12% dos sites existentes são pornográficos

ESTUDO RECENTE/GF – Um estudo recente revelou que 12% dos sites existentes na internet são pornográficos o que justifica a aprovação do domínio .xxx e as horas de almoço extra dos funcionários públicos.
Em números efectivos, estes 12% querem dizer que existem 370 milhões de sites pornográficos na internet, o que significa que destes 12% cada homem conhece 70 milhões, já ouviu falar de 43 milhões e tem 2 milhões nos favoritos. Além disso, 23% dos homens da união europeia confessam ver porno no local de trabalho, em contraste com os 13% das “mulheres” ou dos “computadores da colega que me deixou ir só ali ver o e-mail”. Apenas para que o leitor tenha uma noção realista dos valores envolvidos, a indústria da pornografia online gera anualmente 3,9 mil milhões de euros, o mesmo valor que o S. L. Benfica acha que o Di Maria vale no mercado futebolístico. No entanto, este valor é compreensível se tivermos em atenção que a idade média europeia de uma pessoa que vê pornografia pela primeira vez é de 11 anos, ou seja, 2 anos antes de ter educação sexual e 2 anos depois de achar que, se calhar, há um dos Teletubbies que é “um bocado rabeta”.

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You have enemies? Good.

Deixem-me primeiro definir “inimigo” neste texto.
É, de uma forma simples, alguém que não gosta de nós.
Alguém que mostra animosidade.
Alguém que não nos sorri e muito menos nos faz sorrir.
Alguém a quem despertamos raiva, rancor, irritação e frustração.

Para mim, existem três tipos de inimigo.
Os de espontaneidade.
Os de objectivo.
E os de reacção.

Os espontâneos são aqueles que não gostam de nós porque não vão com a nossa cara. Normalmente têm muito pouca razão para os irritarmos, além de obra e graça divina de uma qualquer intuição. São os chamados ódios de estimação. Podem ser platónicos ou reais. Imaginários ou da nossa vida. Do cinema ou do nosso andar de cima.

Os inimigos por objectivo são aqueles que nos odeiam porque, ao termos um objectivo comum, nós levámos a melhor. São os perdedores. São os que não ficam com a rapariga. Com o emprego. Com o lugar de estacionamento. Com a bola. Com o último folhado. Com o braço da cadeira no cinema. São os rancorosos.

E há depois os inimigos por reacção. São os que nascem da premissa de Newton em que toda a acção, provoca uma reacção. São semelhantes aos “inimigos por objectivo” mas para estes está implícito que a “acção provocatória” é directa, e não indirecta. São aqueles a quem batemos. A quem insultamos. A quem riscamos o carro ou furamos o pneu. Ter inimigos deste último grupo é já apenas uma questão de atitude.

Todos temos inimigos. Pessoas que não gostam de nós. Eu estou a aprender a ter e a lidar com os meus. Tem de ser. Fomos feitos mais depressa para "não gostar" do que para "não ser gostados" e isso custa, mas tem de ser. No fim, o que interessa não é se os temos, é apenas como os arranjámos.

Tenho de aprender a lidar com os meus porque aparentemente quanto mais feliz sou, mais concretizado sou e mais longe vou… mais os tenho.

Posso dizer que estou tranquilo com aqueles que não gostam de mim.
Porque sei que não fiz nada propositado para que não gostassem. Nunca fui intencionalmente sacana porque tenho um pai que me disse em pequeno para “nunca fazer aos outros o que não gosto que me façam a mim”. Se tenho os inimigos que tenho é porque consegui chegar a algum lado. Porque cortei a bola. Porque consegui o lugar. Porque fiz rir. Porque cheguei primeiro. Porque sou melhor.

Posso dizer que estou tranquilo com os meus inimigos.
Tenho pena de os ter mas é bom sinal se os tenho.

"You have enemies? Good. That means you’ve stood up for something, sometime in your life." - Winston Churchill

Crise leva prostitutas a oferecer segundos serviços além do sexo

HORAS EXTRA ORDINÁRIAS/GF – Com a crise a afectar também o mercado do sexo, as prostitutas portuguesas procuram agora oferecer um segundo serviço ao cliente além do sexo. Há apenas algumas prostitutas que fazem dois homens ao mesmo tempo, algumas que fazem duas mulheres ao mesmo tempo mas actualmente, toda parecem fazer dois empregos ao mesmo tempo.
Num esforço para se rentabilizarem, as meretrizes do sexo em Portugal aproveitam a hora paga pelo cliente e procuram oferecer segundo serviço além do carnal. Começa a ser cada vez mais comum verem-se clientes a regatear o preço dos actos sexuais mas também da massagem, da consulta médica ou do babysitting que lhe estão acoplados. Há vários exemplos nas ruas portuguesas. Cindy é psicóloga, e dá consultas durante o acto. O cliente paga uma hora de sexo mas também de terapia freudiana. Jessica é economista, e se sobrar tempo na hora do serviço, ajuda o cliente a preencher a papelada do IRS. Mas o caso mais estranho ocorreu a semana passada em Leiria. Roberta era uma Polícia desempregada, à procura de colocação numa esquadra, que se virou para a prostituição mas a meio do acto com um cliente teve de se prender a si própria por obrigação profissional. Acabou presa mas empregada.

