Thursday, March 31, 2011

1 ano de Q

"O que é que queres ser quando fores grande?"

Lembram-se de vos fazerem essa pergunta? Quando era pequeno, perguntavam-me e eu não sabia responder. E quando ouvia as outras crianças a dizerem, batendo o pé com orgulho, que queriam ser A ou B, achava estranho. Eu só queria divertir-me. Rir. Fazer rir. Estar feliz. Sabia lá o que queria ser o resto da vida.

Fui estudando, crescendo, aprendendo e mais velho passei a querer ser desportista. Ou seja, ainda não sabia o que queria ser. Pratiquei 179 desportos diferentes e comecei a imaginar-me a jogar para o resto da vida. Profissionalmente. No Benfica... até que num torneio de volleyball rompi um ligamento do polegar.

Fui para artes. Mas odiava pintar. Até colorir os meus desenhos a carvão me fazia confusão. Gostava das coisas do Leonardo DaVinci, rústicas, com um ar de terem sido feitas à pressa. Com um lápis. Num guardanapo. Do desenho para o cartoon nem sei como fui. Fiz alguns, tive ideias para outros milhares e seguindo um trilho de imagens e histórias, fui para cinema. Foi ao tirar cinema que fui começando a fazer stand-up e foi ao escrever guiões que fui tirando cursos de escrita de humor. Não sabia o que queria ser quando fosse grande mas descobri o que me dava mais prazer fazer na altura.

E com isto, dei uma volta completa. Não cresci mas aprendi. Ainda sou o puto que não sabe o que quer da vida. Que só quer rir, fazer rir e sentir-se feliz. E vou continuar a ser. Se me perguntarem agora o que quero ser quando for grande vou dizer que "não quero ser grande". Quero ser para sempre um puto e hoje em dia posso sê-lo graças ao Q.

O Q faz um ano e é um canal de televisão onde adultos inquietos brincam com o mundo. Onde se vai continuar a desconstruir tudo o que é brinquedo, brincando. O Canal Q faz um ano e o meu orgulho, prazer e gratidão continuam intactos, dia após dia, sempre que abro a porta daquela redacção.

Sou exactamente aquilo que (não) quis ser quando fosse grande.
E sou porque não quero crescer.

Wednesday, March 30, 2011

"Não, Não & Não" #1

Aqui está ele.
O primeiríssimo de muitos.
Chama-se "Não, Não & Não" é pequenino e é muito parecido com o pai. Ou pais, aliás.

Podem acompanhar esta saga de 3 novos humorístas, todas as terças-feiras, no Canal Q, pelas 22.30h.
É uma sitcom com sketch's. Ou um programa de sketch's com momentos de bastidores.
Não sabemos bem mas a beleza da coisa está aí. Em não se saber.

Agora vejam e fiquem a saber.

Tuesday, March 29, 2011

"Não, Não & Não"

Estamos a minutos de estrear o meu novo projecto no Canal Q.

Chama-se "Não, Não & Não" e é, basicamente, um programa de sketch's com momentos de bastidores.
Eu, Pedro Diogo e Daniel Leitão somos três novos humoristas, três novas apostas que são postas ao molho num novo programa de humor. Não nos conhecemos, não vamos bem com a cara uns dos outros mas temos de nos aguentar, se queremos chegar a algum lado no mundo da comédia.

Todas as semanas acompanhem novos 20 minutos.
Se não gostarem dos sketch's, acompanhem a luta por um lugar no mundo da comédia.
Se não gostarem do lado sitcom, apreciem os sketch's.
Se não gostarem de nada, ponham no canal e saiam da sala. Assim vocês não vêem e eu fico com as audiências. Boa?

Eis a primeira pomo.
Futre a Primeiro-Ministro.

Friday, March 25, 2011

O caso do Josué Caraça

(Tudo o que vocês vão ler é verdade. Juro pela alminha da jornalista envolvida.)

Estando a trabalhar no Inimigo Público Tv e a escrever para o Indesmentível a minha capacidade e discernimento de lidar com a linha entre a ficção e a realidade está a morrer lentamente. O meu trabalho é simples. Pego em factos, situações noticiadas e dou-lhes um ângulo cómico. É para isso que me pagam e é isso que me dá erecções intelectuais. Para já, só intelectuais, sim.

