“Comer Orar Amar” – …não necessariamente por esta mesma ordem
CONTRA PICADO/GF – Comer todos comemos. Amar todos tentamos. Orar alguns de nós evitamos. No entanto, estes três conceitos juntos no mesmo título pode levar a confusões desnecessárias. Para um obeso, comer e amar são exactamente a mesma coisa, e no meio das suas inseguranças camufladas à base de sobremesas, o obeso só irá orar quando estiver deitado numa maca, prestes a ter agrafes no estômago. Para o mundo da prostituição, comer é sempre mais barato do que amar, se bem que pelo meio se reza de joelhos. No caso de um Padre Católico, a confusão pode ainda ser maior. Comer e amar são sinónimos de orar, principalmente em aulas de catequese, baptismos ou crismas. No que toca a orar, é onde Hollywood está pior habituado. Rezar o terço é apenas um hábito de actrizes que querem começar carreira e deixam cair umas folhas no chão do gabinete do produtor executivo.
Comer ainda pior. Há pouca gente em Hollywood que coma – se bem que depois actores como John Goodman ou a Renée Zellwegger. Amar já é mais comum pelas terras do Tio Sam. Há até demasiadas pessoas apaixonadas por elas próprias e/ou pelo dinheiro dos outros. “Comer Orar Amar” parece muito pouco o título de um filme e bastante mais as instruções de sobrevivência numa orgia de obesos. E se olharmos para a narrativa, não está muito longe: Uma mulher americana percebe que é infeliz e depois de se divorciar do seu marido, parte numa viagem pelo mundo para se descobrir. Isto parece-me exagerado. A maior parte das mulheres que se querem “descobrir” usam um espelho de mão e nenhuma roupa interior. Não vos vou aconselhar a não irem ver este filme. Prefiro que vão e que se tornem anorécticos. É mais saudável.
No que toca ao meu conselho cinematográfico desta semana, quero mencionar “Papa La Papa, Papa”, um documentário de 6 horas, filmado por Giocomo LaGuardi Pepi. Nos últimos 25 anos, Giocomo filmou clandestinamente todos os Papas que passaram pelo Vaticano a comer e lança agora publicamente esta obra, que mostra como João Paulo I não come a sopa até ao fim, como Bento XVI não gosta das batatas fritas mais queimadas e como João Paulo II roubava colheradas de mousse de chocolate aos seus acólitos.
As seen on O Indesmentível.
Friday, October 01, 2010
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