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Double feature n"A Última Ceia"

Esta semana tive presença dupla na "Última Ceia" da Sic Radical.
Dois sketch's escritos por mim foram aprovados, gravados e emitidos no programa.

É engraçado ver como sai o produto final.
Quando os escrevo imagino sempre uma coisa e quando os vejo sou sempre surpreendido. Pela positiva.
Há coisas que eu mesmo tenho de acertar em termos de ritmo e de estrutura na escrita mas fico contente com os resultados finais dos sketch's.

Na programa de quinta: um café entre amigos que passam tempo demais no MSN.
(O sketch começa ao minuto 15'20)


Na programa de quarta: um pequeno e desconfortável momento entre Rui Unas e a sua mulher.
(O sketch começa ao minuto 7'42)

Picado vs "Em Roma"

Acho que o Rafael começa a precisar de férias.
Mais do que durante o resto do ano...

“Em Roma” – …é melhor sítio para se estar que na sala de cinema

CONTRA PICADO/GF – Andam as mulheres a gastar dinheiro em depilações, cabeleireiros, dietas, lipoaspirações e implantes de silicone para arranjarem namorados quando bastava roubarem moedas de uma fonte em Roma. Pelo menos, é isso que esta hora e meia de desespero feminino nos quer fazer acreditar. A história é sobre Beth, uma rapariga solitária que como quer substituir os dvd’s da série “Sexo E A Cidade” por um pénis, rouba algumas moedas de uma fonte de desejos em Roma e que, por magia, maldição e fantasia sexual, fica com os respectivos atiradores das moedas apaixonados por si. Ou seja, o filme tem tudo o que uma comédia romântica americana deve ter: uma actriz loira, um actor com dentição perfeita, um cenário europeu para piadas xenófobas, uma narrativa infantil que poderia muito bem ter sido desenvolvida por crianças de meses drogadas com ácido e uma lição moral digna de estar escrita na parede de uma casa de banho de uma área de serviço na A1.
O que se pode esperar deste filme? Humor físico ao nível do melhor bêbado da noite dos Santos Populares, piadas sexuais ao nível do melhor taxista lisboeta e uma lavagem cerebral à cabeça das espectadoras solitárias ao nível do melhor consultório sentimental de revista de cabeleireiro. “Em Roma” contém tantas soluções para os seus problemas sentimentais como um revolver apontada à sua têmpora por um monge tibetano. Se quer arranjar namorado, veja o filme – aconselho a droga space cake duas horas antes – e faça tudo exactamente ao contrário do que vê na imagem.
Esta semana podia aconselhar o filme “Shirin” de Abbas Kiarostami mas este meu realizador querido já não é o que era. A ideia do filme ser todo constituído apenas por reacções de mulheres vestidas de iranianas a um poema é absolutamente divinal, mas o filme estrear em sala é sucumbir aos prazeres carnais do capitalismo. Recuso-me a ver o filme em sala e a descobrir uma lata de coca-cola algures, ou ouvir o poema e serem as contra indicações de uma lata de RedBull. O filme de que vos aconselhar esta semana é de autor anónimo, país indefinido e existem apenas 17 cópias em todo o mundo. Chama-se “A Marcha Lenta do Comboio Nigeriano” e é uma peça em 8mm de um comboio em slow-motion com uma narração em inglês com sotaque mirandês sobre o acasalamento da lesma. Brilhante, em todos os seus 25 segundos de duração.

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60% dos alunos universitários usam cábulas

ESTUDO RECENTE/GF – Numa semana onde se fazem exames nacionais, se acaba o semestre universitário e se chora em frente aos pais porque não se quer ir trabalhar no verão, chega-nos um estudo que demonstra que 60% dos alunos universitários cabula nos testes.
Segundo o estudo, há diferenças geográficas na quantidade de uso de cábulas. Enquanto que no Alentejo é onde mais se copia, nos Açores a prática não é usada e em Mirandela os alunos levam folhas para os testes mas não com matéria, são apenas páginas rasgadas da Playboy com Bruna Real. Carlos Veloso, um surfista que acha que estuda no ISCTE mas não nos conseguiu confirmar, disse a’O Indesmentível que “Aquilo não são cábulas, man. Nós temos é tão pouco tempo para estudar que aproveitamos também durante o exame para o continuar a fazer.” O Ministério da Educação já teve acesso a estes números e propôs uma nova disciplina para os alunos do 9º ano chamada “Cábulas Aplicadas”, onde os alunos aprendem a cabular como deve de ser. Só desistiram da ideia quando se lembraram que Isabel Alçada anda a tentar acabar com o 9º ano, passando os alunos do 8º para o 10º. Aqui n’O Indesmentível só ainda não percebemos se o resultado deste estudo está relacionado com os 11% de desemprego ou com o Mundial de Futebol na África do Sul.