Mas diariamente vemos casos em que a realidade, de facto, supera a ficção. Coisas, palavras, ideias, frases, acontecimentos, decisões que de tão loucas e "fora", nos fazem duvidar se são verdade ou ficção. É uma profissão ingrata esta que tenho. Trabalho 10 a 12 horas por dia a escrever e gravar disparates para depois, um Paulo Futre em 6 minutos - e sem querer - ser muito melhor do que eu.

Mas se acontece um telejornal sério fazer um disparate cómico - tipo, sei lá, achar que o IVA de um carro e não de um desporto é que vai descer - o inverso também acontece. E isso ainda assusta mais. O erro resvalar do sério para o engraçado é simples e fácil de acontecer. Basta um estagiário que escolha mal a imagem de um GOLF. Ou um ex-jogador snifar mais uma linha. Passar do cómico para o sério é que é mais difícil. Achava eu.

Levar-se uma coisa cómica a sério é muito mais perigoso e sério do que levar-se algo a séria a brincar. E aconteceu-me. Indirectamente. E felizmente - sempre dá para rir. Eu explico. Há uns meses soube-se que alunos universitários estão desde o verão à espera do dinheiro das bolsas de estudo que ganharam. Então, para o Indesmentível, escrevi uma notícia sobre Josué Caraça, um idoso de 80 anos que recebe o valor de uma bolsa de estudo com 60 anos de atraso. Chama-se comédia e este exemplo emprega algo chamado "exagero".

Ontem, uma jornalista de um canal generalista, produtora num programa da manhã, apresentado por uma senhora que tem decibéis de uma claque de futebol, descobriu o texto. Será que se riu com ele? Que achou a pandega que fiz à actualidade cómica e jovial? Não.

Pediu o contacto do Josué para o levar ao programa da senhora dos decibéis.
É assustador que alguém leia o texto e o ache real. Quer dizer que a pessoa interessada no contacto não tem, nunca teve e nunca terá, sentido de humor. E isso, no fundo entristece-me. Não porque haja uma data de piadas das quais ela não andará a rir a "bandeiras despregadas" mas porque é menos público que eu, como humorista, tenho para o meu trabalho. Pelos menos para rir e não para o levar a sério.

Leiam a notícia em questão e digam-me se não era de levar um velhote (um actor pago e muito bom) ao programa para reivindicar o dinheiro do cheque-bebé que lhe estão a dever desde o terramoto de 1755.

Idoso de 83 anos recebe bolsa de estudo com 60 anos de atraso

Já se riram dos meus disparates antes.
Levarem-nos a sério, nunca tinha acontecido.

ÚLTIMA HORA: Paulo Futre concorrerá a cargo de Primeiro-Ministro de Portugal

Ó SÓCIO/GF – Depois da sua apresentação na conferência de imprensa da candidatura de Dias Ferreira ao Sporting se ter espalhado na internet como um par de seios de uma celebridade, tudo indica que Paulo Futre concorrerá às eleições antecipadas para liderar o Governo Português. Segundo fonte próxima do ex-jogador, a ideia partiu do próprio Dias Ferreira.
“Não é que eu não o queria na minha candidatura ao Sporting… mas acho que ele no outro dia falou tão (Dias Ferreira deu um longo golo de água) bem que deveria voar mais alto, percebem?” disse Dias Ferreira enquanto cancelava chamadas de Paulo Futre. O ex-jogador deverá assim estar presente no boletim de voto nas próximas eleições ao lado de Sócrates e Passos Coelho. Quando interrogado sobre a sua candidatura, Paulo Futre apenas disse que queria “Um ministério Chinês. Porquê? Porque se tivermos um Ministério Chinês vai vir charters, todas as semanas, de 400 ou 500 assessores. Temos que ir buscar sponsors.” disse fazendo gestos com as mãos que pararam 3 táxis inadvertidamente. Futre depois estalou os dedos e acabou dizendo “Jornalista? Por favor. Peço-vos por favor porque senão paro. Estou concentradíssimo.” e ninguém percebeu porquê.



As seen on O Indesmentível.

