Thursday, January 28, 2010
Rafael vs Clint Eatswood
Rafael Contra foi ver "Invictus" esta semana.
Se ele gostou? Acho que não.
“Invictus” – A arrogância que pinga deste título faz-me sentir seboso
CONTRA PICADO/GF – A sensação que eu tive ao ver este filme foi a mesma de estar a sofrer de uma pneumonia, todo nu dentro de uma arca frigorífica industrial, enquanto o Ministro Teixeira dos Santos me tortura com a técnica de waterboarding num tanque cheio de cerveja light, e um cd das Max Girls toca em loop. Já a semana passada referi que estamos a entrar na fase dos “pretendentes aos Óscares”. Mas enquanto alguns filmes são apenas isso, “pretendentes”, há outros que já se vangloriam de serem os “vencedores”. Com a devida subtileza americana, claro. “Invictus” não se chama “Invictus” porque retrata uma selecção que ganha um campeonato de Rugby. “Invictus” chama-se “Invictus” porque o génio que o escreveu sabe que pôr um actor velho a fazer de uma figura história com um Nobel na prateleira, dá prémios. Lembram-se de “Gandhi” com o Ben-eu-consegui-que-me-tratassem-por-sir-Kingley em 1983? Óscar. Agora, em 2010, Clint-eu-cerro-os-dentes-e-quando-falo-pareço-mau-Eatswood repete o esquema e escarrapacha no título que sabe que vai resultar. Há pessoas viciadas em sexo (nada de mal nisso, Hugh), há pessoas viciadas em drogas (nada de mal nisso, Colin) e há pessoas viciadas em Óscares (nada de mal nisso, Clint). “Hollywood” não é senão o dealer e Clint Eatswood o “queimado” que não consegue passar um ano sem agarrar mais um homenzinho dourado de espada entre as pernas. E até acho melhor dar-lho. A privação de tal prémio pode levá-lo a ressuscitar “Dirty Harry” e eu quero tanto isso como ter uma noite de sexo frenético com Angela Merkel e um frasco de chantilli. Sinceramente, maior arrogância que a demonstrada por este filme só existe no BI do vocalista dos U2. Imaginem que vocês são vocalistas de uma banda. Têm uns óculos muito porreiros e caros mas um pénis pequenino que precisam de compensar. Como se vão auto-intitular? “Bono Vox”, ou seja “Boa Voz”. Acredito que este senhor se tivesse optado por ser polícia, obrigava os companheiros de esquadra a chamarem-lhe “Bono a dar Multex”, de certeza. Nem vale a pena irem ver isto ao cinema. É provável que seja tão aplaudido que até como toque de telemóvel viremos a ouvir Matt-eu-não-consegui-sair-do-ginásio-durante-uma-semana-e-fiquei-assim-Damon a dizer “This is it! This is our destiny”. Pronto. Levem lá a estátua. Não queremos birras.
As seen on O Indesmentível.
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