“NÃO SOPRES!”/GF – Depois dos abalos em Portugal, Haiti, Japão, Argentina, Chile e plantel do Sporting Clube de Portugal, diversos construtores de castelos de cartas demonstraram o seu descontentamento perante tanta dificuldade em empilhar “nem que sejam 2 andares, pá”.
O profissional na engenharia de edifícios em cartas Filipe Silva da Cunha, nome fictício porque prefere ficar anónimo a que a mãe descubra que não trabalha na Loja do Cidadão das Laranjeiras, foi o porta-voz desta revolta. “Há uns anos nem vento, nem abanos de terra, nem sequer crianças irrequietas sem supervisão dos pais… Era uma honra e um prazer ser construtor de castelos de cartas. Agora? Não consigo nem chegar às 13 cartas de pé sem que uma réplica no Chile ou um tsunami no Hawai me mande a estrutura a baixo! Eu não estudei engenharia 14 anos e um semestre para isto!”. Vários praticantes da modalidade estão mesmo a pensar processar a mãe natureza para conseguir que a sua actividade possa continuar. “Não estamos sozinhos. Há centenas de jogadores de Mikado e Jenga que estão connosco”. Filipe Silva da Cunha terminou dizendo que não serão estes abalos que destruirão o seu sonho de ver, um dia, a construção de castelos de cartas chegar a desporto olímpico.
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Monday, March 01, 2010
Terramotos sucessivos fazem construtores de castelos de cartas viver momentos difíceis
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