Friday, April 30, 2010
"This sounds brutal and it is"
But if you are uncool enough to want to tell jokes for a living, consider this. Being on a stage at a comedy club is like a night-marish amplification of that moment at a dinner party when you've launched into a spicy little anecdote and you suddenly realize the whole room has gone quiet. Everyone else is not only listening to you but judging you too, and you have no choice but to plough wildly on with your story. When a joke is a bit 'clever', there's an agonizing pause while you wait for the audience to get it, and then pass judgment. From your vantage point on the stage it seems like a pitiless binary system - yes or no. Even if some laughs are bigger than others, there's no grey area in between getting a laugh and getting nothing. Live comedy audiences are ruthless and insatiable. If they smell fear you're done for. And you're only ever as good as your last joke. Not even your last show - your last joke. Every comic has a bag-pocket full of 'bankers' - the funny lines that always get you out of trouble. But even one of those doesn't buy you very much time - thirty seconds of sympathy before they want the next one.
This sounds brutal and it is.(...) It's as though a comedy club is the chosen arena for a fight to the death, where either the audience or the comic gets out alive - but never both."
"The Naked Jape: Uncovering the hidden world of jokes" - Jimmy Carr & Lucy Greeves
Thursday, April 29, 2010
Laboratório de Comédia #5
Mais um laboratório, mais uma voltinha.
Hoje à noite, pelas 22.30h, volto ao Bar o Século, na rua do Século, para intercalar comediantes novatos e semi-novatos.
Passem por lá, parece que é para rir.
E parece que são só 3 euros.
E parece que vocês não têm nada melhor para fazer.
gui
"E o meu camarim?"
Abriu ontem o 2º programa da "A Última Ceia" do Rui Unas.
É basicamente, o Rui a descobrir o espaço onde está a começar a trabalhar.
Picado vs Iron Man 2
“Iron Man 2” – … ou “Prostituição Para Nerds 2”
CONTRA PICADO/GF – A sensação que eu tive a ver este filme foi a mesma de estar de pé, nu, drogado por spray peixe-aranha, com as palmas das mãos colados com cola UHU às nádegas, parado no meio do relvado do Estádio do Dragão com a bola do jogo Benfica–Porto no topo da cabeça, enquanto o Bruno Alves e o Luisão, um de cada lado, correm na minha direcção. Não, não estão a ter um dejá-vu. A estreia desta semana é também inspirada numa personagem de banda desenhada. Não sei o que é que os Nerd’s andaram a fazer para terem tanta atenção, mas deve haver muita pornografia por ver nos computadores deles. Contas de “World of Wracraft” por jogar. Ares pálidos e doentes por manter. “Iron Man 2” é a sequela de “Iron Man” e a prequela de “Iron Man 3”. Achou esta frase demasiado óbvia? Fique sabendo que contém tanta profundidade intelectual como qualquer um dos 3 filmes. E o terceiro ainda nem existe.
A narrativa é simples. Tony Stark é um multimilionário que desenvolveu uma super-armadura para combater o mal. É uma espécie de Richard Branson vestido com uma armadura de cavaleiro do séc. XVII, rodeado de gajas boas. Mas quando tudo parece supimpa na vida deste Tio Patinhas com demasiadas horas de ginásio, aparece um gajo cheio de músculos e com mau aspecto. É Mickey Rourke. A fazer de um gajo cheio de músculos e com mau aspecto. Imagino as horas que terão sido precisas para se preparar para o papel. Mas o castelo de cartas movidas a esteróides não fica por aqui. Quando o “mau” arranja um “mais mau”, o herói arranja um side-kick, e tudo se torna uma espécie de “double-date” em que o restaurante não dura muito tempo sem fechar. Dissertações sobre a vida e o amor? Sobre a condição humana perante o eterno peso do tempo e da mortalidade? Divagações sobre a alma e a podridão intrínseca do homem perante a violência e a animosidade? É favor ir bater à porta ao lado. Aqui discutem-se tamanhos de sutiãs, horas de fitness e dólares gastos enquanto se comem pipocas e se aquece os pés em entulho em chamas. O realizador não diz “acção” diz “destruição”. Não diz “corta”, diz “bombeiros!”. Isto não é um “filme”, é o “sonho molhado dos adolescentes carregados de acne que vos arranjam os pc’s no PC Clinic”. E 5 euros de bilhete é bem mais barato que prostituição. Ao menos andam a poupar.
