu objectivo ao não comer carne durante 7 dias era fazer-me pensar mais naquilo que como.
Mas não da forma moderna e paranóica que nos faz apenas contar calorias.
Isto não era uma reavaliação pela "forma". Era pelo "funcionamento".
Isto não era uma homenagem ao "Biggest Loser". Era um piscar de olho a um qualquer "Dr.Oz".
A verdade é que para alguém que não esteja numa dieta rigorosa ou seja vegetariano, a carne é sempre a primeira opção, quando nos sentamos à mesa para almoçar. É inconsciente. É mecânico.
Era isso que eu queria combater...
...e consegui.
Primeiro, porque este devaneio me forçou a comer pratos que não comia há imenso tempo.
Tostas de queijo e atum - que só costumo comer em esplanadas da Costa da Caparica no Verão.
Douradinhos - que me fizeram sentir com 5 anos outra vez.
Feijoada de chocos - que não me lembro sequer de alguma vez ter comido de livre e espontânea vontade.
Mc Fish - que pelos vistos sempre esteve lá, e eu nunca tinha dado por ele.
Bifes de atum - vocês sabiam sequer que o atum podia assumir esta forma?
E bacalhau - que é sem dúvida a melhor coisa que me podem pôr na boca.
Segundo, porque me fez sentir diferente.
Ao comer apenas peixe sentia-me menos... cheio. Menos pesado. Menos enfartado.
A carne faz-me sentir muito mais empanturrado. Quando acabamos uma refeição de carne, ficamos "cansados", "pesados". Com o peixe isso não acontece. Não foram precisas pastilhas Renie ou sestas para recuperar da hora de almoço. Comer um bruto almoço não me deixava no mesmo estado que 2 horas de RPM ao som de Eurodance. Era só um almoço.
Se esta semana serviu para alguma coisa?
Eu, o meu nível de omega 3 e uma catrafezada de hindus, pensamos que sim.
Saturday, December 04, 2010
De Perto Ninguém É Normal #5
Ei-lo, o 5º episódio do "De Perto Ninguém É Normal".
E esta semana há um papagaio.
Ou será uma arara?
Não tenho bem a certeza.
E também não gosto de ser corrigido.
Por pessoas, telemóveis ou o Google.
E esta semana há um papagaio.
Ou será uma arara?
Não tenho bem a certeza.
E também não gosto de ser corrigido.
Por pessoas, telemóveis ou o Google.
Friday, December 03, 2010
Wikileaks divulga 11º mandamento bíblico nunca antes ouvido
THOU SHALL NOT/GF – Depois de documentos militares, documentos diplomáticos e de documentos governamentais, o site Wikileaks anunciou agora que irá revelar o 11º mandamento – roubado não do Vaticano mas sim directamente do portátil pessoal de Deus – nunca antes revelado ao público.
Depois de milhares de anos a acreditarmos que existiam apenas 10 mandamentos que Deus terá ditado a Moisés, a Wikileaks revela esta semana que existe mais um mandamento secreto, eclipsado das tábuas originais por Barackus Obamus, um oficial romano meio escuro que era corporativista e que não gostava de Jesus porque ele queria pagar para ter seguro de saúde. Segundo o site, este novo mandamento versa algo como “Não comentarás fotografias da mulher alheia no Facebook” e a Igreja anda a escondê-lo há cerca de 562 anos, primeiro num Mosteiro em Espanha e mais recentemente, no fundo do sapato esquerdo da Prada de Bento XVI. A Wikileaks planeia para breve revelar ainda uma regra de boa educação que nem a Rainha de Inglaterra sabe e uma receita de Bacalhau com natas que Jamie Oliver fez apenas uma vez, em 1992.
As seen on O Indesmentível.
Depois de milhares de anos a acreditarmos que existiam apenas 10 mandamentos que Deus terá ditado a Moisés, a Wikileaks revela esta semana que existe mais um mandamento secreto, eclipsado das tábuas originais por Barackus Obamus, um oficial romano meio escuro que era corporativista e que não gostava de Jesus porque ele queria pagar para ter seguro de saúde. Segundo o site, este novo mandamento versa algo como “Não comentarás fotografias da mulher alheia no Facebook” e a Igreja anda a escondê-lo há cerca de 562 anos, primeiro num Mosteiro em Espanha e mais recentemente, no fundo do sapato esquerdo da Prada de Bento XVI. A Wikileaks planeia para breve revelar ainda uma regra de boa educação que nem a Rainha de Inglaterra sabe e uma receita de Bacalhau com natas que Jamie Oliver fez apenas uma vez, em 1992.
As seen on O Indesmentível.
ÚLTIMA HORA: Candidatura Ibérica ganha a organização do Mundial 2018 da “rabia” e da “parede”
HERMANOS/GF – A FIFA anunciou ontem à tarde que a Rússia e o Qatar seriam os organizadores dos Mundiais de Futebol de 2018 e 2022, respectivamente, deixando para último a revelação de que Portugal e Espanha seriam os organizadores do Mundial 2018 mas da “rabia” e da “parede”.