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Queiroz diz que não quer ganhar jogos para não “destoar das outras Selecções”

MARIA VAI COM AS OUTRAS/GF – Carlos Queiroz falou ontem à comunicação social para justificar as fracas exibições da selecção portuguesa, invocando o equilíbrio geral que tem havido em todos os jogos do mundial e dizendo que “já ninguém quer ganhar jogos, agora é a vez dos outros”.
Num Mundial equilibrado e onde as grandes superpotências do futebol estão a sucumbir perante selecções mais fracas, o trabalho de Queiroz tem ido no mesmo sentido. Começou pela convocatória, em que Queiroz deixou alguns sectores da selecção portuguesa claramente debilitados para “dar hipóteses nos contra ataques”. Já na África do Sul, Nani estava a revelar-se como o único jogador a 100% fisicamente e Queiroz teve o golpe de génio de o lesionar “sem querer” para o mandar de volta para Portugal. Mas apenas mais recentemente o seleccionador português levou o seu trabalho mais longe. Inspirado pelo estado moral em que se encontra a selecção Francesa, Queiroz quis lançar a discussão e o caos dentro da Selecção Portuguesa começando uma querela com Deco. No entanto, os planos do seleccionador caíram por terra quando o jogador foi educado, cordial e bem-educado e “pediu desculpas”. Queiroz explicou ainda que já está a preparar o jogo com o Brasil, onde na véspera quer ser apanhado na cama com um dos seus jogadores.

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Morte de Saramago deixa milhares de vírgulas por utilizar

PONTO FINAL/GF – Com a morte, aos 87 anos, de José Saramago esta semana, Portugal ficou com um livro inacabado e milhares de vírgulas que o autor tinha guardadas por utilizar.
Na sua casa em Lanzarote estão agora cerca de 47 967 vírgulas que o vencedor do Nobel tinha acumulado ao longo dos anos para ir usando em obras suas. Guardadas na cave da sua residência privada, estas vírgulas procuram agora um local onde serem colocadas. O Governo já iniciou um plano de contingência para a aplicação prática destas vírgulas. Teixeira dos Santos disse inclusive que espera conseguir vender algumas a autores emergentes de terceiro mundo para conseguir tapar parte da dívida nacional. No entanto, algumas destas vírgulas já foram encomendadas. Sócrates pediu algumas vírgulas para, em conferências de imprensa, poder pensar uns segundos mais antes de acabar as suas frases. Margarida Rebelo Pinto pediu 700 vírgulas porque, segunda ela, tem um livro para acabar e como não tinha ideias para conteúdo, estas vírgulas sempre são 700 novos caracteres. E finalmente, vários portugueses encomendaram vírgulas para que quando recebessem multas, o valor poder passar de “400 euros” para “4,00 euros”.

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A hora dos Lakers

Ontem deitei-me às 5.30h da manhã.
Deitei-me quase rouco, dorido e a ainda a produzir adrenalina.

E o que é engraçado é que nas últimas semanas, não tem sido novidade. Sou completamente fanático por basket. Nasci no país errado. No continente errado.
Desportivamente estou a um oceano de distância da minha equipa de eleição. Sim, sou do Benfica mas em igual medida... sou tanto dos Lakers como sou do Benfica.

A verdade é que o basketball é um desporto infinitamente mais divertido, stressante e entusiasmante de se assistir que o futebol. Até de se jogar. É incomparável. O nível de stress (e a manutenção desse mesmo nível) que têm 3 horas de jogo, fazem-me feliz mas também vão fazer de mim um cinquentão com problemas de coração. Não tenho dúvidas.

E é por isso que me deito ainda a produzir adrenalina. Rouco. E dorido nas mãos de bater palmas, gritar, saltar e insultar jogadores de 2 metros de altura.

E como qualquer adepto ferrenho de uma equipa sabe, não há melhor sensação que ser campeão. Em casa. Contra os nossos maiores rivais. Para os meus Lakers, os Celtics são o FCP do meu SLB. São o Jerónimo de Sousa do meu Paulo Portas. São a Júlia Pinheiro do meu silêncio.

Nada me dá mais prazer que ver Kobe Bryant e Pau Gasol a tentarem acertar com uma bola num cesto. (Pronto, sexo dá mais.)
E sabem que mais?
Ganhámos. 4 a 3. Nas finais da NBA. Pelo segundo ano consecutivo.