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Wednesday, April 28, 2010
Internet já é vício tão grave como álcool ou drogas
Não têm falta de dentes, não pedem moedas e não andam pelo Parque Eduardo Sétimo às 4h da manhã, mas estes novos “agarrados” são viciados à mesma. A internet já se tornou a droga do século XXI, depois dos Xanax e do “Ídolos”. Os sintomas de quem está viciado em Internet são claros: não aguentar mais de 24 horas sem aceder; dar mais importância aos amigos virtuais que reais; e ao invés de gargalhar, dizer “lol”. Para descanso de quem ache que está viciado, já há clínicas de apoio. Nos Estados Unidos abriu uma clínica de recuperação para viciados em Facebook. A cura é simples: os pacientes entram na clínica, um médico recebe-os, dá-lhes um estalo e diz “deixa de ser parvo”.
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Monday, April 26, 2010
Benfiquistas já começam a acampar no Marquês de Pombal
“Pá, a gente gosta de fazer as coisas com tempo. Acha uma semana antes muito cedo? Há muita coisa para preparar. O meu primo Jorge, por exemplo, está a tentar vestir um cachecol ali em cima ao Marquês e já caiu 3 vezes cá a baixo. Vai precisar da semana toda”, disse Julião Silva, que já está todo pintado de vermelho e acha que já não vale a pena tomar banho até ao próximo domingo. Justificam-se dizendo que querem os “melhores lugares” e não deixam o local, faça sol, chuva ou trânsito. No entanto, estes benfiquistas vêm bem preparados, com tudo o que será essencial, desde a tenda, passando pela comida e acabando nos petardos. O grande medo agora passa pela iminente acção da Polícia. “Não queremos que esses venham cá fazer o que fizeram aos pobres rapazes lá dos Tokio Hotel e nos expulsem daqui. Não levem a sério o que o meu primo Jorge diz, ele apertou mesmo a mão ao Cardozo mas vai lavá-la.”
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Sunday, April 25, 2010
Picado vs "Kick-Ass"
Thursday, April 22, 2010
A Última Ceia
E a única coisa que podemos fazer é lidar com o que ela nos dá.
Estive desempregado durante algum tempo. Demasiado.
E de um momento para o outro, apareceram duas propostas de trabalho em simultâneo.
E ambas completamente irrecusáveis.
Ponderei bastante e acabei por escolher pelo local onde estou agora de cabeça, alma e coração, o Canal Q das Produções Fictícias. A outra proposta tive de negar.
E era, nem mais nem menos, que o novo talk-show do Rui Unas. Nem comecem a tentar medir o peso da escolha. Vai-vos doer a cabeça. A verdade é que estou bastante feliz onde estou, no Q. E o meu caminho com a Sic Radical e o talk-show do Unas não ficou de costas voltadas.
Não fiquei residente na equipa do programa mas a equipa do Indesmentível, o meu grupo do Priorado de Idiotas, ficou a escrever sketch's para o programa. Apenas um de nós ficou com o lugar infiltrado que me foi proposto e recusado. Os outros, como eu, vamos escrevendo e mandando por encomenda.
Hoje estreia o programa. Eu ia ver a gravação do mesmo ao vivo. Julguei que ia bater palmas. Sorrir. Gargalhar. Mas não, telefonaram-me a convidar para ser também o primeiro Side-Kick do Unas. Não vos vou explicar o que é. Vou apenas deixar claro que interajo com o Rui no monólogo, que o apresento, que estreio as poltronas do programa e que tenho uma lição em como lidar com traques durante uma relação sexual.
"A Última Ceia" estreia hoje à noite na Sic Radical pelas 23.25h e merece ser vista.
Porque é o regresso do Rui Unas a um talk-show.
Porque é um programa bem catita que terá sketch's escritos por mim e pelos meus colegas idiotas no futuro.
E porque eu apareço demasiado tempo, quase o suficiente para boicotar o programa ao Unas.
A ver, meus amigos.
gui
Wednesday, April 21, 2010
Acho que me estragaste
Como se fosse uma granada, a porcaria da frase foi-me corroendo por dentro.
Falta de sal? Não. O meu problema é outro. És tu.
Eu preocupo-me demasiado. O meu maior defeito é querer agradar as pessoas. É por isso que tenho um sorriso. Que sou simpático. Que me apaixono. Porque quero que as pessoas se sintam bem. Mas para quê? Não é isso que vocês querem.
As pessoas quando são bem tratadas, levam isso com naturalidade. Querem lá saber. Quando são mal tratadas, reagem. O mundo não está feito para as boas pessoas.
Os cabrões têm séries de televisão.
As boas pessoas acabam pregadas a cruzes.
As boas pessoas são os otários. Os que vivem pelos outros. E para quê? Porque hei eu de sofrer pelos outros? Porque raio tenho essa tendência? Acabo às voltas, armado em paranóico, quando podia muito bem seguir com a minha vida. Quando me podia estar a cagar.