Wednesday, March 23, 2011

12% dos portugueses já adormeceu ao volante

SIESTA/GF – Cerca de 12% dos portugueses já adormeceu ao volante o que representa um em cada cinco acidentes rodoviários do nosso país. Parece que é comum os médicos aconselharem cerca de 7 a 9 horas de sono por dia, pelos vistos esquecem-se é de pedir para que essas horas sejam dormidas numa cama.
“A culpa é das rádios, caraças. Eu durmo bem, não tenho problemas de apneia e bebo 17 cafés por dia mas quando ponho na RFM e começa o Oceano Pacífico não consigo ficar acordado. Esbarro logo com a cabeça no volante e já cheguei a levar com o airbag num olho.” disse Cátia Patrício, uma taxista que não sabe desprogramar a RFM do autorádio do seu táxi. A Associação Portuguesa do Sono – onde obviamente se começa a trabalhar todos os dias às 14h – revelou que quem mais adormece ao volante são homens, obesos e com mais de 40 anos de idade. Assim sendo, por motivos de saúde pública, a PSP já está a tratar de retirar a carta de condução ao Paulo China, ao Fernando Mendes e ao José Carlos Malato. No entanto, há muitos portugueses que não só adormecem ao volante como o fazem de propósito. Há mesmo cerca de 57% da população lisboeta e portuense que usa o trânsito para pôr o sono em dia. Fique ainda sabendo que destes 12% de portugueses, 1,43% já adormeceram ao volante mas porque lhes penhoraram a casa e não têm outro sítio onde dormir se não no carro.

As seen on O Indesmentível.

Monday, March 21, 2011

"Isto É O Q?" #25

O que têm bolachinhas, gravidezes e falta de dinheiro em comum?

A Maya, o Unas e o Canal Q.
(Escrevi isto assim para o Correiro da Manhã começar um boato à minha custa).

N'"O Isto É O Q?" desta semana não perca o maravilhoso mundo dos RP's e dos enjoos matinais.
E sem desejos, sim?

Friday, March 18, 2011

ÚLTIMA HORA: ONU aprova ataques ao guarda-roupa de Kadafi

ARMÁRIO/GF – Depois das várias aparições públicas e entrevistas dadas por Kadafi a televisões internacionais, o Conselho de Segurança da ONU aprovou na passada madrugada uma intervenção militar na Líbia, que visa especificamente o guarda-roupa do líder Líbio.
“Este tipo de afronta não pode continuar. Uma coisa é enviar caças para bombardear a população revoltada. Isso sabemos respeitar já que é claramente um costume africano. Agora, Kadafi aparecer vestido com um lençol castanho pelo ombro e de óculos escuros à aviador, é uma falta de senso comum. Tem de acabar.” disse o secretário geral Ban Ki-Moon, enquanto tentava descobrir na net se não se escrevia antes “Gaddafi”. A resolução – aprovada até por países como o Brasil, que de roupa percebem pouco – visa um ataque preciso e imediato a todos os armários, guarda-fatos e malas de viagem de Kadafi, a dois tempos. O primeiro ataque será verbal, com vários comediantes, humoristas e cartoonistas a escarnecer e satirizar Kadafi e a sua indumentária. Se Kadafi não ceder, a segunda vaga será um ataque armado em que o plano consistirá num bombardeamento intenso na roupa do ditador, seguindo toda a informação que agentes infiltrados como empregadas domésticas estão a fornecer. No máximo até Maio, a ONU já disse que deseja ver Kadafi a dar entrevistas de t-shirt, calças de ganga e All Stars.



As seen on O Indesmentível.

Picado vs "Eu Sou O Número Quatro"

