Thursday, March 18, 2010
Picado vs Solomon Kane
“Solomon Kane” – … ou “como dar trabalho a emprateleirados esquecidos”
CONTRA PICADO/GF – A sensação que eu tive ao ver este filme foi a mesma de estar amarrado ao poste esquerdo da baliza do estádio da luz, de cabeça para baixo, enquanto todos os presentes no congresso do PSD tentam marcar penaltis, falham e me acertam no escroto. Tudo isto enquanto o público no estádio canta o novo hit da Lady Gaga em uníssono. No cinema americano, tal como no futebol e na política, tem-se a mania de falar das “equipas”, de “como são elas quem move o barco”. “Barco” esse que no futebol costuma “afundar” e na política “boiar”. No cinema, apenas “deriva”. Quando, ao ouvir falar deste filme, vi Hollywood ficar em silêncio em relação aos “bastidores” fiquei em alerta. É que Hollywood só fica calada quando quer esconder alguma coisa ou quando pôs botox nos lábios. Sabem aqueles namorado(as) que tiveram no vosso passado e que tiveram vergonha que os vossos amigos soubessem? Ou porque tinham uns quilinhos a mais, ou porque eram mais velhos, mais ricos, etc? É exactamente o que Hollywood sente com este filme. O actor principal fez 50 filmes e nenhum teve mais de 20 espectadores. O realizador só fez 3 filmes na vida inteira. O argumentista… não existe, é o realizador. Ou seja “Solomon Kane” é nada mais, nada menos, que o subsídio de desemprego de Hollywood.
Este pessoal estava em casa a escrever auto-biografias para dar como brindes de cereais de pequeno-almoço quando teve aqui uma hipótese de ser reconhecido na rua. E agarraram-na como um administrador da PT agarra um prémio de desempenho. Este filme é exactamente como aqueles jogos de futebol de caridade em que jogadores esquecidos ou nunca reconhecidos vão ser aplaudidos e mostrar os 80 quilos a mais. É um espectáculo degradante. Até porque podiam ter arranjado uma melhor desculpa de história. Um mercenário do Séc. XVI que tem de dar pancada no diabo para se redimir do seu passado? No fundo, isto não é mais que o “Mercador de Veneza” misturado com o “Exterminador Implacável”, tendo o Diabo como convidado especial. Atenção, eu sei que muitos de vocês me tomam como um porco chauvinista que precisa de mais sexo. É mentira. Eu não sou porco. Sei, que devem estar a pensar “Quando os filmes têm estrelas famosas, refilas porque são famosas. Este tem desconhecidos e refilas na mesma.” É verdade. Refilo. Apenas e só porque Hollywood ao menos produzia esterco com experiência. Os filmes eram “maus”, mas eram “muito maus”. Pior que uma coisa “má” só uma coisa “mediocremente má”, amigos.
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