“Eu Sou O Número 4″ – …por isso tire uma senha e espere sentado
CONTRA PICADO/GF – A sensação que eu tive ao ver este filme foi a mesma de estar a engolir shot’s de diarreia do José Sócrates depois deste ter acabado de correr uma maratona inteira pela Ponte 25 de Abril, isto enquanto sou lapidado pelos 230 deputados, que me atiram versões do PEC – algumas ainda por divulgar – contra várias partes do corpo, todas elas tatuadas com os nomes de todos os patrões portugueses que aceitam e praticam estágios não remunerados. Ninguém gosta se ser um número. Na Segurança Social somos um de registo e outro pela dívida. No Talho somos uma senha, que espera entre uma idosa indecisa e um cliente com um sotaque imperceptível. No telemóvel de uma rapariga bonita que teve pena de nós somos outro, mas apenas mais um. E que nunca voltará a ser digitado, por muito que choremos no duche a pensar nela. Passamos a vida a ser um número, uma conta, um dígito, um código para acabarmos confusos, doentes e pobres, numa espécie de sudoku sem linhas ou solução. Andamos a perder a identidade, um Census de cada vez. Sim, porque abrir a minha porta de casa a pessoas estranhas de colete reflector, por muita multa que me ameacem, sei que vai acabar com a venda de pichebeque em fascículos.
Podia descorrer sobre a narrativa asquerosa e de QI unitário de “Eu Sou O Número Quatro” mas basta-me dizer que é escrito pela malta que escrevia a série “Smallville”, ou seja, é uma cupsidela de malta que já masca pastilhas descoladas de tampo de mesa de escola secundária. A originalidade presente neste filme é como um elástico para o cabelo no pulso de uma mulher. Já passou rodou tanto que dificilmente estica. E já que querem uma personagem com super poderes, eu deixo aqui uma lista de super poderes que os americanos realmente precisam: saber ler um mapa, comer de boca fechada, comer uma refeição de cada vez, a andar e falar ao mesmo tempo e quem sabe, ficarem de fora dos problemas dos outros. Por muito petróleo, dinheiro ou chineses que tenham. O tipo de super poder que um americano não precisa é, de certeza, telequinésia. Já estão sentados, parados e a mandarem vir até si tudo o que precisam com comandos remotos, telefonemas e imigração mal paga. Mas querem mesmo ver este filme? Força. Aviso apenas que não é mais que a saga “Twilight” e um monte de bd’s do “Super Homem” metidas dentro de uma misturadora, desfeitas e ingeridas com coca-cola quente e sem gás.
As seen On O Indesmentível.
Friday, March 18, 2011
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