Os cabrões divertem-se.
As boas pessoas sentem-se mal.
Temos tendência a ser atraídos pelo que está errado. O que está certo deixa-nos calmos. Temos tendência a ser atraídos pelo horrível. Pelo desastre. Pelo anormal. O que conhecemos não nos entusiasma. Preferimos sempre o escuro, porque à luz sabemos o que nos espera.
Tal como temos atracção pela destruição, temos atracção pelos cabrões. Parece que gostamos que nos façam mal. O mundo não foi feito para as boas pessoas. É mais difícil para eles. Custa.
Custa porque encaixamos. Eu odeio quando não provoco nada. Quando gosto de alguém, quero que olhem para mim. Faço o esforço por gostarem de mim. Por se rirem comigo. Por se apaixonarem por mim. Falta de atenção? Insegurança? Falta de maturidade?
Podem escolher. Eu acho que é simplesmente a minha maneira de ser.
A verdade é que invariavelmente acabo chateado porque acham que “não tenho sal”.
As boas pessoas são descartáveis. Simples.
Os cabrões são atractivos, num misto de “ódio/fascínio/procura da cura freudiana”.
As boas pessoas sofrem.
Os cabrões querem lá saber.
Eu não tenho falta de sal.
Só não sou o que tu esperas que eu seja.
Por isso...
...vai-te foder.
Tenho um umbigo para cuidar.
1 em cada 5 portugueses não acredita que vá manter o emprego actual
“É um síndrome cada vez mais presente. Sendo que a maior preocupação do português era o Benfica, e isso anda resolvido, agora viram-se para si próprios e têm medo de perder o emprego. E só depois de morrerem.” disse Osvaldo Caeiro, o único coordenador de estudos ainda a trabalhar a recibos verdes. Depois de entrevistar centenas de pessoas de variadíssimas áreas da nossa sociedade, os resultados demonstram que o medo do desemprego muda conforme a área. Aparentemente, os trabalhadores com mais medo de perder o emprego estão nas novelas da TVI, no banco a treinar clubes de futebol e na direcção do PSD. Os que menos medo têm de perder o emprego são dirigentes de Clubes de Futebol que vistam azul e branco, primeiros-ministros e dirigentes de regiões autónomas. Aos leitores que tenham medo de perder o emprego actual, O Indesmentível aconselha a fecharem o Farmville, a tirarem os pés de cima da mesa e a fazerem qualquer coisa.
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Monday, April 19, 2010
“Nuvem de talk-shows” propaga-se pela televisão portuguesa
O “Lado B” de Bruno Nogueira, “Herman 2010” de Herman José, “A Última Ceia” de Rui Unas e o “Especial” de Salvador Martinha são os mais recentes talks-shows a germinarem em Portugal, deixando uma nuvem de “conversa amena, monólogos engraçados e bandas residentes” que ameaçam intoxicar os portugueses. Aparte do sucesso dos mesmos, estes talk-shows que pairam agora sob as televisões dos portugueses já provocaram algumas reacções negativas depois de algumas novelas terem sido adiadas ou até mesmo canceladas. No entanto, a Direcção Geral de Saúde espera que a nuvem dissipe rapidamente devidos aos ventos fortes provocados pelas audiências e pela escassez crónica de convidados que um país com 9 milhões de habitantes invariavelmente terá.
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Nuvem de cinzas leva Europa a abrir zona de “não fumadores”
“Sim, há muitos europeus que já começaram a fazer aquela tosse seca, irritante e repetitiva para avisarem que estão incomodados com o fumo.” disse Durão Barroso, enquanto abria uma janela para fazer corrente de ar na Europa. Depois da Islândia se ter recusado a apagar o vulcão “que lhe sabe sempre tão bem depois de uma relação sexual”, a Europa iniciou o processo de criação de uma zona de não fumadores no seu território. O processo de selecção do local já está em curso, sendo que, por enquanto, os países que queiram expelir fumo têm-se agrupado à porta da Europa nos intervalos de trabalho do seu dia.
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Thursday, April 15, 2010
Verdade absoluta #76
(@ my twitter)
gui
"Thirst"
Um ano.
Há um ano que estava à espera deste filme.
Sucessivos adiamentos na data de estreia.
Mais um mês, mais dois. Mais quatro.
Quando a data parou de mudar, era 15 de Abril.
Depois vi um concurso para ir à ante-estreia. Concorri. Ganhei.
Esperei tanto pelo filme e falei tanto do filme que me disseram imediatamente:
"merecias ganhar esse bilhete". Pois merecia.
Tinha o filme sacado e estacionado aqui no desktop há meses. E nunca sequer fiz duplo-click naquela porra. Queria vê-lo no grande ecrã.