No entanto, e apesar da vitória, a corrida para a organização do evento não foi pacífica. A candidatura conjunta sofreu com as acusações de corrupção, que levantavam a suspeita de que na secção de “rabia” seria possível dar-se dois toques antes de se passar a bola – ao invés do único toque permitido pela FIFA. Assim sendo, os jogos serão disputados sem qualquer problema, nos locais previamente anunciados – os jogos de “rabia” serão jogados na A1 – sentido Porto-Lisboa – e na praça de toiros de Madrid, e os jogos de “Parede” terão lugar contra as costas do Mosteiro dos Jerónimos em Lisboa e contra a entrada do Parque Guel em Barcelona. Para ambas as nações esta é uma vitória para a Ibéria, para o desporto nacional e para todos os jogos que se joguem em recreios de escolas secundárias quando “o campo está ocupado”.
As seen on O Indesmentível.
No entanto, e apesar da vitória, a corrida para a organização do evento não foi pacífica. A candidatura conjunta sofreu com as acusações de corrupção, que levantavam a suspeita de que na secção de “rabia” seria possível dar-se dois toques antes de se passar a bola – ao invés do único toque permitido pela FIFA. Assim sendo, os jogos serão disputados sem qualquer problema, nos locais previamente anunciados – os jogos de “rabia” serão jogados na A1 – sentido Porto-Lisboa – e na praça de toiros de Madrid, e os jogos de “Parede” terão lugar contra as costas do Mosteiro dos Jerónimos em Lisboa e contra a entrada do Parque Guel em Barcelona. Para ambas as nações esta é uma vitória para a Ibéria, para o desporto nacional e para todos os jogos que se joguem em recreios de escolas secundárias quando “o campo está ocupado”.
As seen on O Indesmentível.
Thursday, December 02, 2010
Picado vs "A Tempo E Horas"
“A Tempo E Horas” – … mas não desta sessão, por favor
CONTRA PICADO/GF – Ninguém dá boleia a ninguém. É perigoso. É desconfortável. E em alguns casos, porco. Quem dá boleia são taxistas, freiras e violadores. E já me estou a repetir. Pessoas normais não dão boleia. Dão trocos para o bilhete de metro. “Dar uma boleia” é um acto de prostituição geográfica. É que não tem nada a haver com bondade. Escrevam o que eu vos digo: quando um desconhecido entra no carro de alguém, 90% das vezes e prostituição, 10% das vezes é a Policia a levar alguém para a esquadra. Sou veementemente contra o conceito da “boleia”, seja em carros, elevadores e muito menos naquelas bicicletas com dois celins. É que nem sinto necessidade de me explicar. Até pelo preço a que está a gasolina. E os produtos de limpeza de interiores de automóveis. Já olharam à vossa volta durante um engarrafamento? As pessoas fazem dentro do próprio carro tudo aquilo que fariam numa casa de banho, mas de gravata posta. Tiram macacos, peidam-se, maquilham-se, lêem o jornal e, pior ainda para a saúde nacional, descalçam-se.
“A Tempo E Horas” falha imediatamente na sua premissa. E é facilmente resumido: um arquitecto chato e sisudo precisa de chegar ao outro lado dos EUA a tempo do nascimento do seu filho. Quem lhe oferece boleia? Um ser homem sinistro que entre outras coisas, lhe dá um tiro. O que faz sentido aqui? Nada. A não ser o facto de um americano dar um tiro a alguém. No país mais paranóico e inseguro do mundo ninguém dá boleia a ninguém. É como a pior viagem de elevador que já tiveram, durante muito mais tempo. Mas não me estranha que vocês queiram ir ver o filme. A única coisa que eu espero, pela saúde mental de todos os portugueses que queiram ir ver o filme, é que honrem o seu ADN de “tuga” e cheguem tudo menos a tempo e horas da sessão.
O meu conselho para esta semana não é um documentário, como se tem vindo a tornar meu apanágio. Esta semana aconselho-vos um vídeo educacional coreano onde Pong To Ka-Long explica, em 64 fáceis lições, como podem tratar da vossa higiene pessoal enquanto se dirigem para o trabalho, no vosso carro. Durante 17 divertidas horas, aprendam com Ka-Long como podem improvisar cotonetes com um colete reflector, lavar os dentes com a escova do pára-brisas ou espremer borbulhas com o aparelho de GPS, tudo com exemplos práticos e filmados com zoom’s.
As seen on O Indesmentível.
