Ídolos

Hoje estreia o Ídolos, na SIC.

E porque estou eu a fazer publicidade a tal programa de uma generalista?

Porque concorri? Não.
Porque concorri e ganhei? Não.
Porque sou fã? Q.b.
Porque escrevi os guiões? Ora… nem mais.

Quando me surgiu a oportunidade não a pude deixar fugir.

Escrever o programa de maior audiência da SIC não é algo que um guionista em início de carreira possa negar. Mais que uma experiência, era uma aventura. E mais importante ainda, era um biscate que não implicava que eu cantasse uma única nota.
A mil à hora (escrevi 5 guiões em mês e meio) tive de rever toda a série passada, reunir com quem manda em mim com frequência e desenvolver os programas que vocês vão ver de este domingo em diante. No processo, descobri que tenho uma costela de “desarmador” de bombas. Em contra relógio sou bastante mais eficaz.

A tarefa mais difícil de alcançar foi o tom. Se se lembram dos programas passados, a Cláudia e o João têm uma linguagem específica quando se dirigem ao público do Ídolos. Não é que seja “infantil” mas é simples, directa e "engraçadinha". Ou seja, um tom bastante diferente do meu tipo de humor, escrita ou gosto pessoal. No entanto, a cada pivot (os sketch’s do programa que envolvem o João Manzarra e a Cláudia Vieira a falarem para a câmara) que escrevia, sentia-me mais à vontade e sentia que podia brincar mais com o formato. Foi o que tentei fazer.

Trabalhei, escrevi, reescrevi e, verdade seja dita, estou curioso para ver o produto final.
Hoje estarei em frente à televisão às 21.50h e espero que vocês também.

Não pelas cantorias mas porque, se este programa tiver muitas audiências, pode ser que haja outro para o ano…
Para acabar, desfaço só uns mitos (os que me têm perguntado mais):
- Sim, os cromos, são mesmo cromos de nascença.
- Sim, os júris dizem mesmo o que lhes vai na alma.
- Não, não estive com a Cláudia Vieira ao vivo…