É o meu realizador preferido. Park Chan Wook para quem desconhece.
Ninguém filma como ele. Ninguém escreve como ele. E ninguém conta histórias como ele. Acredito que para muitos ele seja "fora", "exagerado" ou "doente". E é.
Passa de uma cena de brutal violência para uma piada com uma subtileza, uma calma e uma naturalidade que não sabemos o que fazer. Passa de uma piada para um gesto brutalmente romântico com a mesma falta de pressa e não sabemos como reagir.
Depois de "I'm A Cyborg, But It's Ok" percebi que ele sabia contar histórias de amor. Mas que tinham de ser no seu estilo comicamente non-sense. Esse filme é uma história de amor sobre duas pessoas internadas numa manicómio. Uma rapariga que acha que é um cyborg que se apaixona por um rapaz que julga que consegue roubar partes da alma das outras pessoas. Percebem o que quero dizer? É lindo, calmo, romântico e estranhamente familiar.
Em "Thirst" as coisas ficam mais maduras. Há menos comédia. Mas há. Há menos infantilidade. Mas há. Há menos cores berrantes e brincadeiras alegres. Mas há.
"Thrist" é uma metáfora das relações em que as pessoas se "consomem". Se "sugam". Se "matam". Sobre as relações auto-destrutivas entre pessoas que se amam profundamente, que se sentem estupidamente atraídas uma pela outra... mas que quando se aproximam, se magoam. Por muito boas intenções que tenham.
Valeu a espera?
Os adiamentos?
O ano?
Valeu.
Picado vs "Confronto de Titãs"
“Confronto de Titãs” – …uma novela da TVI, versão Hollywood
CONTRA PICADO/GF – A sensação que eu tive ao ver este filme foi a mesma de estar amarrado com cordas a uma frigideira de paelha quente, que desce a 300km/h pela entrada de um vulcão activo, enquanto três gorilas me operam com talheres de plástico para me mudarem o sexo. E pronto, lá temos de engolir em seco mais um remake de um filme antigo. Sabem o que é Hollywood? Um daqueles gajos que insiste em comer as ex-namoradas anos depois e acaba por perceber que está tudo na mesma. O que já era mau, ou muda de mãos ou continua mau. Não é com efeitos especiais renovados que se recompõe uma relação. Se ela já era feia e incompetente, pintá-la com mais maquilhagem só a faz parecer mais desesperada. E oferecida. Ainda por cima, se era para escolherem um filme de 1981, escolhessem um que tivesse feito mais de 3 dólares e 7 pipocas de lucro. Porque não um remake do “Raiders of the Lost Arc”? O Spielberg podia substituir a arca por um iPad – todas as pessoas que olhassem quando aquilo ligasse, morriam. Ou porque não um remake do “Superman 2” mas em que o Lex Luthor não tem como objectivo ficar com a Austrália mas sim o petróleo no Iraque? Não acham que resultava e era actual?
O realizador, Louis-não-façam-piadas-caninas-com-o-meu-apelido-Leterrier realizou há cerca de 2 anos “The Incredible Hulk”, uma história sobre um ex-Super Dragão em recuperação que às vezes ainda não consegue controlar a sua raiva. Depois pensou “Já fiz um filme sobre uma coisa grande que parte tudo. E agora, se ela fosse nascida na Grécia?” “Confronto de Titãs” é a história de Perseus, um semi-deus filho de Zeus, que se quer vingar de lhe terem morto toda a família mortal, indo matar um ou dois deuses no Olimpo. Nada como resolver os problemas à americana, hein? E se pelo meio aparecer um decote acessível, temos filme! No seu fundo, “Confronto de Titãs” é apenas uma novela da TVI em versão reduzida: tem a história de uma família disfuncional em que alguém quer matar alguém, há muito pouco talento representativo e estimula tanto o intelecto como tirar macacos do nariz. O único “confronto” que existiu durante o filme foi entre a minha vontade de cortar o pulso esquerdo e a minha vontade de cortar o pulso direito. Têm de ver o filme para saberem qual ganha.
