Podem-me chamar de nerd, de apaixonado pela minha área ou simplesmente de intelectualóide "armado ao pingarelho", mas cada vez mais acho que escrever ficção me ajuda a escrever a minha vida.
Há várias regras de argumento, de construção e manutenção de pesonagens, que se podem aplicar à vossa vida. Uma delas, e talvez a mais importante, é a descoberta de carácter, de personalidades.
Um amigo vosso diz que é o maior do mundo a pescar. Se lhe derem uma cana de pesca e ele apanhar dois pneus e água doce, o que quer isso dizer? O que alguém diz é diferente do que alguém faz, e o que alguém realmente "é" vê-se pelas suas acções e não pelo que se diz d boca para fora.
Acabaram de aprender a caracterizar personagens. Pelas acções e nunca pelo que se diz. Podem aplicar a pessoas que é exactamente igual.
Tendo isto em conta, estou a descobri lentamente algo sobre mim. Cada vez mais em pequenas coisas descobro, com supresa, que sou muito mais competitivo do que alguma vez fui. E isso supreende-me. Não estava à espera. Sempre deixei as outras pessoas ganharem para que se sentissem bem ou simplesmente porque não me importava. Estava-me a cagar. Agora não. Talvez ter estado de curso acabado, desempregado e num novo estado totalmente novo da minha vida, me tenha mudado.
Não tenho mau-perder nem sou bruto ou inconveniente para "ganhar", mas tenho prazer em desafios e em ser melhor. Dou muito mais de mim em qualquer coisa em que esteja envolvido... Sondo, estudo, investigo sem perder a noção da parvoíce. É diferente um gajo num semáforo querer fazer street racing comigo... esse pode estampar-se à velocidade que quiser contra um poste de electricidade. Mas agora estou a legendar e quando o revisor do meu trabalho descobre erros ortográficos fico lixado comigo. Não gosto. Não quero errar. Secalhar sou mais competitivo comigo que com os outros. Estou a ficar perfeccionista...
O que fica agora que me apercebi disto sobre mim é um medo de ser egoísta, competitivo em demasia. Mas se não for esta vontade de mais, onde é que ficamos? Aqueles que vão longe são aqueles que lutam pelo que querem. O que os distingue é a maneira como lá chegam. Seremos piores pessoas por querermos mais? Por sonharmos sempre mais alto? Não foram fundados os Estados Unidos neste mesmo sentimento? Podemos perguntar ao Mourinho ou ao Cristiano Ronaldo, este que quando era pequeno passava noites em claro a dar toques na sala de estar...
Sabem? Estou a descobrir a minha "pursuit of hapiness"...
Era só para partilhar isto.
Agora podem descobrir erros neste texto à vontade que não me importo...
gui
Sunday, February 08, 2009
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8 comments:
amen!!!
Grande Abraço!
P.S: nao querendo contrapor o texto, por mais que concorde com o que dizes, nunca te vi dares a parte do miolo da tua torrada de pão de forma a quem o pedisse, por mais encarecidamente que o pedido fosse. Se isto não era competitividade já no ano de 2004, nao sei o que lhe chamar.
Joguem contra ele Call of Duty 4 e depois vão ver se ele é competitivo ou não!
E sim, eu só comento o teu blog para te tirar a credibilidade.
Abraço!
Na última linha do 6º parágrafo escreveste 'secalhar'.
Quedas "O Bravo"
PS: Mmm, se calhar o teu novo 'eu' competitivo importa-se afinal... ;)
Descobro ou descubro?
Tens um erro guilherme...
Então?
Só 2 erros? lol estou melhor... :P
gui
Primeiro: é descobrir e descubro. =) Por isso não tens erro nessa palavra.
Outra, adorei o texto. Sou assim também, os erros fazem-me comichão, fico irritada comigo e apetece-me dar cabeçadas na parede. E identifico-me completamente contigo. Já fui muito preguiçosa, muito "na boa", porque achava que rever mil vezes um texto dava cabo da primeira criatividade e era coisa de gente paranóica, que nao vivia a vida. mas neste momento quero ler tudo, construir uma frase como se fosse um filho, com carinho. isso é bom. Por isso, parabéns pela dedicação e prá frente com o perfeccionismo. =)
Ah e olá Quedas! Foi meu veterano... :P
Força.
Não te preocupes, se ficares insuportavelmente perfeccionista, tens um mar de amigos e um pai sem rodeios para te manterem no bom caminho :)
E ser perfeccionista é bom de mais.
não há pachorra para o estilo bem português do "próke é serve".
Para já não falar de dois ou 3 provérbios irritantes tipo: "para quem é bacalhau basta" ou "o bom é inimigo do ótimo".
Vai fundo nessa pursuit, dá-lhe sem medo, aqui podes por o pé na tábua, estamos aqui para apreciar a muita qualidade do resultado e apoiar-te sem reservas mas com olhar construtivo de quem gosta do que tu fazes, sem "rodriguinhos" ou proteccionismos lamechas.
Dá-lhe !
Hm... acho que já te conheci assim. No surprise.
lembras-me um amigo que tenho pena que não tenha a tua garra (essa é a diferença entre os dois).
keep it up.
Bjs
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