“Eu Sou O Número 4″ – …por isso tire uma senha e espere sentado

CONTRA PICADO/GF – A sensação que eu tive ao ver este filme foi a mesma de estar a engolir shot’s de diarreia do José Sócrates depois deste ter acabado de correr uma maratona inteira pela Ponte 25 de Abril, isto enquanto sou lapidado pelos 230 deputados, que me atiram versões do PEC – algumas ainda por divulgar – contra várias partes do corpo, todas elas tatuadas com os nomes de todos os patrões portugueses que aceitam e praticam estágios não remunerados. Ninguém gosta se ser um número. Na Segurança Social somos um de registo e outro pela dívida. No Talho somos uma senha, que espera entre uma idosa indecisa e um cliente com um sotaque imperceptível. No telemóvel de uma rapariga bonita que teve pena de nós somos outro, mas apenas mais um. E que nunca voltará a ser digitado, por muito que choremos no duche a pensar nela. Passamos a vida a ser um número, uma conta, um dígito, um código para acabarmos confusos, doentes e pobres, numa espécie de sudoku sem linhas ou solução. Andamos a perder a identidade, um Census de cada vez. Sim, porque abrir a minha porta de casa a pessoas estranhas de colete reflector, por muita multa que me ameacem, sei que vai acabar com a venda de pichebeque em fascículos.
Podia descorrer sobre a narrativa asquerosa e de QI unitário de “Eu Sou O Número Quatro” mas basta-me dizer que é escrito pela malta que escrevia a série “Smallville”, ou seja, é uma cupsidela de malta que já masca pastilhas descoladas de tampo de mesa de escola secundária. A originalidade presente neste filme é como um elástico para o cabelo no pulso de uma mulher. Já passou rodou tanto que dificilmente estica. E já que querem uma personagem com super poderes, eu deixo aqui uma lista de super poderes que os americanos realmente precisam: saber ler um mapa, comer de boca fechada, comer uma refeição de cada vez, a andar e falar ao mesmo tempo e quem sabe, ficarem de fora dos problemas dos outros. Por muito petróleo, dinheiro ou chineses que tenham. O tipo de super poder que um americano não precisa é, de certeza, telequinésia. Já estão sentados, parados e a mandarem vir até si tudo o que precisam com comandos remotos, telefonemas e imigração mal paga. Mas querem mesmo ver este filme? Força. Aviso apenas que não é mais que a saga “Twilight” e um monte de bd’s do “Super Homem” metidas dentro de uma misturadora, desfeitas e ingeridas com coca-cola quente e sem gás.

As seen On O Indesmentível.

Wednesday, March 16, 2011

Há aproximadamente 100 milhões de relações sexuais por dia

ESTUDO RECENTE/GF – Procriação, masturbação, violação, consumação, coito, f*da, relação sexual, queca, cavalganço, afogar o ganso, esvaziar o saco, dar banho ao cão, trocar o óleo, dividir a peruca, descabelar o croquete ou simplesmente, ter sexo. Não importa que expressão utiliza para definir o acto, fique apenas sabendo que no planeta, a cada 24 horas, há cerca de 100 milhões de relações sexuais.
O estudo demonstra assim que, havendo 100 milhões de relações sexuais por dia num planeta com 6 biliões de habitantes, uma pessoa tem sexo, pelo menos, a cada 60 dias. Fica provado que o sexo por pouco não é como os relatórios de contas das grandes empresas: trimestral. E se acha este número exagerado e difícil de acreditar, saiba que durante uma noite de sono um homem têm em média 9 erecções, independentemente se está a sonhar com a sua parceira, o seu patrão ou a sua parceira com o seu patrão. O Inquérito da Durex – do qual se espera que não tenha qualquer de falha ou buraco – revelou ainda que uma pessoa faz sexo cerca de 103 vezes por ano, 1.98 vezes por semana e 0.28 por dia. Obviamente, destas estatísticas, a mais dolorosa parece ser a das 0,28 relações sexuais por dia porque podemos deixar uma conversa, trabalho ou um filme a meio, mas sexo evitamos.



As seen on O Indesmentível.

Monday, March 14, 2011

"Isto É O Q?" #24

O que dizem os vossos olhos?

Não, a sério.
O que é que eles dizem?

É para saber se há chatice ou não.

Saturday, March 12, 2011

Deputada do PSD engana-se e diz que Sócrates “até tem alguma razão”

OOPS/GF – Ontem à tarde, durante a votação da moção de censura do Bloco de Esquerda, uma deputada do PSD enganou-se e proferiu, em plena conversa, que José Sócrates não era “assim tão parvo” e que “até tinha alguma razão” em “algumas coisas”. O partido ameaçou com um processo disciplinar e a deputada rectificou a sua opinião.
“Eu admito o meu erro, falei cedo demais e peço desculpa por isso. Quando o Primeiro-Ministro José Sócrates disse que os rissóis do almoço tinham bom aspecto eu não pude deixar de concordar mas depois provei-os e já era tarde demais.” disse a deputada do PSD, que não foi identificada porque o dito rissol lhe caiu mal e entretanto teve de se ausentar. O erro da deputada foi rapidamente rectificado com a mesma a dirigir-se a Passos Coelho pedindo desculpa e dizendo que ele não está “assim tão careca como dizem as más línguas”. O engano da deputada poderia ter causado sérias melhorias à imagem do Primeiro-Ministro mas foi corrigido a tempo da moção de censura ser chumbada e de Francisco Louçã acusar o bloco central de se encontrar às escondidas no IBIS pela 866528 vez.



As seen on O Indesmentível.