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Wednesday, April 14, 2010
Livros de Reclamações com 500 queixas diárias em 2009
“Quinhentas? Não pode ser. Este resultado tem de estar errado. Manda para trás” disse Osvaldo Caeiro, o homem que encomendou o resultado. Quando lhe explicaram que era a soma de todas as queixas recolhidas de todos os Livros de Reclamações e que não podia estar errado, Osvaldo ficou em silêncio 4 segundos e depois comentou “mas quem é que encomendou este resultado? Vocês também não têm cabeça.” É largamente discutível se os portugueses refilam porque lhes estar no sangue ou se de facto têm razões para refilar, mas as razões para o fazerem são muitas, variadas e inventivas. De entre as queixas mais populares estão “é demasiado barulhento”, “o serviço é péssimo” e “porque sim!” A “queixa” é tão comum em Portugal que se está a pensar aplicar o sistema de Livro de Reclamações não apenas em estabelecimentos comerciais. “O objectivo é passarmos dos cafés, restaurantes e lojas para as pessoas, as instituições e até as relações. Quem é que não gostava que a mulher ou a sogra tivessem um livro de reclamações só delas?” O sistema já foi experimentado e até agora 7 casamentos, 3 namoros e 1 amizade colorida foram “fechadas por falta de condições”.
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Lockdown
- Robert Chase (House 6.16)
Tuesday, April 13, 2010
"Confiança" : um truque da mente
The reality of the situation is that while it's important to have some sense of distinction between an 'image' we project socially and how we behave away from company or with closer friends, no one aspect of us is any more real than any other. We're multi-faceted glittering disco balls, bouncing light in all directions, and life is a great big bloody disco. Or something. (...)
Essentially, what this comes down to is the importance of social skills. Making a point of being flattering or charming to people isn't being insincere. Perhaps it is if you are being asked for your honest opinion wich is, in fact, far from positive, but even then there are ways of giving feedback which are effective and encouraging. A lack of these important social skills is normally a symptom of lack of confidence, which leads us to the goods news. Confidence can be faked. It's not real.
I don't think (and certainly it's helpful to not think) that 'confidence' really exists any more than 'motivation' really exists. If you feel you're under-motivated, consider this: the word is used only by people who say they don't have it. People who are 'motivated' rarely use such a term to describe themselves. They just get on with the task at hand. 'Lack of motivation' is an excuse: it's giving a name to not just getting the job done. Forget motivation; just get used to doing things straight away. With confidence, the situation is similar. Firstly, you must realise that confidence doesn't exist as an objective fact. A person in isolation isn't inherently confident or unconfident; we become those things only when we start interacting. Equally, there is no difference worth speaking of between a person who is 'really' confident in a situation and a person who is just behaving so. So we can usefully see confidence as just behaviours and tricks that make us appear in a certain way. Why might we want to appear as confident people? Because in the right measure, it's an enormously attractive quality. And it can make us feel very good. To much, of course, or too little can be exhausting. The moment someone naturally makes a good impression socially, it's an enormous relief for everyone he or she meets. When you are introduced to someone, don't you immediately decide how much you like them? How enjoyable they are to talk to? If they seem charming and engaging, it's a pleasant relief. It's not insincere, or superficial, it just makes them pleasant to be around."
Derren Brown no livro "Tricks of The Mind"
Monday, April 12, 2010
ÚLTIMA HORA: Exames a Pedro Passos Coelho revelam doping
Depois de um discurso de uma hora, grande parte de improviso, alguns militantes presentes desconfiaram e chamaram técnicos para a despistagem. Os mesmos técnicos que provaram os casos de Nuno Assis no Benfica, de Nuno Ribeiro no ciclismo e de João Baião na RTP, analisaram o discurso de Pedro Passos Coelho e o resultado foi positivo. “Pedimos-lhe para discursar um bocadinho para um copo de plástico e ele assentiu. Examinámos o palavreado e encontrámos vestígios de Estanozolol, um anabolizante à base de Marcelo Rebelo de Sousa.” Pedro Passos Coelho revelou-se surpreendido pelo resultado e culpa agora os seus assessores. “Eu não ingeri nada. Se acusou alguma coisa, foi porque me injectaram ontem sem eu saber enquanto eu ditava o discurso.” Passos Coelho terá agora de pagar uma pesada coima antes de poder continuar a liderar o partido: 3500 euros e a obrigação de adicionar Aguiar Branco no MSN.
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Thursday, April 08, 2010
Picado vs John Travolta
“De Paris Com Amor” – … do cinema com diarreia
CONTRA PICADO/GF – A sensação que eu tive ao ver este filme foi a mesma de estar a ser circuncidado com uma moto serra ferrugenta, pelas mãos da Carolina Patrocínio enquanto ela apresenta o XXS e o Pedro Miguel Ramos me canta o “Mein Kampf” como se fosse um fado corridinho. Muito se tem falado sobre violação em Portugal. Tudo começou com os seminaristas espalhados pelas catequeses deste país, passou pelo Violador de Telheiras e ainda dura com o Sócrates e a comunicação social. E como se não bastasse este clima de sodomia inesperada e exacerbada, o cinema sofre assim a sua própria “entrada forçada”. Que os americanos façam cinema de acção no seu país, óptimo. Eu não sou contra nada que as pessoas façam nas suas próprias casas, mesmo que envolva animais ou “grilinhos” da EMEL. Agora, irem conspurcar a cidade eterna, a cidade do amor, a capital mundial do cinema… com uma estopada de acção? Paris é uma cidade que cheira a amor, a arte e a cultura. Depois de lá passar John-eu-ainda-volto-a-dançar-Travolta só pode cheirar a enxofre, traque e a gel de cabelo.