Divulgadas fotografias íntimas de duas actrizes da TVI com o talento à mostra

EXPOSED/GF – Fotografias íntimas de duas jovens actrizes da TVI, provenientes da série “Morangos com Açúcar”, foram esta semana divulgadas. Nessas fotos, é possível ver Joana Duarte e Jessica Athayde na praia, exibindo parte do seu talento para a câmara.
Segundo fonte próxima das raparigas, as duas estavam de férias no Brasil, num normal dia de praia, quando lhes apeteceu encenar Brecht na areia. “O momento era íntimo, descontraído e as fotografias nunca deveriam ter sido divulgadas na net. É uma vergonha a exposição a que estas raparigas estão a ser forçadas” revelou a amiga de ambas, que as fotografou em plena encenação improvisada da peça “Mãe Coragem e seus Filhos”. A divulgação das fotos chocou o público da novela onde ambas trabalham porque não se esperava que “elas tivessem talento, muito menos que o mostrassem de forma tão descarada nas fotos”. As actrizes já responderam, dizendo que foi um acto sem exemplo, e que esperam que este descuido não as afecte no seu futuro como actrizes de novelas e/ou como símbolos sexuais.

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Picado vs "Ela É Demais Para Mim!"

O Rafael esta semana foi ver uma comédia romântica.
Que para ele bem podiam ser imagens de uma operação gástrica que era igual...

"“Ela É Demais Para Mim!” – …o filme é claramente de menos

CONTRA PICADO/GF – Alguma vez achou que era bom demais para alguma coisa em que estava metido? A mim aconteceu-me na sala de cinema ao ver este filme. À personagem feminina deste filme, aconteceu na relação com a personagem principal deste filme. O Kirk é um nerd, magro e feio que começa a namorar com Molly, uma loiraça que faria qualquer americano bebedor de cerveja babar-se como se tivesse paralisia cerebral. A história do filme (e angústia pré-coital de Kirk) baseia-se nesse simples facto, de que ela é “boa demais para ele”. Se por acaso ficou interessado em ver esta comédia depois desta assertiva sinopse, é porque deve ser fã de programas intelectualmente excitantes como “A Cozinha da Nigella” ou o “Achas que sabes dançar?”. Eu não sou. Infelizmente a comédia para adolescentes americanos tem de ter tanta profundidade narrativa como a “Dica da Semana” e provocar tantas gargalhadas como o programa “Acontece” da RTP2.
Se para os americanos discutir “amor” é discutir tamanhos de sutiã, o meu afecto por este filme é claramente uma copa AA. As únicas razões pelas quais é aceitável o leitor ir ver este filme são as mesmas que levam uma mulher bonita a ir para a cama com um “badameco” como este: pena, acaso ou álcool a mais. À falta de melhor desígnio para este filme, “Ela É Demais Para Mim!” é o produto que resultaria de uma relação sexual entre os classificados do “Correio da Manhã” e um DVD virgem comprado na Worten. A não ser que tenha creme desinfectante nos bolsos, evite ver isto desprotegido.
A minha proposta cinematográfica desta semana vem da Rússia. Não é Vertov. Não é Tarkovski. Não é Eisenstein. É Andrei Papavoskvski Bruvska, um anão com estigmatismo que encontrou na lente da câmara a sua verdadeira (e saudável) visão do mundo. Bruvska só tarde se dedicou ao cinema, passando primeiro por empregos variados como controlador aéreo ou taxista de riquexós na Praça Vermelha. Prudente na escolha dos planos e sedutor na escolha da luz, este realizador produziu o único díptico cinematográfico conhecido pela humanidade. Em duas latas diferentes de película estão horas de paisagens rurais do interior Russo, filmadas de pernas para o ar, no que é uma obra sobre o priquelitante desequilíbrio entre o consumismo e a desertificação rural. Bruvska é um génio que nunca achou nenhuma paisagem “boa demais” para a sua debilitada visão."

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Joint Security Area

Gostaram de "OldBoy"?
E lembram-se de me ouvir falar de "Thirst"?

Hoje vi "Joint Security Area", a primeira longa metragem do meu realizador de eleição, Park Chan Wook.

"Joint Security Area" não é um filme de acção, não é um filme de guerra e não é um thriller.

Acho que nunca tinha partido para um filme tão mal preparado... e o poster não ajuda.

Parece de um filme de acção rasca dos anos 90.

Mas "JSA" é simplesmente uma história de amizade entre pessoas de exércitos diferentes, escondida por detrás de dois depoimentos diferentes.

Em duas Coreias separadas por campos de minas e miras de metralhadoras, 4 homens vão construindo uma amizade que não deveria existir. Até que, por um acaso, deixa mesmo...




Mesmo para quem não é viciado em cinema de olhos em bico, como eu, vale a pena.