Friday, March 11, 2011

Benfica apresenta proposta para ter 56 árbitros por jogo

PI-PI/GF – Depois das competições da UEFA experimentarem com relativo sucesso a utilização de 5 árbitros por jogo, o Benfica apresentou esta semana uma proposta sólida para a utilização de 56 árbitros diferentes por jogo, tudo num esforço claro para evitar ouvir Pinto da Costa empregar a palavra “lei” novamente.
“É simples. Nós queremos 56 árbitros diferentes por jogo: um por cada jogador, 3 por treinador, adjuntos e afins, 7 por camarote presidencial e os restantes espalhados por túnel, balneários e urinóis.” disse Rui Costa antes de colocar a 7ª pastilha elástica na boca de seguida. O Benfica defende esta nova arbitragem porque acha que assim será impossível aos seus rivais comprar árbitros, já que o preço dos mesmos aumentaria tanto como o da gasolina. As decisões sobre os temas mais polémicos do jogo seriam assim tomadas por uma maioria in loco. Os árbitros levantariam todos a mão ao mesmo tempo, a favor ou contra a marcação da falta/fora de jogo/cuspidela desnecessária do jogador, sendo que os votos seriam contados por um árbitro colocado no topo do estádio, com um par de binóculos, uma caneta e um bloco de notas. Até ao momento não se sabe a opinião da Liga, EUFA ou FIFA sobre esta proposta mas o Governo português já adiantou que a apoia, já que diminuiria o desemprego do país num total de 4,7%.



As seen on O indesmentivel.

Thursday, March 10, 2011

Picado vs "Época De Bruxas

“Época Das Bruxas” – …uma espécie de saldos da bruxaria

CONTRA PICADO/GF – A sensação que eu tive ao ver este filme foi a mesma de estar fechado numa sauna há 4 dias, alimentado apenas a chocapic – que com leite morno toda a gente que sabe mal -, isto enquanto me depilam todo o corpo através de raspagem usando os dentes da frente do Kahdafi. Tudo isto ouvindo não a música dos “Homens da Luta”, mas depoimentos de energúmenos que encontram e defendem respeito e importância num evento como o Festival da Eurovisão. E pronto. É oficial. Nicolas Cage é o Santana Lopes do cinema. Tem o mesmo penteado seboso, a mesma incompetência e ineficácia em tudo o que se mete e uma insistência hercúlea em aparecer. Como é que o Homem já pisou a Lua, clonou uma ovelha e percebeu o que o Obikwelu diz numa frase, mas ainda não se conseguiu encontrar uma maneira de fazer desaparecer esta praga de sanguessugas profissionais?
Às vezes paro para pensar e acho que o Nicolas Cage não existe. Que é uma invenção da minha pisque. Uma forma animal e básica do meu ID despoletar o meu instinto de sobrevivência. Mas depois ele faz outro filme e eu percebo que por mais cigarros que enrole, ele existe mesmo. Que filme é que falta a este indivíduo fazer? Em que cenário? Em que época? Com que mau cabeleireiro? Já esteve preso numa ilha, treinou feiticeiros, teve a cabeça a arder e viajou no tempo. Só falta um tipo de filme a Nicolas Cage, que infelizmente seria aquele onde a sua prestação seria melhor, mas onde ninguém o quer ver: numa sex tape. A história disto? Eu troco por miúdos. No séc. XIV, um cavaleiro tem de transportar uma rapariga acusada de bruxaria, até um mosteiro onde a vão “curar”, porque segundo a Igreja Católica, ela é a responsável pela peste negra. Ou seja, colocaram a “Joana D’Arc” e o “Senhor dos Anéis” numa batedeira, adicionaram canastrice e milhões de dolares QB e saiu “Época De Bruxas”. Querem ver isto numa sala de cinema? Força. Mas fiquem sabendo que este filme é, sem sombra de dúvida, a coisa mais insignificante dos últimos anos. Mais do que o Freddy Adu foi no Benfica. O Cavaco Silva é para Portugal. Ou a Cinha Jardim é para a cura de doenças terminais.


As seen on O Indesmentível.