Eu gostava que os actores fossem como os Iogurtes. Que tivessem prazo de validade. E que quando fossem consumidos depois desse mesmo prazo, que provocassem caganeira nos espectadores que os fossem ver. E não me tomem por bruto. Desejar um ataque de diarreia a quem vai ver este filme é ansiar que esteja metade do filme na casa de banho, o que só por si, é uma boa acção. O realizador, Pierre-a-ver-se-me-dão-a-cidadania-americana-Morel, depois de ter feito um filme chamado “Taken: Levado”, infelizmente parece não levar a sério os títulos dos seus filmes. Nem ele desapareceu, nem este filme traz amor algum de Paris. Tenho pena, raiva e pequenos vómitos descontrolados de ver a minha cidade de eleição a ser consumida pelos americanos. Já imagino os caracóis a serem transformados em pequenos hambúrgueres com queijo. As boinas a serem transformadas em bonés. O queijo a aparecer com recheio de manteiga de amendoim. As mulheres a inflamarem na zona do peito. E a torre Eiffel a ser transformada numa discoteca gerida pela Paris Hilton. Entristece-me. Quase tanto como saber que vocês vão pagar para ver isto. E que vão estar bem da flora intestinal no fim.
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Wednesday, April 07, 2010
70 pessoas já mudaram de sexo em Portugal
Desde o ano de 2005 em Portugal, 70 pessoas acabaram ou estão em vias de acabar o processo cirúrgico e burocrático que é mudar de sexo. Ao mesmo tempo, 70 famílias acabaram ou estão em vias de acabar o processo cirúrgico e burocrático que é “arranjar desculpas para não se passar o Natal em família”. Das previstas, mais de 40 das operações são de passagem do sexo feminino para o masculino, 15 do masculino para o feminino e 7 do masculino/feminino para “o que se arranjar, doutor”. O caso mais grave é no entanto de Maria João Costa um indivíduo Algarvio que acordou um dia e desconfia que lhe mudaram o sexo enquanto dormia. “Eu bem que uso espelhos e peço ajuda a amigos, mas ninguém me consegue dizer se estou igual ou me mudaram enquanto dormia. O que é que eu faço? Gasto o dinheiro em Manicura ou em Bares de Strip?”. Mas apesar da fama de conservador, Portugal não é um país estranho a mudanças de género. Desde a deputada Zita Seabra ao treinador de futebol Jesualdo Ferreira, são vários os casos de “indecisos” que procuram descobrir em que “sexo” estão à vontade.
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Tuesday, April 06, 2010
Sporting divulga lista das pessoas que não vão treinar o clube o ano que vem
Num documento, em papel reciclado, de 2583 páginas escritas em word, Arial tamanho de letra 8, o Sporting Clube de Portugal lista o nome de todos os portugueses e estrangeiros que não irão estar no comando técnico da equipa. “Estão aqui, com segurança, o nome de todos os humanos não comatosos e plenos das suas capacidades intelectuais e físicas, que não ocuparão o lugar. Essa lista demorou-nos cerca de 3 meses a fazer. Tem sido um trabalho árduo mas é preciso começar por algum lado” revelou Bettencourt, enquanto recebia uma sms de Gordon Brown a dizer que “Não vai dar. Abraço.” A vasta lista tem nomes óbvios como Amália Rodrigues ou Andrea Bocelli mas também ostenta nomes bastante inesperados, como Santana Lopes, que revelou ter o cargo de treinador de Sporting como “o único que não lhe interessa nem um bocadinho”. O Sporting adverte todos os portugueses que não se encontrem na lista para “por favor, contactarem o clube o mais depressa até ao verão. Obrigado.” Quando questionado quem seria então o treinador esperado para o ano que vem no Sporting, Bettencourt apenas revelou que “essa lista ainda não está acabada. Há escolas primárias que ainda não visitamos.”
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Monday, April 05, 2010
Ovos da Páscoa apresentam queixa na Polícia por abusos físicos
PAPADOS/GF – O dia de Páscoa ficou ontem marcado pela vinda a público das centenas de queixas de abusos físicos que durante anos os Ovos da Páscoa têm vindo a apresentar na Polícia um pouco por todo o mundo.