"If war broke out, would we have to shoot each other, too?" - Sgt. Lee Soo-hyeok

Casais entre os 18 e os 29 anos fazem sexo 11 vezes por mês

ESTUDO RECENTE/GF – Se já entregou o IRS e já percebeu que Portugal não vai longe neste Mundial, só lhe falta fazer esta conta: quantas vezes por mês faz sexo? Fique sabendo que a média por casal é de 11 vezes.
Se contarmos com as subidas do IVA e com as vezes que nos ficam com um lugar de estacionamento à má fila, o número de vezes que somos f****os por mês aumenta substancialmente mas um estudo recente divulgou que a média é de 11 relações sexuais por cada 30 dias do mês. “Estamos a trabalhar para conseguir melhores resultados. Esperam-se alterações na táctica para o próximo encontro mas o importante é trabalhar todos os dias e não desiludir quem deposita a sua confiança, o seu peso e a sua fidelidade em nós.” disse Carlos, um dos inquiridos, no final de uma relação sexual com a sua namorada. É ainda esperado com a chegada do calor que o número aumente para 15 a 16 vezes por mês em casais, e para 28 a 29 vezes por mês em homens que tenham a casa vazia durante uns meros 20 minutos. O mesmo estudo revelou ainda que 47% das inquiridas está neste momento numa relação com o melhor parceiro sexual que já teve na vida. Resultado este que demonstra que as mulheres ou sabem escolher ou então são fãs da série “Sexo e a Cidade” e só querem o primeiro Mr. Big que apanharam na cama.

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Imagens em simultâneo de Tony Carreira e Cristiano Ronaldo em canais de televisão diferentes lançam pânico entre cabeleireiras

ZAPPING/GF – Na passada tarde de Domingo as televisões portuguesas emitiram em simultâneo imagens de Cristiano Ronaldo em conferência de imprensa (SIC) e de Tony Carreira em concerto (TVI), momento que deixou milhares de cabeleireiras portuguesas em pânico, sem saberem o que fazer.
“Foi um erro amador para o qual devíamos estar preparados. A direcção de informação da SIC pede desculpa pelo equívoco e promete estar mais atenta para evitar catástrofes como a de ontem” disse Nuno Santos hoje de manhã, enquanto encomendava mais dezassete formatos americanos para Manzarra apresentar. Ainda durante a fatídica tarde de Domingo, o pânico só ameaçou aumentar de intensidade quando surgiu o rumor de que na RTP iriam passar imagens de João Baião em entrevista exclusiva a Roberto Leal, rumor esse que foi rapidamente desmentido quando a RTP provou que ainda tinha “imagens de jogadores da selecção a entrar e sair de aviões para mostrar”. As urgências dos hospitais portugueses vêem-se agora a braços com centenas de Cabeleireiras a necessitar de soro, repouso e a revista Caras da semana passada.

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Verdade absoluta #81

O nascer do sol é perigoso para os vampiros...

...mas também para os casais que estão a fazer sexo no carro.

@ my twitter

gui

O site do Q

Pronto.

Que eu trabalho no "Canal Q" das Produções Fictícias vocês já sabiam.
A verdade é que aqueles de vocês que não têm MEO, não podiam ver nada do que eu ando a fazer.

Mas, para proveito e publicidade de todos, o "Canal Q" já tem site próprio.
Além disso, os programas onde eu escrevo/apareço/mando bitaites já têm pedaços espalhados pela web.

Se eu gosto de trabalhar ali?
Duvido que haja outro emprego no mundo em que me elogiem os glúteos como vão ver de seguida.

No "Inimigo Público Tv" escrevo um dos sketch's e faço o desvairado vox-pop do final:
(Neste é de minha autoria o sketch do especialista em Festivais de Verão e o vox-pop do Mundial)


No "Caça ao Cómico", apresentado pelo Rui Unas, revesso a escrita com a Marta Spínola. (Aviso nenhum cómico foi ferido na gravação deste programa)


Deixo só um estendido abreijo à Susana Romana, Joana Marques e Miguel Viterbo, que são meus superiores hierárquicos e a quem tenho de dar esta graxa.

Verdade absoluta #80

Ao menos a Selecção Grega temos a certeza que não anda a comprar árbitros.

@ my titter

gui

Encontrada vala comum com vítimas de rede de tráfico de cromos do Mundial

PANINI GANG/GF – Foi ontem descoberta pelas autoridades em Serpa uma vala comum com 55 cadáveres que se crêem ser vítimas de um massacre associado ao tráfico, falsificação e escravatura sexual de cromos da caderneta do Mundial 2010.
As autoridades foram alertadas por um habitante da zona que encontrou diversos “invólucros rasgados e abandonados” no meio de um descampado, enquanto passeava as suas ovelhas. O habitante – que preferiu ficar anónimo porque ainda tem repetidos da Argentina para a troca – descobriu os cadáveres e alertou imediatamente a Polícia local. “Quando chegámos e analisamos os cadáveres percebemos que a chacina estava ligada aos cromos do Mundial. Não só as mãos dos falecidos tinham cortes de papel como as unhas tinham bocadinhos de cola das costas dos cromos. É uma imagem que nunca mais vou esquecer…” disse o Sargento enquanto desenterrava mais uma caderneta por acabar. A Polícia espera agora descobrir no meio dos cadáveres provas que ajudem na investigação que ainda decorre contra o cartel de tráfico de cromos. “Mais uma vez avisamos quem faça cadernetas, este grupo armado é perigoso e deve ser evitada a todo o custo a conclusão total de uma caderneta.” Não há mais vídeos de guerrilha do cartel desde o divulgado em Fevereiro, em que o líder ameaçava um ataque terrorista em Lisboa se não lhe trocassem a parte esquerda do estádio da final pelo logótipo brilhante dos EUA.

