As primeiras séries eram banais. Eram.
A rotina tornou-se monótona. A monotonia tornou-se a rotina. Toda a gente sabia a porra da estrutura de um episódio de "House".
Toda a gente sabia quem eram as personagens, o que iam fazer, como e quando.
Toda a gente sabia que ele no último segundo tinha um epifania e descobria tudo.
Até as piadas se tornaram insonsas.
Depois veio a 4ª série. Uma verdadeira vontade de renovar. Rearrumar a casa.
Novas caras, pôs-se de lado a importância das antigas.
Depois veio a 5ª série. A vontade de renovar a série ganhou uma força maior. Uma lufada de ar fresco. Rearrumar a casa já estava feito. Era preciso rearrumar a personagem principal.
Depois de se lavarem as personagens secundárias à máquina, atacou-se o fundo de House. Num brilhante season finale da 4ª série para a quinta percebeu-se isso. Com os "devarios psicológicos" de House durante a 5ª série, confirmou-se.
A equipa que nos traz "House M.D." teve testículos, visão e bom senso e percebeu que a série precisava de evoluir.
Senhoras e senhores, o primeiro episódio da sexta série do House, é, sem dúvida, dos melhores minutos de televisão que eu já vi. Com um início de série em grande (uma hora e meia faz do episódio mais uma longa metragem que um episódio) House está de volta. E como nunca esteve alguma vez.
Não é com uma ideia que se fica na história.
Não é com actores fantásticos que se fica na história.
Não é com piadas muito boas que se fica na história.
Fica-se na história com a evolução. Com o crescimento.
"House M.D." está na história.
1 comment:
não vejo o House há tanto tempo... já me tinha esquecido da sua existência, confesso. acho que me fartei a meio da terceira temporada...e eu não sou muito de dar segundas hipóteses. mas va, pelo que dizes, talvez dê. acho que vou saltar directamente para a sexta! ahaha
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