Wednesday, March 09, 2011

89% das pessoas festejam o seu aniversário com sexo

ESTUDO RECENTE/GF – Esqueça o bolo, os chapelinhos em bico, os apitos, os confetis, serpentinas, balões, velas, álcool, chocolates, música e até os cheques prenda da FNAC. Segundo um estudo divulgado esta semana, a única coisa que um aniversariante quer no seu aniversário é sexo oral, vaginal ou consensual.
O nosso aniversário é um dia importante que gostamos de celebrar com quem mais gostamos, mas parece que não necessariamente de roupa vestida. 89% dos inquiridos deste estudo confessaram que aquilo que procuram fazer sem falta no seu aniversário é sexo. “Os meus amigos dizem que nunca sabem o que me dar. Que estupidez. O que eu quero é a prenda mais fácil de se dar! E pode ser feita à mão e tudo. Só tenho de evitar que os meus pais venham à festa.” disse Carlos Octávio, enquanto comprava chantili e algemas. Fica assim a saber-se que os normais gestos de amizade que demonstramos no dia de aniversário de um amigo podem não ser bem recebidos. Quando escrever no mural de Facebook dele, lhe telefonar à meia-noite ou organizar um jantar, lembre-se do que poderá estar a interromper. Mais populares ficam as “festas surpresa”, mas agora com uma pequenina variante. Ao invés de se ligar a luz e toda a gente aparecer a gritar, toda a gente aparece e só depois é que se desliga a luz, com toda a gente a gritar. Por isso já sabe, não dê uma festa, faça uma festa.



As seen on O Indesmentível.

Monday, March 07, 2011

"Isto É O Q?" #23

Eu gosto de mamas.
Pronto, gosto.

Mas o Unas não me acha a pessoa indicada para ficar encarregue de tratar delas no Canal Q.
Fiquei a brincar com tampas.
Isto e mais javardice gratuita em mais um episódio do "Isto É O Q?".

Saturday, March 05, 2011

Data de lançamento do iPad 3 atrasada porque o aparelho é facilmente confundido com uma mortalha

THIN TIN/GF – Na semana em que o novo Ipad 2 – 33% mais fino – é apresentado pela Apple, ficou a saber-se que a empresa tem já o Ipad 3 – 97% mais fino – desenvolvido mas que não o porá à venda enquanto houver quem se engane e o enrole com tabaco.
Parece que a próxima versão da tecnologia topo de gama da empresa americana é tão leve, tão fina e tão pequena que está a ser facilmente confundida com mortalhas King Size, cartas de jogar e recibos verdes. “Eu bem que estranhei. Nunca tinha enrolado uma ganza com ligação à net. Mas que aquilo bate, bate.” disse Arnold Levington, um americano que tem dificuldade em dizer que dia da semana é. Ainda em período de experimentação, a nova versão do Ipad está a ser corrigida já que as suas características estão a dar alguns problemas. Além de 98% mais fino, este modelo é ainda 95% mais leve – o que tem resultado em alguns compradores a darem com o seu Ipad a flutuar pela casa – e 99% mais inteligente – o que faz com que seja impossível mentir estando-se na presença do aparelho. No entanto, Steve Jobs já desvalorizou as polémicas dizendo que ele próprio também planeia, daqui a um ano, estar mais leve, fino e com cor de mortalha.



As seen on O Indesmentivel.

Friday, March 04, 2011

Carris vai convergir todas as suas 350 carreiras em apenas uma

À BULA/GF – A transportadora lisboeta “Carris” anunciou esta semana que vai fazer grandes cortes no orçamento e que para isso terá de suprimir todas as 350 carreiras que tem por Lisboa em apenas uma, que não terá condutor, horário ou itinerário. Os utentes terão agora o autocarro à sua disposição, caso saibam onde ele está e o mesmo esteja disponível.
“Agora sim, faz sentido uma pessoa dizer que vai apanhar o autocarro. Dantes não era “o” era “um”. Agora é que está certo.” disse Joel Atónicro, um utente que vai passar a usar o seu passe social apenas para limpar as unhas. “Esta nova medida permite-nos cortar a 100% no pessoal, em material e nos atrasos que vínhamos tendo. Agora, qualquer pessoa que encontre o Autocarro vazio, onde quer que ele esteja, pode conduzi-lo para onde quiser. Só pedimos que meta gasolina, se estiver com a luz ligada.” disse José Manuel Silva Rodrigues, presidente da Carris, enquanto chamava um táxi. A Carris anunciou ainda que vai pedir aos utentes para também eles cortarem cerca de 60% de volume nos head-phones e aumentar em mais de 140% a sua higiene pessoal.

As seen on O Indesmentível.

