Thursday, July 09, 2009

"Bruno" por Rafael Contra

O violento, irritante e pseudo-intelectual crítico de cinema d'O Indesmentível esta semana criticou o "Bruno", o novo filme de Sasha Baron Cohen.


"“Bruno” – Um atentado à bomba na decência, nos bons costumes e na sexualidade dentro do armário


CONTRA PICADO/GF – A sensação que eu tive ao ver este filme foi a mesma de estar a ser abraçado por dois lutadores de sumo, suados, peludos e com icterícia, enquanto que uma multidão de 200 funcionários públicos me atiravam dvd’s do Bad Boys II às têmporas, entoando o hino da alegria em repeat. Não bastava ter nome de cão, “Bruno” é também austríaco, homossexual e parvo. Havia mais alguma coisa que o tornasse mais sectário, estereotipado e insultuoso? Apenas se fosse candidato à presidência do Benfica. Sasha Baron Cohen julga que faz comédia. Julga que faz documentários. Julga que faz cinema. Mas não faz. Faz sketch’s pseudo-cómicos de hora e meia pegando em temas frágeis da sociedade e goza com eles qual bully da terceira classe. Começou com um “dread” ignóbil e estúpido. Toda a gente riu. Riram-se das piadas com droga, com armas e com rabos. Passou para um “europeu de leste” racista e incestuoso. Riram-se das piadas sobre xenofobia, judeus e rabos. E agora chegou a “Bruno”. As pessoas vão-se rir das piadas sobre homossexualidade, misoginia e rabos. Isto não é comédia. É um pontapé nos tomates de quem é diferente, de quem tem de viver a vida toda dentro de um armário fechado e pouco arejado...




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