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Contra Picado vs Nanny McPhee

O Rafael Contra escreveu mais uma crítica no Indesmentível, desta feita sobre a sequela do filme de Nanny McPhee.

Como tem tempo livre, resolveu ainda alterar algumas coisas e tem um segmento novo.

Ora vejam.

“Nanny McPhee E O Toque De Magia” – … quando o “toque de magia” bem que parece um “toque rectal”

CONTRA PICADO/GF – Não conhecem Nanny McPhee? Eu explico. É uma espécie de prima da aldeia da “Mary Poppins”. Mais feia, mais velha e igualmente sem talento para educar crianças. É que há pais em Portugal que acham má ideia uma professora dos seus filhos posar nua para a Playboy mas depois levam as crianças a ver este filme. A Nanny McPhee não é mais que uma hippie devassa a quem sobrou droga de um concerto em Woodstock. De que outra maneira é que ela consegue ter uma mota voadora, uma estátua que ganha vida, um porco que trepa árvores e um elefante bebé que lhe vai aparecendo nos lugares mais inesperados possíveis? Nanny McPhee não é uma ama “querida e engraçada” que “educa as nossas crianças com brincadeiras”, é o “tio drogado” que todos devíamos ter, e que nos leva pela primeira vez a um “bar de strip e nos inscreve no Partido Comunista Português.

Sinceramente acho que não precisam de levar os vossos amados filhos a verem este filme no cinema. Com as orgias repletas de música e drogas a que eles já devem ir aos sábados, ver porcos a voar é habitual e não vem da “magia do cinema”, vem da “moca dos ácidos”. A única coisa estimulante que estes 109 minutos têm é a expectativa que deixam no espectador de, a qualquer momento, uma pústula de Emma-ganhei-um-oscar-por-um-filme-chamado-sensibilidade-e-bom-senso-mas-perdi-o-segundo-Thompson poder ser candidata a um Óscar de Melhor Actor Secundário.
A verdade, meus amáveis leitores, e que há mais de um ano que escrevo críticas cinematográficas neste espaço e sinto-vos ainda bastante distantes de bom cinema. Por isso mesmo inauguro um novo espaço no final dos meus textos em que aconselho obras de extrema beleza, qualidade e lirismo. O conselho desta semana incide-se na obra única e magistral de um poeta visual chamado “Jean Michel de Luc Breton Agustin LaPiche”, um escriturário francês que depois de uma experiência de quase-morte com caracóis, se virou para o cinema de autor. A obra é um documentário em slow-motion, a preto e branco e totalmente filmado com os pés, com 8 horas de duração, intitulado “La Voyage” em que o artista procura descobrir a verdadeira fonte de baba do caracol. Uma obra que se esforça por nos fazer lembrar como a vida é um poço de gosma pútrida, onde a qualquer momento um pé capitalista nos pode destruir os sonhos que trazemos as costas.

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Consumo de estimulantes cerebrais sobe 66%

ESTUDO RECENTE/GF – Foi divulgado esta semana que o consumo de estimulantes cerebrais em Portugal subiu 66%, o que parece facilmente provado pela presente época de exames escolares, pelo esforço dos trabalhadores portugueses contra a crise e pelo esforço intelectual feito por Cavaco para aprovar os casamentos entre pessoas do mesmo sexo.
Desde produtos para trabalhar a memória, para aumentar a atenção ou para simplesmente descodificar e entender os Manuais Escolares portugueses, pode encontrar de tudo nas lojas. No entanto há famílias que são contra o seu uso. “Eu ao meu filho recuso-me a comprar desses produtos. Isso faz mal! Se eu quero que ele um dia seja um jogador de futebol de sucesso tenho de o afastar dessas porcarias todas. Ai dele se me aprende a fazer contas de somar e de subtrair.” disse Arminda, a mãe de um rapaz de 27 anos que tem instruções na palma da mão dizendo “expirar, inspirar, repetir”. No entanto há quem reivindique que o resultado deste estudo está deturpado porque os estimulantes não estão a ser comprados equitativamente por vários portugueses mas sim que foi Carlos Queiroz que comprou uma dose abastada para levar consigo para a África do Sul.

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Agora a sério...

"Taking things seriously is no barrier against pain. And while laughter won't make you live for ever, who wouldn't rather go to the grave joking? Spike Milligan took that literally, leaving instructions that his headstone should bear the inscription, 'I Told You I Was Ill'. Joking at the moment of death is a profound assertion of life. So if we laugh ourselves into existence, and aspire to be laughing still at the bitter end, the logical conclusion must surely be that life itself is a joke. Beethoven is said to have remarked, after he had been given the last rites, 'Plaudite, amici, comedia finita est' (Clap, my friends, the comedy is finished). Likewise, Rabelais is credited with 'Tirez le rideau, la farce est jouée' (Bring down the curtain, the farce is over).