Depois das dezenas de crianças que se queixaram de serem abusadas por Padres, o escândalo chega agora ao mundo dos doces. “Por favor não nos tratem por Doces. Era como eles nos chamavam durante o acto” disse um Ovo Kinder com uma dentada solitária no seu lombo. Naquilo que descrevem como “abusos repetidos durante anos às claras da sociedade”, estes ovos de Páscoa pedem agora justiça. “Somos comidos, com regularidade, há anos. Sem descanso. E ninguém diz nada. Ninguém faz nada. Somos comercializados e papados sem remorso por famílias inteiras. Chega.” disse o mesmo Ovo antes de descrever as festas em que, aparentemente, grupos de católicos os comiam em grupo, nas suas casas. Os Ovos descreveram ainda jogos sexuais perversos em que os adultos os escondiam pela casa para as crianças os “procurarem e comerem”. Naquele que parece ser o escândalo sexual da década, os Ovos da Páscoa juntam-se assim aos “Papos de Anjos” e às “Barriguinhas de Freira” na luta pela justiça contra estes católicos abusadores.
Sunday, April 04, 2010
Página de um "Diário"
As que simplesmente nos fogem das mãos, têm vida própria e não nos obedecem de forma alguma.
É frustrante. Cansativo. Triste até.
E se uma coisa é não controlarmos pessoas ou acontecimentos. Outra é não controlarmos emoções. E não estou a falar das nossas. Isso seria fácil. Estou a falar das dos outros.
Eu não sei, não percebo, se ela está apaixonada por mim. E queria tanto que estivesse. Mas a verdade é que não funciona como um botão. Não bato uma palma e acendo uma luz. Ou acontece, ou não acontece.
Acho que a maneira mais “fácil” de lidar com o “afecto” do outro é sendo “frio”. Pensem comigo. Se um homem é frio, cabrão, distante, prático, não espera nada do outro lado. Se levar um chuto no cu, levou. Se a outra pessoa se apaixonar, é bónus. E ainda por cima, ser-se distante torna-nos “difíceis”. Quem dá luta, dá pica. Quem dá pica, é provável que nos faça sentir qualquer coisa.
Mas não consigo adoptar esta postura. Não sou assim.
Ela não está aos saltos. Não está excitada. Energética. Não lhe apetece gritar aos 4 cantos do mundo que gosta de mim. Não está apaixonada. Ontem foi fria e distante comigo e passámos horas ao telefone a falar disso. Ela diz que às vezes tem de se lembrar porque gosta de mim. Mas que se eu fosse “outro” que “já tinha ido”.
O meu primeiro instinto foi saltar do barco. Porquê lutar? Se tenho de partir pedra, porquê estar aqui? Se ela não vai nunca apaixonar-se por mim, se apenas tenho uma “mira na testa” e estou à espera de levar um balázio, porque não fujo? Não foi ela que me avisou que me ia magoar?
Mas eu gosto muito dela. É complicada. Difícil. Diferente. Mas eu sabia disso quando a conheci. Porra, quando a pedi em namoro tive de a “convencer”. Eu sabia que ia passar por isto. Que ia ter de partir pedra. Só não julguei que seria um bloco de mármore tão grande. Milhares de coisas me passam pela cabeça e penso o que terei de fazer, mudar, tentar, dizer, fazer para que as coisas mudem.
Porque é que ela não se apaixona por mim?
Porquê? Porque sou fácil. Tudo foi. Primeiro, tudo aconteceu depressa demais no início. Não houve luta. Não houve nada. Houve “calma” e “conforto” e isso é bom, mas não mexe connosco. O que sentíamos foi adormecendo e não foi preciso “espicaçar a lareira”. Ela estava “quentinha”. E agora tenho medo que tenha morrido.
Se eu quero que as coisas resultem com ela, vou ter de trazer acendalhas. Ela disse que “às vezes tem vontade de me abanar e de me dizer para acordar”. Não era a mim que ela queria dizer. Era a nós. Saltamos degraus. Passámos de um estado de nos “conhecermos com gosto” para um estado de “parecemos namorados de há anos”. Não houve “início de namoro” e se não houve “é natural que tenhamos saltado a paixão”.
Será tarde demais? Eu não acho. Se for, que seja, mas não quero saltar. Quero lutar. Mas preciso de sinais. Preciso de força. Não quero atirar barro à parede e ver se cola. Não quer ter um temporizador a dizer-me quantos minutos ainda estão a contar. Às vezes sinto-me tão sozinho. Tão distante.
É suposto começar a avaliar se vale a pena? É suposto estar triste? É suposto estar mole? Não consigo perceber o que tenho de fazer para ficar com ela. E quanto mais penso nisso, mais percebo que passa por não pensar.