Thursday, March 03, 2011

Picado vs "Óscares 2011"

“Óscares 2011″ – …o acidente na faixa contrária da auto-estrada

CONTRA PICADO/GF – A sensação que eu tive ao ver os Óscares deste ano foi a mesma de estar a atingir o 17º orgasmo de seguida, sentado na cama da Monica Vitti, ao som de Lou Reed tocado pela orquestra filarmónica de Viena, enquanto cantoras líricas me recitam os “Cahiers Du Cinéma”. A sério. Ver os Óscares este ano deu-me exactamente a mesma sensação de perda de virgindade de quando vi o “Persona” do Bergman pela primeira vez. Imagino que este seja o prazer que um português tem em dia de saldos. Ou de um taxista numa happy hour. É indescritível. Ver aquela gente falhar tão redondamente, faz de mim um indivíduo sádico, mas um indivíduo sádico com uma erecção. A maneira tão bela como um evento milionário se despenhou numa poça de falhanço, desconforto e incompetência devia fazer com que o dia 27 de Fevereiro fosse para sempre feriado. Tudo começou com os apresentadores. Foram deliciosamente maus. É que o texto já era mau. Pegar num texto mau e estragá-lo ainda mais é muito difícil e só pode ser visto em novelas portuguesas.
A cada piada que eu ouvia e ninguém se ria, mais eu batia palmas, saltava no sofá e acordava vizinhos. E até houve tempo para uma homenagem ao La Féria. Sim, porque houve transformismo. Se julgavam que as dietas eram o ponto mais baixo da degradação hollywodesca, não viram este momento. É que se há quem tenha desmaiado ao ver o filme “127 Horas”, na cena em que James Franco corta o próprio braço, deve ter havido quem tenha querido desmaiar no momento em que ele entra na cerimónia vestido de mulher. Ele, por seu lado, pareceu mais à vontade do que com um membro preso debaixo de um calhau. Foi tudo perfeito. Talvez só teria sido melhor se todos tivessem comigo canapés e tivessem apanhado uma desintoxicação alimentar por causa disso. Mas não quero abusar. Não mudava nada. Nenhuma linha ao discursos vazios. Nenhuma fralda ao Kirk Douglas. Nenhuma nota desafinada à Celine Dion. Durante anos vi os Óscares sob o efeito de estupefacientes, álcool e xarope para a tosse, na presença de alguém sóbrio que me impedisse de me matar, caso eu tivesse vontade. Este ano, incrivelmente, não foi preciso. Nem sequer adormeci. Ou vomitei pedaços do jantar na minha própria boca. Terei para sempre esta cerimónia gravada num dvd, não vá precisar de salvar algum suicida, mostrando-lhe que há sempre alguém que merece mais saltar de um prédio e embater violentamente com um sobrolho num passeio.


As seen on O Indesmentível.

Wednesday, March 02, 2011

Ao longo dos séculos o tamanho dos pratos aumentou 66%

ESTUDO RECENTE/GF – Investigadores americanos estudaram centenas de versões da pintura “A Última Ceia” e chegaram à conclusão de que várias coisas têm estado a crescer ao longo dos séculos. São disso exemplo os pratos das refeições, a barba de Jesus e a dívida pública portuguesa.
Segundo o estudo, as várias representações da última refeição de Jesus têm as personagens sempre na mesma posição mas, aparentemente, com diferentes apetites. São Pedro, por exemplo, terá sofrido variados distúrbios alimentares nos Séc.XI e XVI devido a stress no trabalho. Tendo o prato da representação como medidor, percebeu-se que ao longo da história o serviço de mesa aumentou cerca de 66% no diâmetro e 19866254% nas porções. Já as entradas teram aumentado 69% em todo o mundo menos em Espanha, onde lhes chamam “Tapas” e as servem como almoço a turistas ingénuos. Segundo o nutricionista que acompanhou os resultados, com “menos 15% de comida estávamos bem, com menos 40% estavamos magros e com menos 80% teríamos a Catarina Furtado a entrevistar-nos para o programa Príncipes do Nada, na RTP”. Aparentemente a média de um prato do séc XXI é de 66 centímetros quando deveria ser de 33, redução esta que não parece ser apoiada por qualquer praticantes de tiro ao prato. No entanto, a questão gastronómica não é a alteração mais inesperada do estudo. Parece que a partir do séc. XVII, Jesus deixou de pagar a conta.



As seen on O Indesmentível.