(...)

Actually, seriousness is not incompatible with joking. It's a common mistake to confuse 'serious' with 'solemn', and to assume that seriousness of purpose can only be conveyed by solemnity of tone. It's an understandable error; we do have a marked tendency, we Anglo-Saxons, to answer the big questions with furrowed brow and down-turned mouth. An acquaintance of Dr Johnson, on hearing of his reputation as a philosopher, remarked, 'I have tried too many times to be a philosopher, but, i don't know how, cheerfulness was always breaking in.' But cheerfulness and toughtfulness aren't mutually exclusive. It's simply wrong to assume that everyone who jokes about serious matters like death and pain is somehow failing to deal with them; that laughter is a childish, evasive response and that the only mature reactions are solemn, sober and po-faced. Telling a joke is not always a sign of 'not taking things seriously'. As George Bernard Bradshaw put it, 'Life does not cease to be funny when people die, any more than it ceases to be serious when people laugh'."

Jimmy Carr & Lucy Greeves - "The Naked Jape"

A Empatia Humana

"We have to re-think the human narrative." - Jeremy Rifkin

Qual é a sua perspectiva do tempo?

Qual é a sua perspectiva do tempo?

Guarda fotografias antigas?
Delicia-se com os prazeres do presente?
Ou trabalha arduamente para ter um excelente futuro?

Acha sempre que tem pouco tempo?
Já pensou como gasta o seu tempo?
E... já pensou que a sua noção de tempo é apenas um efeito secundário da sociedade?

Veja este vídeo. Não só é brilhante...
... como são apenas 10 minutos e 9 segundos do seu tempo.
Não o estará a desperdiçar.

Seis voluntários fecham-se durante 1400 dias em caixa forte numa simulação de mandato de Presidência de Fernando Nobre

BOXED IN/GF – Seis voluntários iniciaram hoje uma simulação de Presidência de Fernando Nobre, ficando fechados numa caixa forte durante 1400 dias seguidos, até que alguém desista de viver ou de votar nele.
Para testar a capacidade física, emocional e financeira do português comum em suportar 4 anos de mandato presidencial de Fernando Nobre, a Faculdade de Ciências recriou um simulador com condições o mais semelhante possível a um mandato do médico. A caixa forte é um espaço fechado, com 10 por 10 metros, sem luz do sol, onde passam dvd’s do humorista Nilton em loop e onde os voluntários têm tempo suficiente para responderem à questão que os portugueses têm em mente: “mas quem é este gajo afinal?”. A experiência é acompanhada por médicos, psicólogos e cabeleireiras, e recria na perfeição o que será um Portugal sob a presidência de Fernando Nobre – um local onde o Presidente é tão conhecido pela população em geral como qualquer escuta em que se ouça a voz de Sócrates. Quando O Indesmentível inquiriu um dos presentes sobre qual era a sensação de ser voluntário, o próprio apenas teve tempo de dizer “Voluntário?! Então, mas disseram-me que…” antes de fecharem a porta e iniciarem o projecto.

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Perdoem-me, mas tão cedo não volto a emprestar nada

Pensem numa coisa que sempre quiseram muito.
Uma peça de roupa, um dvd raro, um livro de primeira edição, qualquer coisa.

Agora imaginem que finalmente, depois de imenso tempo de busca, encontram essa coisa. Mandam vir do estrangeiro e tudo. Até pagam um bocadinho mais. Esperam um mês que chegue. Batem à vossa porta. Vocês recebem o pacote e ficam felizes porque custou mas foi. Mimam a vossa compra durante dias.

Uns dias depois, alguém vos pede essa mesma coisa emprestada. Vocês pensam varias vezes se devem ou não. Mas como explicam que é importante para vocês, emprestam à mesma. Respiram fundo, entregam-na em mãos…

… e nunca mais a vêem. Nunca. Mais. Aquele objecto que vocês queriam tanto, emprestaram-no a outro par de mãos e agora foi-se. Está perdido nas costas de uma secretária. No topo de uma prateleira. No fundo de uma mala.

Para mim, apaixonar-me tem sido exactamente isto que vos escrevi.
E foi por isso que tomei a decisão de para já, não emprestar coisa nenhuma, a pessoa alguma. Basta.

Tenho edições especiais de dvd’s espalhados por demasiadas mulheres. Perdoem-me aquelas que tiveram, têm ou poderão vir a ter vontade de ver dvd’s que eu tenha mas não empresto mais nada. Se querem ver filmes meus, vêem comigo.

Emprestar algo de que gostamos muito não pode ser um acto banal. E eu ando a fazê-lo demasiadas vezes. A mulheres que nem me vêem o filme até ao fim.

Os dvd’s ficam na prateleira.
E já não saem por iniciativa própria. Saem com um pedido conveniente.

Perdoem-me, mas tão cedo não volto a emprestar nada.
Há mais maneiras de se apreciar um bom filme...

Laboratório de Comédia #6

Hoje há mais laboratório no bar O Século, na rua do Século, junto ao Bairro Alto.