Acho que sinto isto porque estamos distantes. Porque não a sinto “aqui”. Funciono por amuo. O que não tenho penso como viver sem. O que tenho, faço os impossíveis por ficar com. Seria tão fácil simplesmente acabar com tudo. Por um ponto final. Dizer “foi bom” e saltar para o dia seguinte. Mas não me quero arrepender do que faço, quero arrepender-me do que não faço.
Desde a minha primeira paixão em pequeno que tive a noção que ia sofrer muito. Há pessoas que nascem para serem felizes em relações. Que são boas nisso. Há outras que nascem para irem aproveitando o que podem. E se conseguirem, serem felizes quando der. Se há coisa que durante a vida temos de fazer com o que nos passa pelas mãos, é sabe tirar delas o que de bom ela nos têm para dar.
Quando já não tiverem, valeu a pena.
Vou ter calma. Respirar fundo. Erguer o queixo e olhar a besta nos olhos.
Sabem como sobrevivem a um ataque de um leão? Quando ele já está a correr na vossa direcção, correm na dele. A gritar. A esbracejar. Ele quebra o ataque e foge.
Eu estou pronto para correr…
...e tu?
Diogo Ávila - 4 de Março, 16h, casa do meu pai"
Como lidar com um problema
- Rikki Simms (Stark Raving Mad)
Thursday, April 01, 2010
ÚLTIMA HORA: O Indesmentível publica notícia verdadeira para comemorar dia 1 de Abril
Sem qualquer respeito pelo bom senso e pela integridade do espaço o jornal online satírico O Indesmentível aproveitou a “brincadeirinha” do dia para lançar o pânico. Fazendo lembrar o caos causado pela versão radiofónica da “Guerra dos Mundos” nos anos 30, O Indesmentível deixou centenas de pessoas “trocadas e assustadas com a sua própria realidade”. “É que parecia mesmo uma das graçolas que eles lá metem. Se afinal é mesmo verdade a notícia do Autarca do FarmVille, o que é que isso quer dizer sobre a realidade? Será que nós somos todos já… uma piada? Dói-me a cabeça.” disse Arlindo Gomes, um internauta que lê O Indesmentível porque tem a página como home page e não sabe tirar. O Indesmentível não publicou qualquer comunicado oficial de “perdão” pela “troca” e a situação ainda piorou substancialmente quando o repórter que escreve neste momento percebeu que esta mesma notícia também é verdadeira.
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Picado vs terror Americano
“The Crazies – Desconfia Dos Teus Vizinhos” – …ou então só deste filme
CONTRA PICADO/GF – A sensação que eu tive ao ver este filme foi a mesma de estar pregado, com pregos ferrugentos, ao tampo da mesa de entrevistas da Judite de Sousa enquanto a minha pele é consumida lentamente por ácido sulfúrico e pior… ouço o Pinto da Costa a falar durante uma hora sem parar sobre futebol. Adoro a noção que os americanos têm de terror. São sempre pessoas estranhas que se babam e que correm atrás de raparigas mamalhudas. Isso não é terror. É uma saída ao sábado para a discoteca “Jamaica”. Ou são pessoas putrefactas que querem comer cérebros. Ou famílias doentes que querem matar toda os visitantes da sua aldeia. Ou vírus mortais que dizima a população de cidades inteiras. Ou uma catástrofe natural que manda monumentos reconhecíveis por “àgua a baixo”. Terror não é nada disso. O que mete medo é olhar para o bilhete e ver “101 minutos” na duração disto. E ter pago o bilhete.
“Desconfia Dos Teus Vizinhos” é mais uma estopada de terror americano em que, preparem-se para a surpresa narrativa, todos enlouquecem e começam a chacinar pessoas à parva. Isto só tem piada no sentido em que foi o que desejei que acontecesse durante o Congresso do PSD há uns dias. Quando envolve americanos a morrerem para mim não é “terror”. É “pornografia”. Eu gosto tanto de ver que não me responsabilizo pelas reacções físicas que o meu corpo possa ter às imagens. O objectivo é o espectador ter medo dos seus vizinhos? Eu já tenho, obrigado. Não só moro na Damaia como vivo num país que deu um segundo mandato a José Sócrates. Que dá mais importância aos pés do avançado do Benfica que ao fecho dos seus Centros de Saúde. Que compra mais cd’s dos D’ZRT do que dos Ornatos Violeta. Que bebe mais Carlsberg que “ginginha”. Que veste mais Zara que Feira da Ladra. Que come mais Sundaes que sardinhas assadas. Que vê mais novelas do que filmes na cinemateca. Eu não preciso de ter medo dos meus vizinhos. Eu ouço-os aos sábados de manhã a irem à casa-de-banho.
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