CONTRA PICADO/GF – Ninguém dá boleia a ninguém. É perigoso. É desconfortável. E em alguns casos, porco. Quem dá boleia são taxistas, freiras e violadores. E já me estou a repetir. Pessoas normais não dão boleia. Dão trocos para o bilhete de metro. “Dar uma boleia” é um acto de prostituição geográfica. É que não tem nada a haver com bondade. Escrevam o que eu vos digo: quando um desconhecido entra no carro de alguém, 90% das vezes e prostituição, 10% das vezes é a Policia a levar alguém para a esquadra. Sou veementemente contra o conceito da “boleia”, seja em carros, elevadores e muito menos naquelas bicicletas com dois celins. É que nem sinto necessidade de me explicar. Até pelo preço a que está a gasolina. E os produtos de limpeza de interiores de automóveis. Já olharam à vossa volta durante um engarrafamento? As pessoas fazem dentro do próprio carro tudo aquilo que fariam numa casa de banho, mas de gravata posta. Tiram macacos, peidam-se, maquilham-se, lêem o jornal e, pior ainda para a saúde nacional, descalçam-se.
“A Tempo E Horas” falha imediatamente na sua premissa. E é facilmente resumido: um arquitecto chato e sisudo precisa de chegar ao outro lado dos EUA a tempo do nascimento do seu filho. Quem lhe oferece boleia? Um ser homem sinistro que entre outras coisas, lhe dá um tiro. O que faz sentido aqui? Nada. A não ser o facto de um americano dar um tiro a alguém. No país mais paranóico e inseguro do mundo ninguém dá boleia a ninguém. É como a pior viagem de elevador que já tiveram, durante muito mais tempo. Mas não me estranha que vocês queiram ir ver o filme. A única coisa que eu espero, pela saúde mental de todos os portugueses que queiram ir ver o filme, é que honrem o seu ADN de “tuga” e cheguem tudo menos a tempo e horas da sessão.
O meu conselho para esta semana não é um documentário, como se tem vindo a tornar meu apanágio. Esta semana aconselho-vos um vídeo educacional coreano onde Pong To Ka-Long explica, em 64 fáceis lições, como podem tratar da vossa higiene pessoal enquanto se dirigem para o trabalho, no vosso carro. Durante 17 divertidas horas, aprendam com Ka-Long como podem improvisar cotonetes com um colete reflector, lavar os dentes com a escova do pára-brisas ou espremer borbulhas com o aparelho de GPS, tudo com exemplos práticos e filmados com zoom’s.
As seen on O Indesmentível.
Wednesday, December 01, 2010
40% das mulheres com mais de 60 anos são vítimas de abusos
ESTUDO RECENTE/GF – Um estudo sobre violência praticada em idosas revelou que 4 em cada 10 mulheres acima dos 60 anos já foi vítima de abusos, e que maior parte das vezes de alguém próximo, como filhos, netos ou da Júlia Pinheiro.
Roberto Gomes, um jovem da Brandoa acusado de esbofetear a sua avó com um cão de loiça confessou a’O Indesmentível: “bati-lhe sim, mas porque ela me agarra a bochecha com muita força. E puxa. Epá, chega uma altura em que é preciso optar. Ou a meto num lar ou lhe dou um sopapo e por amor de Deus, um lar é uma coisa desumana.” Os abusos mais frequentes em idosas são ao nível emocional ou psicológico – principalmente praticados por familiares – e de nível financeiro – principalmente praticado por programas da tarde como o “Agora é que Conta” da TVI. No que toca às agressões físicas podem ser efectuados por qualquer pessoa, sendo que as mais comuns ocorrem em elevadores, depois da vítima insistir em comentar como “o tempo anda fresquinho, nada dado a brincadeiras”. No entanto, a queixa mais comum da parte das vítimas não é em tom de desagrado mas de insatisfação. É comum as idosas violentadas pedirem para o agressor não abusar delas financeiramente mas sim sexualmente, pedido que maior parte das vezes é ignorado.
As seen on O Indesmentível.
Roberto Gomes, um jovem da Brandoa acusado de esbofetear a sua avó com um cão de loiça confessou a’O Indesmentível: “bati-lhe sim, mas porque ela me agarra a bochecha com muita força. E puxa. Epá, chega uma altura em que é preciso optar. Ou a meto num lar ou lhe dou um sopapo e por amor de Deus, um lar é uma coisa desumana.” Os abusos mais frequentes em idosas são ao nível emocional ou psicológico – principalmente praticados por familiares – e de nível financeiro – principalmente praticado por programas da tarde como o “Agora é que Conta” da TVI. No que toca às agressões físicas podem ser efectuados por qualquer pessoa, sendo que as mais comuns ocorrem em elevadores, depois da vítima insistir em comentar como “o tempo anda fresquinho, nada dado a brincadeiras”. No entanto, a queixa mais comum da parte das vítimas não é em tom de desagrado mas de insatisfação. É comum as idosas violentadas pedirem para o agressor não abusar delas financeiramente mas sim sexualmente, pedido que maior parte das vezes é ignorado.
As seen on O Indesmentível.
Subscribe to:
Posts (Atom)