Sketch - Sudoeste

Por falta de câmara de filmar não o pude filmar no local... fica aqui transcrita a ideia! =)

Entrevista com um trabalhador “especial” do Sudoeste!


Cenário – ext/dia – Algures no parque de estacionamento, rodeado de carros


Entrevistadora - (Voz durante um panorâmica de vários carros, sujos de pó, estacionados no exterior do Recinto)

“Todos conhecem o festival de verão Sudoeste, patrocinado pela TMN. A edição de este ano está a caminhar em força e depois de dois dias de música e animação resolve-mos entrevistar um trabalhador especial desta organização.”

(acaba panorâmica de carros num homem com um lenço da TMN na cabeça e um saco de plástico na mão.)

“Bom dia! Conte-nos o que faz no Sudoeste.”

“Boa Tarde! Qual Bom dia… o pessoal acorda todo às 2/ 3 da tarde e anda prái a “cantar bons dias” quando há quem esteja acordado desde manhã a trabalhar… atenção, hein…”

“Boa tarde, então… diga-nos exactamente o que faz aqui.”

“Bem… eu fui contratado para cá vir tirar “jolas”… nada cá de “greens”, ou “tangos” ou “valsas”, nada… “jolas” mesmo! Cheguei cá e dizem-me que afinal têem um trabalho especial para mim…”

“Faz o quê, então?”

“Pá, basicamente o que eu faço é deitar o pó nos carros para ficarem com este aspecto característico que vocês vêem aqui…"

"Desculpe?"

"Olhe á sua volta... Toda a gente sabe que o carro com pó só pode vir do sudoeste, cá estou eu para isso… o pessoal julga que isto vêem do ar, porque há areia no chão e mais não se quê… nem sonham o trabalham que é vir para aqui deitar carradas de pó nos carros pó pessoal sair daqui contentinho e com provas que cá teve…”


“E isso ocupa-lhe o dia todo? Não dá nem para tirar uma cerveja?”

“Minha amiga, isto não é fácil… há pessoal que trás jipes e não sei quê… e eu tenho que me por a saltar para conseguir encher mesmo o carro todo de pó… e eu nem quero falar desse pessoal que julga que as carrinhas “pão de forma” lá dos hippies estão na moda ‘travez… esses cabrõ*s dão-me um trabalhão pa por o pó, do caraças…No entanto, as minhas actividades durante a noite são diferentes…”

“Não põe pó durante a noite?”

“Não… á noite aproveito que o pessoal está todo a dormir, ou a ressacar algures, e dedico-me à minha segunda função prioritária…!”

“Qual?”

“Cagar as casas de banho todas de alto a baixo!”

“Desculpe, mas isso é o senhor que faz? Com que objectivo?”

“Pois, minha amiga… alguém tem que fazer… e olhe que o laxante não anda barato! Aproveito desde já então para agradecer à "Tachadinha" pela carne de porco que me ajuda muito…”

“Mas diga-nos porque faz isso…!”

“As pessoas não têem noção mas este festival tem imensos patrocínios… muitos deles são pequeninos e locais… isto não é tudo telemóveis e cerveja, percebe? Então a câmara local achou por bem fazer com que esta gente tenha de ir cagar pertos das praias ou aos restaurantes por aqui e assim apareço eu pa’ cagar estas WC’s todas! E devo acrescentar que faço um trabalho do caneco! Isto ‘tá mesmo muita nojento, caraças! (ri-se)”

“E pronto, telespectadores… ficámos assim a conhecer um trabalhador especial das edições do Sudoeste!”

(o homem pões a mão dentro do saco e começa a atirar areia para cima de um carro ao seu lado… sorri para a câmara orgulhoso!)

“Até para o ano, festivaleiros…”

(o homem pára uns segundos com a mão dentro do saco e olha para a areia nos seus dedos)

“Olha… pode ser que ajude depois mais à noite…poupo no laxante…”

(começa a comer areia dos dedos… a câmara faz outra panorâmica para o céu)


FIM