Pelas 23h, 4 comediantes vão subir a palco e fazer rir.

E eu o que vou lá fazer?

a) Apresentar
b) Chafurdar no maravilhoso mundo da "vergonha alheia"
c) Beber imperiais e atingir um magistral 2.0 de alcoolémia
d) Fazer marketing de guerrilha ao Salão Erótico (pode envolver nudez)
e) começar com a c), passar pela d), acabar na b), intervalando tudo com a a)

Apareçam por lá para saberem a resposta.

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Picado vs "O Sexo E A Cidade 2"

“O Sexo E A Cidade 2” – …com tanto de sexo como de cidade, infelizmente

CONTRA PICADO/GF – A sensação que eu tive ao ver este filme foi a mesma de ter multas da EMEL pregadas ao meu corpo por doentes de Parkinson, enquanto caiu para dentro de uma trituradora de resíduos tóxicos, depois de ter sido empurrado pelo Carlos Queiroz, que cantava todos os refrões de todas as séries da “Hannah Montana” em élfico. Se ao menos “Sexo e a Cidade 2” fosse um filme porno, bastava que as 4 actrizes se despissem, se tornassem bastante íntimas e depois se limpassem para que o filme fizesse sentido. Seria um produto esperado. O filme e o conteúdo produzido durante o mesmo. Assim é só um galinheiro de ressabiadas que quer gastar dinheiro em roupa, sentir-se “independente” e “ser feliz”. E por “ser feliz” entenda-se, “ter orgasmos múltiplos, vestidas de Prada, na cama com um empresário milionário, dentro de um avião fretado para o Dubai”.
Que interesse tem seguir estas mulheres? Que tipo de “identificação” tem uma escriturária portuguesa da Amadora com uma cronista americana de Nova Iorque que colecciona tanto modelos de roupa como de pénis? A ligação só pode existir porque moram em sítios igualmente maus, têm empregos igualmente maus e foram ambas ver este filme. E se julgam que isto é cinema, esqueçam. Pegar nesta quatro mulheres, vesti-las com roupa de marca e leva-las de férias para o deserto, não é uma “filmagem”, é “um crime económico e moral”. Já vi assassinos em série chacinarem bem menos pessoas por pecados bem mais amigáveis que a inveja. São duas horas de “toma, toma, toma. Eu estou no deserto vestida com Dolce & Gabanna e tu estás numa sala de cinema do Colombo, vestida de Sea Side. Toma, toma.” É só triste. “O Sexo e a Cidade 2” é a versão carregada de estrogénio dos filmes “Ocean’s Eleven”, mas esses ao menos têm mais acção no filme e menos no título, ao contrário destas nossas amigas. E ainda bem que há tanto de cidade como de sexo neste filme – pouco – porque as actrizes já não vão para novas. Ver estas quatro nuas ao mesmo tempo deve ter o mesmo impacto na minha vida sexual que deixar a Polícia de Choque usar os meus testículos como escudo anti-motim. Querem ouvir quarentonas desesperadas a conversarem sobre a sua falta de sexo e a divagarem sobre os seus roupeiros? Não vejam este filme. Entrem num cabeleireiro e fiquem lá duas horas. Tem o mesmo efeito. E ainda são capazes de descobrir que um “brushing” não é uma posição sexual para sadomasoquistas.

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88% dos homens colocam o futebol como primeiro assunto de conversa

ESTUDO RECENTE/GF – Para todos aqueles que já se encontraram numa desconfortável e sinistra viagem de elevador ou de táxi, em que reina a conversa de ocasião e os silêncios desconfortáveis, fique sabendo que 88% dos homens usa o futebol como primeiro tema de conversa, e que só depois vêm as mulheres.
É finalmente tornada oficial a propensão masculina para quebrar “gelo” com conversa futebolísticas. Desde bêbados em bares a velhos amigos em jantares, passando pelo João Garcia nos Himalaias com os nativos, o Homem faz amigos falando do José Mourinho, do Cristiano Ronaldo e da cama do Cristiano Ronaldo. “Nós já tínhamos noção deste resultado e o futebol seria inclusive o assunto de início de Comissões de Inquérito na AR se o deputado Pacheco Pereira não tivesse feito uma birra” disse Mota Amaral, enquanto folheava A Bola. Os Ingleses e Brasileiros são os povos que mais se juntam para ver futebol, ao contrário dos Franceses, que gostam de ver futebol sozinhos, em casa, de janelas fechadas, o telemóvel desligado, óculos escuros e o MP3 nos ouvidos. Fique ainda sabendo que o segundo tema de conversa prioritário de todos os homens Europeus são as mulheres, menos para os Alemães e Franceses que primeiro falam de “trabalho”, “gastronomia”, a “insustentável leveza do ser”, a “paginação de compilações de contos de Shakespeare” e de “Folclore Transmontano “ e só depois de “mulheres”, e mesmo assim “é só durante um bocadinho”.~

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