Sunday, October 04, 2009

O meu fim-de-semana. A dois tempos.

Relato do meu fim-de-semana para jogadores de Poker:

Não entrei no torneio principal Solverde do casino de Vilamoura. Entrada de 110 euros. Não sou bom o suficiente para tal e, parecendo que não mas também sendo importante, não tenho dinheiro suficiente para tal.

Entrei na “Festa do Poker”, um event mais pequeno de entrada de 25 euros, só jogado no domingo. Os níveis eram de 15 minutos, as blinds subiam mais depressa e o ar da sala era lentamente cortado até algumas pessoas sufocarem e morrerem. Era all-in quando possível ou não tinha fichas sequer para as blinds. É o que dá fazer-se um torneio numa tarde.

Vi cartas 13 vezes. Tive mão para ir a jogo 2 vezes. Na primeira eu era big blind. “K 5”. Ninguém sobe, no flop sai “Q 7 7”. Fiz um bluff desgraçado e ganhei a mão. Viva eu.

Na segunda (e última mão) que joguei tinha “A K”. Estou duas posições antes do dealer. Boa posição. Subo. A Big Blind faz re-raise. Eu faço re-re-raise dobrando a aposta dele. Ele faz all in. Eu faço call. Ele vira… “A A”. Dominado e com o dinheiro todo na mesa, fui com os porcos.

Foi uma boa experiência, apesar de curta e acelerada. Para a próxima já sei. Pré-flop, se tiver “A K” faço fold.

Ou então não.

Relato do meu fim-de-semana para vulgos mortais que percebem tanto de poker como de arquitectura do início do século XIV:

Dos dois torneios deste fim-de-semana no casino de Vilamoura, num pagava-se 110 euros para entrar e no outro apenas 25 euros. Eu não sou bom jogador o suficiente para o grande… apesar de pagar 9.000 euros de prémio.

Entrei no torneio mais pequeno, menos gente, menos dinheiro e menos tempo. Era muito mais acelerado, o que me obrigava a ganhar mãos mais depressa senão não conseguia ficar em jogo. Ou duplicava o dinheiro rapidamente, ou me punha no carro de volta para Lisboa.

Recebi cartas 13 vezes, o que é tanto como uma relação sexual durar 2,5 segundos. Só duas vezes tinha boas cartas para jogar. A primeira apostei sem ter nada. A mesa acredita na minha bela cara de poker e foge como o Cavaco de um e-mail. Eu passo por esperto e ainda fico com dinheiro. Viva eu.

A segunda mão foi o que se chama… mau timming do c*r*lh*. Tinha a quarta melhor mão possível (mais ou menos) e apostei. O outro jogador obrigou-me a pôr o dinheiro todo e eu fui atrás dele. Ele tinha a melhor mão possível. Ganhou.

Gostei de lá ir por várias razões. Porque há jogadores de poker que têm namoradas giras demais. Porque me diverti. Porque é uma experiência de vida engraçada. Porque tenho mais uma história de vida para contar aos meus netos.

A repetir...?

3 comments:

Anonymous said...

haviam?!

Gui said...

Onde, onde?

Não encontro nada disso...

bj,
gui

Eduardo Ramos said...

Só tem um senão... é que todo o dinheiro que ganhares em Stand-up acabar em cima de uma mesa de poker...