Rafael esta semana desanca o "Assalto ao Metro 1 2 3".
Hoje acho que está ainda mais do Contra...
“Assalto ao Metro 1 2 3” – Embora pareça, este filme nada tem haver com programas que passem na RTP Memória
CONTRA PICADO/GF – A sensação que eu tive ao ver este filme foi a mesma de estar atado às traseiras do carro propaganda do CDS-PP por um pé, sendo arrastado pelas ruas da Quinta da Marinha, enquanto centenas de fãs do Tarantino me insultavam e comentavam críticas que fiz sobre o filme dele. Parece que há gurus a quem não se pode apontar o dedo. Tarantino mostra-se uma espécie de Papa/Pinto da Costa do cinema que tem tanto de seguidores como de extremistas prestes a rebentar por si. E por falar em rebentar, adivinhem o que acontece neste filme, em quantidades consideráveis, a carruagens de metro? E a reféns? E aos 5 euros que cada espectador paga? Pois, a mesma coisa que devia acontecer aos dois Óscares que Denzel Washington já levou para casa. Serem sobreaquecidos, liquidificados e reconstruídos em espadas samurai para toda a equipa disto se “harakirizar”.
John Travolta, por sua vez, tem aqui de assegurar e descansar a sua audiência de que ainda é homem. Depois de fazer de Edna, uma cabeleireira obesa e estridente em “Hairspray”, aparece aqui carregado de tatuagens e testosterona a matar transeuntes do metro. Pode ser que, não ficando satisfeito, desafie o Chuck Norris para um próximo filme. Sempre se matavam dois coelhos cinematográficos de uma só cajadada de 16 mm. No entanto, há neste filme uma boa piada, subtil e interessante. Quem faz de Mayor de Nova Iorque, o presidente da câmara lá do sítio, é um actor que durante anos ganhou fama a fazer de mafioso, na série “Sopranos”. Gosto da indirecta. Pode ser que a Fátima Felgueiras entre no “Assalto à Linha Vermelha” fazendo de Presidente da Câmara de Lisboa que tem de persuadir criminosos a abandonarem a carruagem do metro que fizeram refém entre as estações de Chelas e Bela Vista. E para quem acha que a história de “Assalto ao Metro 1 2 3” não é lá muito original, eu recito diálogos de Fassbinder. Têm toda a razão. É durante estes frenesins de “remakes” de “remakes” de “remakes” de filmes americanos que eu gosto de chamar a este cinema “pastilha elástica”. Ver isto não é mais que descolar algo húmido do tampo da cadeira onde estão sentados e mascar durante duas horas."
As seen on O Indesmentível.
Thursday, September 03, 2009
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